CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Um senhor, um pouco sisudo e de um humor não
muito simpático, estava no recinto onde ocorreria uma palestra. Esta era de
profundo ensinamento: trazia o conteúdo de como viver melhor consigo e com os
outros, ou seja, com a vida.
Antes da apresentação do tema, alguns o
cumprimentavam, pois era conhecido do local; porém, até o momento, todas as
saudações eram de longe ou com o mais próximo contato – um aperto de mão.
Mais uns minutos se passaram e um jovem rapaz o
reconheceu e foi cumprimentá-lo.
– Professor... o senhor? Quanto tempo? – então
o jovem o abraçou com todo carinho e admiração.
O homem, também um grande docente, aceitou o
abraço e o retribuiu. Que momento revitalizador!
Logo, o rapaz se despediu e buscou um lugar
vago mais à frente. O semblante do senhor havia mudado por completo, estava
leve, mais feliz e iluminado.
Após um determinado tempo, a palestra terminou;
o professor respirou fundo e se levantou com uma energia totalmente diversa da
qual quando entrara no recinto.
Talvez a cara fechada não seja indício de
alguém intratável, mas, sim, de quem quer ser abraçado e aceito com puro
sentimento. O abraço não cura de uma vez, no entanto, prepara o interior para a
atração do bem-estar.
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