Uma leitora perguntou-nos por que a Igreja Católica
combateu e ainda combate as ideias espíritas.
A resposta a essa pergunta é muito fácil. A Igreja
Católica sempre agiu assim. Ela tem ojeriza a quem pensa diferente dela. E, de
perseguida que foi nos primeiros séculos, passou a perseguidora. Assim é que
ela esteve por trás da criação das famosas Cruzadas. Depois, quando surgiu a
Reforma que deu origem às religiões protestantes, perseguiu os reformadores e
os seus adeptos e instituiu a Inquisição. Lutero e Calvino não morreram, porque
fugiram e se esconderam, um na Alemanha, outro na Suíça.
Os séculos passaram e agora são adeptos das religiões
derivadas da Reforma, sobretudo os evangélicos pentecostais e os
neopentecostais, que nos perseguem, repetindo as mesmas falácias que a Igreja
inventou, ou seja, que o Espiritismo é obra de Satanás e inimigo da Bíblia.
A leitora conhece certamente muitos espíritas.
Chico Xavier foi um deles.
Aqui no Norte do Paraná não há quem não saiba do
trabalho que Hugo Gonçalves e Euclides Araújo realizaram ao longo da vida. Não conhecemos
em nosso meio pessoas mais caridosas e mais gentis com todos.
Se isso que eles fizeram e praticaram tiver parte com
o diabo, meu Deus!, esse diabo é uma criatura ótima, porque consegue fazer que
as pessoas orem a Deus, façam o bem, ajudem os outros e sejam bons pais e boas
mães.
Ora, não existe diabo, nem Satanás, nem inferno...
Isso foi criação de pessoas que sempre quiseram dominar a humanidade e, por
meio do medo, conseguiram fazê-lo por um bom tempo. Mas agora respiramos outros
ares, ninguém é ingênuo, a internet pode ser acessada por qualquer pessoa e a
verdade, portanto, não fica e jamais ficará escondida.
Jesus disse certa vez (e a leitora certamente já leu
isso) que “quem não for contra mim é por mim”.
O que nós espíritas ensinamos às criancinhas, aos
jovens e aos adultos são as lições de Jesus, a prece, a caridade, o perdão, a
humildade. Se isso for contrário à Bíblia ou ao Cristianismo, seria ótimo que
alguém nos explicasse em que tais ensinos contrariam a doutrina contida nos
textos evangélicos.
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