terça-feira, 10 de dezembro de 2019




A viagem pela vida

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Como é rápida a passagem pela vida, embora haja o paradoxo de ser eterna. Para determinadas ocasiões a vida parece ser mais instantânea enquanto que para outras ocorre uma espécie de lentidão adormecida. Talvez não sejam bem as ocasiões, mas as ações e palavras realizadas que se abrigam no íntimo ou por terem sido executadas ou sofridas.
Aí nos perguntamos: o que estamos fazendo com os nossos dias, com essa linda oportunidade? O que de fato é real para nos sentirmos felizes? O que realizamos em benefício da vida? Como é o nosso comportamento perante ela? Será que compreendemos um pouquinho a sua inimaginável grandeza? Será que não estamos mais egoístas do que deveríamos? Será que os valores não estão incompreendidos? Diante dos dias é provável a falta de compreensão e amor.
Normalmente só nos damos conta um pouco quando passamos por alguma situação difícil. Então iniciamos o processo de reconhecimento dos presentes diários em nossa vida. Porém não precisamos despertar-nos apenas com o solavanco providente. Podemos viver de maneira tão mais leve, simples, alegre e amorosa. 
E essa mudança não nos requer privação, sofrimento, renúncia doída, requer simplesmente que deixemos de fazer o que é estéril, infeliz e retrógrado. Podemos começar pelo aniquilamento do preconceito em sua vasta ramificação, também do egoísmo em suas variadas personagens. Podemos nos colocar no lugar do próximo e sentirmos se é felicidade ou dor o que está vivenciando diante do ocorrido. Podemos ainda criar situações benéficas para que mais pessoas possam sorrir e vingar uma atmosfera mais plena.  
Sinceramente quando estivermos amando mais poderemos reconhecer a beleza real da natureza, sorrir com mais facilidade, respeitar naturalmente a vida, sentir a doce energia dos animaizinhos, encantar-nos com o lindo sorriso que a criança possui, admirar a sabedoria que nossos avós conquistaram, agradecer a chuva e o calorzinho do sol, reconhecer o incomparável amor de Deus.
Quando estivermos passando pela vida e compreendendo a sua nobreza poderemos fazer tudo de muito doce e maravilhoso que ainda não fazemos e deixarmos de lado as pieguices humanas que infelizmente ainda carregamos.
Desejo logo que eu possa ainda nesta viagem ser mais pássaro para admirar o amplo horizonte sem me importar tanto com as breves insignificâncias criadas pelos viajores da vida... nós. 
Se podemos ser eternos de fato, por que desejarmos a efemeridade?

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