sábado, 4 de maio de 2024

 



A arte espírita

 


JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília, DF

 

Alma amiga, quando jovem, frequentando algumas Juventudes espíritas, percebi que faltavam mais obras artísticas de bom nível no movimento espírita. Durante décadas, por exemplo, o que mais se cantava, e ainda se canta, é o Hino da alegria cristã, composição de Oly de Castro em parceria com Leopoldo Machado, ou Quanta luz, de autoria de Cenyra Pinto.

Então, no meu atual devaneio, entrevistei Allan Kardec, Léon Denis e Emmanuel, todos no mundo espiritual, salvo o último, que se supõe esteja reencarnado, sobre o que eles pensam da arte espírita.

Inicio com o Codificador do Espiritismo:

— Kardec, o que você me diz sobre a arte?

— Irmão Jó, “[...] o Espiritismo abre à arte um campo novo, imenso e ainda inexplorado; e quando o artista reproduzir o mundo espírita com convicção, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações” (Kardec, Allan. Obras Póstumas, 1 Arte – O que é arte?).

Passo a palavra a Emmanuel, enquanto seu corpo físico dorme, e ele repete o que já dissera alhures.

— Qual é a contribuição do Espiritismo à arte, amigo Emmanuel?

— “A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que polariza as esperanças das almas” (Emmanuel. O Consolador. Psicografia de Chico Xavier).

— Agora é com você, Léon Denis, que escreveu uma obra intitulada O Espiritismo na Arte. O que me diz desse tema?

— Jó, “O Espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites. A comunicação que ele estabelece entre os mundos visível e invisível, as informações fornecidas sobre as condições de vida no Além, a revelação que ele nos traz das leis superiores da harmonia e da beleza que regem o universo vêm oferecer aos nossos pensadores e artistas inesgotáveis temas de inspiração” (Denis, Léon. O Espiritismo na arte).

— Peço, então, ao amigo Allan Kardec que nos traga suas últimas palavras sobre as artes.

— Caro irmão espírita, “As artes não sairão do torpor em que jazem, senão por meio de uma reação no sentido das ideias espiritualistas. [...] É matematicamente certo dizer que, sem crença, as artes carecem de vitalidade e que toda transformação filosófica acarreta necessariamente uma transformação artística paralela (Kardec, Allan – Obras Póstumas).

Com tão ilustres entrevistados expondo o que ouvimos e agora registramos sobre arte, em especial sobre a contribuição do Espiritismo na revitalização dela no mundo, só nos resta agradecer-lhes e dizer: Graças a Deus! A arte ainda não está perdida. Vamos voltar às origens do culto ao belo e à Divindade, sem tergiversações.

Hoje, percebo grandes esforços de abnegados trabalhadores da seara espírita no campo das artes, mas é preciso que suas obras sejam mais intensamente divulgadas. E passei a homenagear, diariamente, com um poema, após breves pesquisas, uma grande data. Laica ou espiritualista.

Desse modo, de agora em diante, em vez de falar no absurdo que é “a arte da guerra”, pensemos, falemos e façamos aquela arte para a qual convergem todas as mensagens grandiosas do Espiritismo cristão na música, no teatro, no cinema, na pintura e na literatura: “a arte da paz”.

 

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