sábado, 24 de novembro de 2018




Fazer o bem para viver bem

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Estava refletindo sobre o significado deste versículo: “Pois ele mesmo sabia o que havia no homem” (João, 2:25), quando vi surgir Emmanuel, que, prontamente, me explicou:
— Amigo, Jesus sabia do que havia em cada um de nós, mas sempre se pautou pelo otimismo. Conhecia o passado publicano de Zaqueu, entretanto regozijou-se por sua decisão de servir. Conhecia o pretérito de Madalena, mas renovou-a para a pureza do amor. Sabia do orgulho intelectual de Nicodemos, mas esclareceu-o, singelamente, sobre a sublimidade da vida. Identificou a tibieza de Pedro, porém fortificou-o para a árdua tarefa do Cristianismo nos seus primórdios. Constatou a dúvida de Tomé, mas revigorou-lhe a fé. Sabia que Judas o trairia, e ainda assim o chamou de amigo...
Os cuidados do Cristo primavam em proporcionar, a cada criatura humana, mais ampla visão da vida e estimulá-la a renovar-se para a prática do bem. Com seus exemplos, ensinou-nos a jamais condenar o próximo em virtude de sua imperfeição, porém educá-lo, sobretudo pela exemplificação própria.
O Divino Amigo não desconhece a nossa pesada e negra bagagem do passado e as dificuldades do presente, pleno de hesitações, de defecções e de erros; todavia, ainda assim, não deixa de estender-nos as mãos amorosas. Desse modo, quanto lhe seja possível, tolere e socorra seu irmão.
— Sabe, Emmanuel, ultimamente, tenho refletido muito sobre a vida. Há poucos dias, li um dos livros de Mário Cortella, intitulado Viver em paz para morrer em paz. Achei interessante sua proposta, mas, refletindo melhor, lembrei-me de que nós, espíritas cristãos, não cremos na morte. Então, substituí a frase do amigo Cortella por esta: Fazer o bem para viver bem!
— Isso mesmo, Jó, sendo nós imortais, quanto mais fizermos o bem, melhor será nosso bem-estar na vida, que é eterna. Até breve!
— Até breve, amigo! Abraços ao Machado!

O Evangelho segundo o Espiritismo em tradução no português atual

Continuação da tradução livre d’O Evangelho segundo o Espiritismo

II — Autoridade da Doutrina Espírita
Controle universal do ensino dos Espíritos

Se a Doutrina Espírita fosse uma concepção puramente humana, só teria como garantia as luzes daquele que a tivesse concebido. Ora, ninguém neste mundo poderia ter a pretensão de possuir, sozinho, a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram se houvessem manifestado a apenas um homem, nada lhe garantiria a origem, pois seria necessário crer naquele que dissesse haver deles recebido os ensinos. Admitindo-se sinceridade absoluta de sua parte, poderia no máximo convencer as pessoas de suas relações; conseguiria sectários, mas jamais conseguiria reunir todo o mundo.
Deus quis que a nova revelação chegasse aos homens por uma via mais rápida e mais autêntica. Por isso encarregou os Espíritos de a levarem de um polo ao outro, manifestando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de lhes ouvir a palavra. Um homem pode ser enganado, pode enganar-se a si mesmo, mas não aconteceria assim, quando milhões veem e ouvem a mesma coisa: isso é uma garantia para cada um e para todos. Além disso, pode fazer-se desaparecer um homem, mas não se faz desaparecerem as massas; podem-se queimar livros, mas não se podem queimar Espíritos. Ora, queimem-se todos os livros, e a fonte da Doutrina não será menos inesgotável, porque não se encontra na Terra, surge de toda parte, e cada um pode saciar sua sede nela. Se faltarem homens para a divulgar, sempre haverá Espíritos cuja atuação atinge todos e aos quais ninguém pode atingir.
São, portanto, os próprios Espíritos que fazem a propaganda da Doutrina, com a ajuda de inumeráveis médiuns, que eles suscitam de todos os lados. Se houvesse intérprete único, por mais favorecido que fosse, o Espiritismo mal seria conhecido. Esse intérprete, por sua vez, qualquer que fosse a sua classe, provocaria a prevenção de muita gente; nem todas as nações o teriam aceitado. Os Espíritos, entretanto, comunicando-se por toda parte, a todos os povos, a todas as seitas e a todos os partidos, são aceitos por todos.
O Espiritismo não tem nacionalidade, independe de cultos particulares, não é imposto por nenhuma classe social, visto que cada um pode receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo. Era necessário que assim fosse, para que ele pudesse conclamar todos os homens à fraternidade. Caso não se colocasse em terreno neutro, teria mantido as dissensões, em lugar de apaziguá-las.






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