O confrade Francisco nos pergunta se é realmente
possível mediante a educação reformar o caráter de uma pessoa.
A resposta é: sim. Contrariamente ao que sempre se
imaginou, descobertas recentes no campo da biologia e dos estudos da mente têm
provado que tanto o cérebro como a mente humana podem rearranjar-se de maneira
drástica e as pessoas podem mudar em qualquer estágio da vida.
Pesquisas recentemente divulgadas têm questionado até
mesmo um dos dogmas da psicanálise segundo o qual os adultos carregam para
sempre os traumas vividos na infância. Martin Seligman, docente da Universidade
da Pensilvânia, afirma em sua obra intitulada “O que você pode mudar e o que
não pode” que é possível à criatura humana mudar a timidez, o mau humor, o
pessimismo, a depressão e quase todas as disfunções sexuais, como a frigidez e
a impotência.
Sanjay Srivastava, um dos mais abalizados estudiosos
nessa área, sustenta, com base em experiências por ele conduzidas, que as
mulheres que sofrem de ansiedade na adolescência tendem a recuperar a
autoconfiança entre os 30 e 40 anos.
Para nós, espíritas, não causam surpresa tais ideias,
porque a evolução ou o progresso constitui um dos princípios fundamentais do
Espiritismo e, ao tratar da infância, é peremptória a afirmativa constante da
questão 385 d´O Livro dos Espíritos,
que diz ser possível, por meio da educação, reformar o caráter e reprimir as
más inclinações que a criança traz do passado, missão sagrada – acrescentam os
imortais – que Deus confiou aos pais e da qual estes deverão prestar contas.
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