Uma leitora pergunta-nos por que
“cor-de-rosa” tem hífen e “cor de vinho” não tem.
O motivo real não sabemos; certamente o fato
se deve a uma questão de tradição. É por isso que, mesmo com a restrição que o
recente Acordo Ortográfico impôs ao uso do hífen, continuam sendo grafadas com
hífen as locuções e expressões seguintes, que alguns entendem que já foram consagradas
pelo uso:
água-de-colônia
arco-da-velha
pé-de-meia
mais-que-perfeito
cor-de-rosa
coração-ardente
coração-de-estudante
coração-de-maria
água-benta
água-furtada.
Os casos acima, e há muitos outros exemplos,
constituem, em verdade, exceções à regra pactuada no citado Acordo, segundo a
qual não se usa hífen nas locuções em geral, sejam elas substantivas,
adjetivas, adverbiais etc.
Dessa forma, não têm hífen as locuções ou
expressões abaixo relacionadas:
à vontade
cão de guarda
café com leite
cor de vinho
cor de carne
fim de semana
fim de século
quem quer que seja
um disse me disse
bumba meu boi
tomara que caia
arco e flecha
tão somente
ponto e vírgula
cor de burro quando foge
água de cheiro
à toa
dia a dia.
Comparemos agora estas locuções:
“água-de-colônia” e “água de cheiro”. A primeira com hífen; a segunda, não.
Ora, trata-se de expressões igualmente
consagradas pelo uso, o que nos leva à conclusão de que a melhor coisa, para
evitar erros, é consultar o VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa, sempre que tivermos dúvida a respeito do assunto. Para acessar a
página do VOLP na Web, clique aqui
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conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo.
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