Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 8
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
50. Padre Mauro procurou o Bispo para confessar-se?
Sim. Estando os dois em um ambiente
adequado dentro do Palácio Episcopal, o jovem sacerdote aproximou-se,
ajoelhou-se aos pés do Bispo e, cobrindo o rosto com as mãos, em tentativa
infantil de ocultar a vergonha que o vergastava, desabafou: “Pequei... E pequei
gravemente. Para o meu erro não sei se há perdão. O meu é o crime mais
vergonhoso que pode acontecer, e quase não tenho forças para confessá-lo”. Ato
contínuo, descreveu os atos que tanta vergonha lhe causavam. (Sexo e
Obsessão, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.)
51. Qual foi a reação do Bispo ante a
confissão de Mauro?
Ele ficou profundamente chocado e mais
de uma vez se agitou, fazendo esforço para controlar-se, ante a desesperação
que o assaltou. Ele jamais imaginaria tão grave ocorrência no seio do seu
rebanho, e especialmente em alguém que fora preparado para ser pastor. Ao
término da confissão, ele disse palavras muito duras ao padre, a quem dirigiu
inúmeras perguntas: “Como pôde, por tanto tempo, viver uma existência de
abominação de tal monta, sem nada comunicar ao seu confessor? Que tem feito da
fé religiosa que abraça e denigre com a sua conduta desvairada? Onde pôs o
coração, ferindo vidas em formação e desencadeando a ira celeste? Que espera da
Igreja, que vem sofrendo inconcebíveis perseguições, face à fuga dos seus
sacerdotes e monjas, que abandonam os compromissos e se entregam às dissoluções
dos costumes modernos?” (Obra citada, capítulo 9: Lutas e provações
acerbas.)
52. Pode
a morte de uma pessoa dar-se por merecimento?
Sim. Foi o que, segundo o médium Ricardo, ocorreu com o
jovem Marcos. Morto em um acidente, ele ali se encontrava muito bem, já
recuperado do transe experimentado após os fatos que lhe causaram o óbito. O
que parecia um grande mal fora, em realidade, uma bênção. Eis o que, falando aos pais do jovem, disse o médium:
“Desejo informá-los que a sua foi uma desencarnação ou morte por merecimento...
Ele partiu, porque não mereciam, nem ele, nem os senhores, sofrer, caso
permanecesse no corpo. O traumatismo craniano de que foi objeto, se ele
permanecesse no corpo, faria que ficasse como um morto, apenas em vida
vegetativa, e como o Pai é todo amor, amenizou a dor de todos, reconduzindo-o
ao lar, onde os aguarda em festa, porém após os senhores concluírem os seus deveres
que os manterão no mundo, já que ainda não é chegado o momento do seu retorno”.
E acrescentou: “Ele agradece todo o carinho que sempre recebeu dos pais
queridos, a felicidade que desfrutou durante toda a existência, que não foi
larga, porém o suficiente, nos seus vinte e seis anos, para realizar as metas
que havia traçado”. (Obra citada, capítulo 9: Lutas e provações
acerbas.)
53. Diante da dor e do sofrimento
alheio, qual é o papel da casa espírita?
A dor – que despedaça as multidões –
aguarda fatos e não discussões infrutíferas, socorro imediato e consolação
antes da alucinação, ao invés de aguerridos combates silogísticos críticos,
enquanto se cruzam os braços distantes da ação recomendada pelo Codificador e
pelos Espíritos nobres para a caridade nas suas múltiplas expressões, sem a
qual de nada adiantam os debates intelectuais presunçosos e vazios de conteúdos
moral e espiritual. Por mais se deseje encarcerar o Espiritismo nas facetas
científica e filosófica, dissociando-o dos seus conteúdos ético-morais-religiosos,
ele sobreviverá como O Consolador que Jesus nos prometeu,
conforme bem o definiu Allan Kardec sob a segura orientação dos Guias da
Humanidade. (Obra citada, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.)
54. Diante do padre Mauro, na iminência
de suicidar-se, que fizeram os benfeitores espirituais?
Percebendo a gravidade da situação e
vendo a aflição da genitora de Mauro, em pranto e em prece, o Mentor
acercou-se-lhe e disse: “Nesta emergência, vemos apenas uma solução de
imediato, que é a querida amiga acercar-se do filho, apresentar-se-lhe, e
despertá-lo para a realidade”. De imediato, ele concitou o grupo e dona Martina
a que se concentrassem firmemente, oferecendo-lhe energias próprias para o
cometimento, enquanto lhe sugeria que focasse o campo mental do filho e o
chamasse nominalmente, várias vezes, com o que ela anuiu, confiante. “Mauro,
meu filho – chamou com energia a mãezinha desencarnada –, desperte! Mauro,
ninguém morre. Recorde-se, neste momento, de Jesus.” (Obra citada,
capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.)
55. A mãe conseguiu falar ao padre
Mauro e ser por ele ouvida?
Sim. Com as palavras que lhe foram
endereçadas por sua mãe, uma nova onda mental penetrou o cérebro do aturdido
sacerdote, que experimentou um choque vibratório por todo o corpo, fazendo-o
despertar do letargo doentio. Experimentando um estado superior alterado de
consciência, Mauro pareceu escutar o apelo materno e, inesperadamente, pôde
detectá-la à sua frente com os braços distendidos em atitude de quem desejava
afagá-lo, tombando de joelhos e exclamando: “Mamãe, é você ou algum anjo do
Senhor que veio em meu socorro?” A mãe respondeu: “Sou a tua mãezinha de
sempre, que retorna como anteriormente, a fim de ajudar-te neste instante grave
da tua existência. O Senhor deseja a morte do pecado, nunca a do pecador. Não
há mal para o qual não exista remédio, nem ação nefanda que possa ser
considerada irrecuperável. Para e pensa! O teu é um erro hediondo, mas o amor
do Pai é infinito, e pode albergar todos os crimes para diluí-los, ajudando os
criminosos a se recuperarem a fim de auxiliarem as vítimas que infelicitaram”. (Obra
citada, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.)
56. Diante das palavras que a mãe
dirigia ao filho, qual foi a atitude do obsessor que tentara levar Mauro ao
suicídio?
Vendo tudo o que ali acontecia e não
suportando a cena de ternura, o réprobo e perseguidor retirou-se blasfemando,
furibundo. (Obra citada, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.)
Observação:
Para acessar a parte 7 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/01/blog-post_02.html
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