O Fenômeno
Espírita
Gabriel Delanne
Parte 8
Damos sequência ao estudo do clássico O Fenômeno Espírita, de Gabriel Delanne, conforme o texto da 4ª
edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, com base em tradução de
Francisco Raymundo Ewerton Quadros. O estudo será aqui apresentado em 12
partes.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões preliminares
A. Quem foi Katie King e qual o nome do cientista que
atestou os fatos que a tornaram famosa?
B. Qual é o maior mérito da fotografia dos Espíritos?
C. Que é preciso para que uma fotografia de Espírito seja
admitida como prova?
D. Que disse Aksakof a respeito dos que negam os fatos
espíritas?
Texto para
leitura
113. Durante uma sessão com o Sr. Home, Crookes viu
agitarem-se as cortinas de uma janela. Uma forma sombria, obscura,
semitransparente, semelhante a uma forma humana, foi vista então por todos os
assistentes perto da janela, em pé, e essa forma agitava a cortina com a mão.
(P. 138)
114. Chama-se materialização ao fenômeno pelo qual um
Espírito se mostra com um corpo físico, tendo todas as aparências da vida
normal. As experiências feitas por Crookes, valendo-se da médium Florence Cook,
uma jovem de quinze anos, foi publicada em diferentes jornais espiritualistas
no ano de 1874. (P. 139)
115. Trata-se das famosas materializações do Espírito que
se intitulava Katie King, que durante três anos pôde ser observada e até
fotografada pelo célebre químico inglês. (PP. 139 a 146)
116. Katie King conversava com as pessoas, passeava pela
sala, chegando a postar-se ao lado da médium Florence. Um dia, quando chegou o
momento de sua despedida, inclinou-se sobre a jovem médium e tocou-a, dizendo:
“Desperta, Florence; desperta! É preciso que eu te deixe”. Florence Cook
acordou, banhada em lágrimas, e suplicou a Katie que permanecesse ainda por
algum tempo, mas a jovem materializada informou que sua missão estava cumprida.
(PP. 141 a 146)
117. Delanne diz que existem muitas outras experiências de
materializações de Espíritos, rigorosas como as descritas por William Crookes,
e relata um fato ocorrido em 1885, tendo como médium o Sr. Eglinton. A
narrativa desse caso foi publicada no “Light” e confirmada pelo Sr. Oxon, que
viu muitas sessões absolutamente semelhantes. (PP. 147 e 148)
118. A fotografia dos Espíritos é, sem dúvida, uma das
melhores provas da sua existência e nenhuma teoria pode explicá-la sem o
recurso da ciência espírita. Além de Crookes, muitos outros experimentadores
conseguiram fotografá-los, embora o descrédito que cercou esse fato depois do
processo movido contra o fotógrafo Buguet, em 1875. (P. 149)
119. Buguet, que não era espírita, após haver obtido,
acidentalmente, fotografias de Espíritos rigorosamente autênticas, buscou
lançar mão da fraude para aumentar seus lucros. Processado e condenado, imenso
descrédito estendeu-se sobre os espíritas, sendo eles, desse modo, injustamente
envolvidos nessa reprovação. (P. 149)
120. Por causa desse processo, e a fim de se ter certeza da
realidade do fenômeno, o Sr. Alfred Russell Wallace elaborou uma lista com
cinco recomendações a serem observadas pelo experimentador consciencioso. (PP.
149 e 150)
121. Delanne relata alguns casos de fotografias obtidas
observando-se as indicações de Wallace. (PP. 150 a 152)
122. Após descrever os procedimentos adotados para a
obtenção das fotografias, Delanne afirma que tais experiências constituem a
prova da mediunidade de vidência, além da realidade objetiva das aparições, e
que nenhuma negação pode prevalecer contra tais fatos. (P. 152)
123. Não foi isso, porém, que pensava o filósofo Von
Hartmann. Este filósofo não negava as provas fotográficas, mas dizia que aquilo
que chamamos Espírito nada mais era que o desdobramento do próprio médium.
Foram divulgadas então as experiências do Sr. Aksakof, que revelaram um
fenômeno até então desconhecido: o da fotografia na mais absoluta obscuridade.
(PP. 152 e 153)
124. A propósito das experiências de Aksakof, Delanne
observa que, para uma fotografia de Espírito ser admitida como prova, é
preciso: I) que nenhum fotógrafo de
profissão e nenhum médium sejam
admitidos nas manipulações ou no manuseamento
do aparelho fotográfico e das placas; II) que a imagem fotográfica se
diferencie da do médium. (P. 153)
125. Na sequência, Delanne descreve as experiências
realizadas pelo sábio russo, que se efetuaram em Londres no ano de 1886, em uma
casa absolutamente ao abrigo de qualquer suspeita, tendo por médium o Sr.
Eglinton. (PP. 154 a 158)
126. É digno de nota, diz Delanne, que o Sr. Aksakof
conseguiu fotografar Espíritos tanto à luz do dia como em total obscuridade.
