Adelaide nos
pergunta: “Jesus morreu, ressuscitou e seu espírito foi para Deus. E a carne,
para onde foi?”
Os evangelhos
informam que Jesus morreu e, no terceiro dia, ressuscitou e subiu ao Pai. O que
teria sido feito de seu corpo, já que ele sumiu? Para responder a isso é
preciso lembrar o que nos ensina São Paulo em sua 1ª Epístola aos Coríntios. A
ressurreição, diz ele, não é ressurreição da carne, mas ressurreição do
espírito. E nos ensina que, enterrando-se o corpo carnal, ressurge o corpo
espiritual, ou seja, possuímos um corpo de carne e um corpo espiritual, e é
este, o corpo espiritual, que ressurge, que ressuscita.
Jesus,
portanto, ressurgiu em espírito, com seu corpo espiritual. O corpo espiritual,
ou perispírito, tem a propriedade de se materializar e foi assim,
materializado, que Jesus não apenas apareceu como se deixou tocar pelos
discípulos.
Quanto ao
corpo carnal do Mestre, acreditamos que ele tenha sido desagregado, por ação do
seu próprio Espírito ou dos Espíritos que o assessoravam naquele momento. Edgard
Armond relata no livro “O Redentor”, cap. 44, como se deu o fato do
desaparecimento do corpo de Jesus.
Existem três
provas evidentes de que Jesus não ressurgiu com o corpo material:
1ª Maria de
Magdala não o reconheceu, confundiu-o com outra pessoa e não viu nenhuma ferida
no seu corpo.
2ª Pedro e os
apóstolos também não viram nele nenhum ferimento.
3ª Ao
aparecer para os apóstolos, estando Tomé presente, Jesus imprimiu no seu corpo
espiritual uma modificação que fez com que as “chagas” ficassem visíveis, o que
é uma propriedade do perispírito, que pode assumir a forma desejada, a critério
do Espírito.
A ressurreição
de Jesus é, pois, segundo os ensinamentos espíritas, um caso de aparição
espiritual, em que o Espírito pode estar ou não materializado, algo que os
livros espíritas explicam muito bem.
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