CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
(Esta é uma homenagem ao Dia
Internacional da Mulher – 8 de março.)
Muitas das doces coisas da vida
se relacionam à mulher. As flores são um franco exemplo, pois trazem, em sua
essência, singeleza e encanto; sabedoria e força para subsistirem às
intempéries. São as flores que completam o campo sob o sol, sob a chuva,
resfriando-se com o inverno, intensificando-se durante a primavera.
É o olhar de mulher que busca
bem mais as belas paisagens; o melhor a extrair do ser humano, pois é capaz de
gerar o filho, ser especial mantido em seu corpo para a formação adequada a fim
de resistir às primícias e aos solavancos e, então, interagir com a vida. Mãe,
que diante da mais forte dor do parto, no mesmo segundo, cria o mais sublime
sorriso já com o filho nos braços.
Mulher que à noite chora
baixinho e, com os raios do novo dia, respira fundo para conquistar seus
objetivos tão almejados. Mulher que é mãe, é filha, é irmã, é esposa, é amiga;
mulher que reveste a alma com sapiência, fé e força, pois além de se cuidar, há
um grupo de pessoas dependente de seu cuidado, de seu afeto, de seu olhar com o
brilho mais vivo, de sua mão para orientá-lo aos passos no melhor caminho.
É o ser, fisicamente, mais
frágil; é a alma, nesta forma, mais amorosa, detentora dos mais profundos
mistérios exacerbados na sensibilidade. Quando mãe, sem hesitação, deixa de ser
individual para ser parte do seu filho; sente as mais fortes dores pela
infelicidade de seu pequeno; transforma-se na mais valente criatura para
protegê-lo.
Maria de Nazaré foi alma
grandiosa revestida de mulher e, para a eternidade, já era o espírito magnânimo
que embalou o Grande Mestre nos braços.
Madre Teresa de Calcutá, a mãe
fraterna de filhos sem pais, desenvolveu meios pelo árduo trabalho peregrino de
criar crianças já sentenciadas à morte, transformando-as em almas fortes com
sorriso tranquilo.
Também Zilda Arns, médica dos
aflitos e trabalhadora pelo resgate da vida, disciplinou-se a salvar crianças
desnutridas em tenra idade sem promessa de viverem.
Cecília Meireles, com seus
versos profundos, adentrou o universo pueril retratando a suavidade marcante do
olhar de uma criança.
Simplesmente mulheres!
Incrivelmente mulheres! Criatura, cujas próprias características, sabe que o
sol sempre estará por trás da nuvem escura de chuva; que sua sabedoria apazigua
o laço familiar e fortalece os abraços; que compreende que o carinho é mais
respeitado que o grito ameaçador; que é capaz de doar de si mesma o pouco
restante que a miséria não compra; que por meio de seu terno sorriso, muitas
vezes, é capaz de pôr fim a uma briga secular.
Então, como tanto se assemelham
a flor e a mulher, nada mais justo que, ao céu, agradecer, também pedir a
proteção para este ser.
Mulher... de ontem, hoje e
futuramente... é a alma que graça possui, é a paciência que mesmo sem entender
compreende o momento; é a esperança real nas produtivas empreitadas da vida; é
o simples e o complexo; é a continuação da existência pelos filhos gerados ao
mundo; é a luz, o acalanto, o sublime porto seguro dos também filhos
intitulados amigos, familiares, conhecidos.
Ah, querida mulher... a você é
ofertada a flor singular, o símbolo do amor.
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