segunda-feira, 30 de dezembro de 2019




Uma leitora pergunta-nos por que “cor-de-rosa” tem hífen e “cor de vinho” não tem.
O motivo real não sabemos; certamente o fato se deve a uma questão de tradição. É por isso que, mesmo com a restrição que o recente Acordo Ortográfico impôs ao uso do hífen, continuam sendo grafadas com hífen as locuções e expressões seguintes, que alguns entendem que já foram consagradas pelo uso:
água-de-colônia
arco-da-velha
pé-de-meia
mais-que-perfeito
cor-de-rosa
coração-ardente
coração-de-estudante
coração-de-maria
água-benta
água-furtada.
Os casos acima, e há muitos outros exemplos, constituem, em verdade, exceções à regra pactuada no citado Acordo, segundo a qual não se usa hífen nas locuções em geral, sejam elas substantivas, adjetivas, adverbiais etc.
Dessa forma, não têm hífen as locuções ou expressões abaixo relacionadas:
à vontade
cão de guarda
café com leite
cor de vinho
cor de carne
fim de semana
fim de século
quem quer que seja
um disse me disse     
bumba meu boi
tomara que caia
arco e flecha
tão somente
ponto e vírgula
cor de burro quando foge
água de cheiro
à toa 
dia a dia.
Comparemos agora estas locuções: “água-de-colônia” e “água de cheiro”. A primeira com hífen; a segunda, não.
Ora, trata-se de expressões igualmente consagradas pelo uso, o que nos leva à conclusão de que a melhor coisa, para evitar erros, é consultar o VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, sempre que tivermos dúvida a respeito do assunto. Para acessar a página do VOLP na Web, clique aqui





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