sábado, 24 de novembro de 2012

Pérolas literárias (11)



Alma minha gentil, que te partiste

Luís Vaz de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
alguma cousa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,

roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.


Um comentário:

  1. Marilene S. Saenz-Westport- Connecticut - USA26 de novembro de 2012 às 17:03

    Dear, Sr. Astolfo, este poema de Camoes, faz lembrar-me de meu pai, Sr. Pedro(desencarnado), quando eu era crianca ele recitava poemas e sempre gostava de recitar os de Camoes, ate hoje re-lembro e, eu coloquei uma musica neste poema(tambem a musica nao e minha fiz uma adaptacao, pois canto somente p/eu mesma)e nao conti as lagrimas ao le-lo em seu blog,voltando as reminiscencias chorei. Hei! Li o seu perfil e fiquei sabendo que ja escereveste um livro e porque nao livros????O meu esposo esta indo ao Brasil a negocios vou hoje mesmo pedirei a ele que compre para mim, o seu livro terei imenso prazer de le-lo, sou amante da leitura, tenho um profundo respeito, apesar de analizar tudo(mania), mas, sou uma leitora que valoriza os trabalhos dos autores e, ai reside a minha admiracao e, pela qual sustento o elogio, sinceramente marilene s.aenz

    ResponderExcluir