Este último fato foi relatado pelo “Light”, de Londres, a 23 de abril de 1887.
(N.R.: Foi só depois da publicação deste livro, que é de 1893, que apareceu a
obra “Animismo e Espiritismo”, de autoria do Sr. Aksakof, em que os fatos
citados encontram-se reproduzidos.) (PP. 158 a 163)
127. A teoria do Sr. Von Hartmann mostraria sua
insuficiência quando se viu que Aksakof obteve, numa mesma fotografia, a forma
do médium Eglinton juntamente com a de um Espírito. Os detalhes da experiência
são relatados por Delanne. (PP. 163 a 170)
128. Comentando o sucesso de suas experiências, Aksakof
afirmou: “Eu sabia que a primeira condição para obter-se bons fenômenos
mediúnicos é o grupo; sabia que tudo depende dele, porém ainda não tinha tido a
ocasião de convencer-me dessa verdade e de um modo tão seguro. A facilidade, a
pontualidade, a força e a exatidão com que se deram os fenômenos excederam tudo
o que havíamos visto em S. Petersburgo”. (P. 170)
129. Aludindo aos que duvidam e insistem em negar os fatos
espíritas, Aksakof disse que a incredulidade não o surpreende nem o confunde:
“Ela é inteiramente natural e escusável. As convicções não são devidas ao
acaso, e, sim, ao resultado do trabalho de uma vida, de uma época inteira. A
crença nos fenômenos da natureza não se adquire com a razão e a lógica, mas
pela força do hábito, e a força desse hábito faz que o maravilhoso deixe de ser
maravilha”. (P. 172)
130. Concluindo a descrição desses fatos, Delanne afirma
que os trabalhos de Aksakof não apenas confirmam todas as investigações
anteriores sobre o assunto, mas oferecem ainda a prova absoluta da
possibilidade de se fotografar os Espíritos em plena obscuridade. (P. 174)
131. As fotografias de Espíritos obtidas em diversos países
comprovaram que a alma, depois da morte do corpo, não é somente uma sombra, mas
um ser real, envolvido por um corpo sutil, que o Espiritismo chama de
perispírito.
Respostas às
questões preliminares
A. Quem foi
Katie King e qual o nome do cientista que atestou os fatos que a tornaram
famosa?
Katie King foi o nome usado por um Espírito que durante
três anos pôde ser observado e até fotografado pelo célebre químico inglês
William Crookes, valendo-se da médium Florence Cook, uma jovem de quinze anos.
Materializada, Katie King conversava com as pessoas, passeava pela sala e
chegou, certa vez, a postar-se ao lado da médium Florence e assim fotografada.
(O Fenômeno Espírita, págs. 138 a
148.)
B. Qual é o
maior mérito da fotografia dos Espíritos?
A fotografia dos Espíritos é, sem dúvida, uma das melhores
provas de sua existência e nenhuma teoria pode explicá-la sem o recurso da
ciência espírita. As fotografias comprovam, ademais, a mediunidade de vidência
e a realidade objetiva das aparições, mas é preciso prudência nesse tipo de
experiência, assunto sobre o qual Alfred Russell Wallace fez cinco
recomendações transcritas por Delanne nesta obra. (Obra citada, págs. 149 a
152.)
C. Que é
preciso para que uma fotografia de Espírito seja admitida como prova?
Reportando-se às experiências de Aksakof, Delanne diz que
para uma fotografia de Espírito ser admitida como prova é preciso: I) que
nenhum fotógrafo de profissão e nenhum médium sejam admitidos nas manipulações
ou no manuseamento do aparelho fotográfico e das placas; II) que a imagem
fotográfica se diferencie da do médium. Aliás, Aksakof obteve, numa mesma
fotografia, a forma do médium Eglinton juntamente com a de um Espírito, como
Delanne relata nesta obra. (Obra citada, págs. 152 a 170.)
D. Que disse
Aksakof a respeito dos que negam os fatos espíritas?
Aludindo aos que duvidam e insistem em negar os fatos
espíritas, Aksakof disse que a incredulidade não o surpreende nem o confunde:
“Ela é inteiramente natural e escusável. As convicções não são devidas ao
acaso, e, sim, ao resultado do trabalho de uma vida, de uma época inteira. A
crença nos fenômenos da natureza não se adquire com a razão e a lógica, mas
pela força do hábito, e a força desse hábito faz que o maravilhoso deixe de ser
maravilha”. (Obra citada, págs. 170 a 174.)
Observação:
Eis os links que remetem aos três
últimos textos:
Parte 5 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/01/o-fenomenoespirita-gabriel-delanne_11.html
Parte 6 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/01/o-fenomenoespirita-gabriel-delanne_18.html
Parte 7 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/01/o-fenomenoespirita-gabriel-delanne_25.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele
nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário