quarta-feira, 19 de março de 2014

Por que evangelizar as crianças?


Lendo um dos artigos que aqui foram publicados, uma jovem mãe enviou-nos a seguinte questão: – Por que é tão importante cuidar da evangelização de nossas crianças?
É conhecida a posição de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, com relação ao ensino moral contido no Evangelho:
"Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças, porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas”. (O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, item I.)
Depois de tão sábias palavras, Kardec asseverou: “Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura". (Idem, ibidem.)
Aí está, pois, o ponto central da resposta à pergunta formulada.
Evangelizar uma pessoa é ensinar-lhe o caminho que leva à paz, à harmonia, à felicidade possível no mundo em que vivemos. Existe motivo maior?
E quando essa tarefa deve começar? A resposta a essa dúvida é também por demais conhecida: deve iniciar-se na infância, esse período da existência corpórea que Emmanuel assim conceituou: "A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para uma longa viagem. A velhice será a chegada ao porto. A infância é a preparação".
Os Espíritos Superiores nos ensinam que, encarnando-se com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito durante a infância “é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo".
As crianças são os seres “que Deus manda a novas existências”. “Para que não lhes possam imputar excessiva seriedade, dá-lhes todos os aspectos da inocência. Julgando os seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. É na fase infantil que se lhes pode reformar o caráter e reprimir as suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder." (Cf. O Livro dos Espíritos, questões 383 e 385.)
Examinando o assunto, Emmanuel aditou esta importante informação: "O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até os sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência. Ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isto, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho. Passada a época infantil, atingida a maioridade, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma encarnada terá retomado o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos". (O Consolador, pergunta 109.)




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