quarta-feira, 25 de dezembro de 2019


Os Mensageiros

André Luiz

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar. As obras selecionadas para o nosso estudo têm em comum a forma novelesca, que tanto sucesso alcançou no meio espírita desde que apareceu em 1944 o livro Nosso Lar.
Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes, cada qual com oito perguntas e respostas. Os textos são publicados neste blog sempre às quartas-feiras.
Concluímos hoje o estudo do livro Os Mensageiros, psicografado pelo médium Chico Xavier, ao qual se seguirá o estudo da obra Missionários da Luz.

Parte 6 e final

41. Que cuidados tiveram os mentores espirituais nos preparativos da reunião realizada na casa de Isabel?
Os preparativos da reunião, que foram feitos bem antes do início da sessão, foram intensos. Irmãos dividiram a sala de modo singular, utilizando longas faixas fluídicas, destinadas a limitar a zona de influenciação dos sofredores que seriam trazidos à reunião. O ar foi magnetizado pelos Espíritos, impregnando o ambiente de elementos espirituais necessários ao êxito do trabalho, e vigilantes se espalharam em derredor da moradia singela. (Os Mensageiros, cap. 43, págs. 224 a 226.)
42. Os enfermos desencarnados atendidos com passes magnéticos foram igualmente beneficiados?
Os passes de reconforto aos enfermos desencarnados deram início aos atendimentos, mas Aniceto explicou, quanto aos resultados, que alguns se sentiriam curados, outros acusariam melhoras, mas a maioria continuaria impermeável ao serviço de auxílio. O que nos deve interessar, portanto, é a semeadura do bem; os resultados pertencem ao Senhor – acrescentou o instrutor espiritual. (Obra citada, cap. 44, págs. 229 a 233.)
43. Que lição podemos extrair do caso Fidélis?
Reportando-se ao caso, Aniceto disse que há muitas pessoas assim. São pesquisadores de superfície que tudo esperam dos outros, sem nenhum esforço próprio, sem se dar ao trabalho das obras, sem atender à responsabilidade. Vivendo no torvelinho das libações, agarrados aos interesses inferiores e à satisfação dos sentidos físicos, eles ainda aguardam mensagens espirituais. (Obra citada, cap. 45, págs. 234 a 238.)
44. Quantos desencarnados assistiram à preleção da noite?
Havia no recinto 35 encarnados, mas o número total de necessitados excedia de duas centenas, porque o grupo estava, então, acrescido de muitas entidades desencarnadas que formavam o séquito perturbador da maioria dos encarnados presentes. Aniceto esclareceu o fato dizendo que grande número de criaturas, na passagem para o mundo espiritual, sentem-se possuídas de "doentia saudade do agrupamento", como acontece aos animais, quando sentem a mortal "saudade do rebanho". (Obra citada, cap. 46, pp. 239 e 240, cap. 48, págs. 248 a 250.)
45. A preleção doutrinária atingiu igualmente a todos?
Não. A palestra foi recebida com respeito geral, no círculo das entidades desencarnadas, mas não se notou o mesmo traço de harmonia na esfera dos encarnados. Nestes, o pensamento era instável, a expectativa ansiosa dos presentes perturbava a corrente vibratória e o palestrante parecia, às vezes, perder "o fio das ideias". Alguns irmãos encarnados se mantinham irrequietos, em demasia. Uns se prendiam aos problemas domésticos, outros se impacientavam por não lograrem a realização imediata dos propósitos que os haviam levado ali. Os benefícios imediatos da doutrinação foram muito mais visíveis entre os desencarnados. Entre estes, não houve um só que não recebesse consolações diretas e sublime conforto. (Obra citada, cap. 47, págs. 243 a 245.)
46. Dois pedidos feitos aos dirigentes da reunião não foram atendidos. Por quê?
O primeiro deles partiu de uma senhora desencarnada que queria comunicar-se com sua filha, presente à reunião. Anselmo, o instrutor mais graduado da reunião, não julgou viável o pedido, explicando que a filha não estava em condições de receber tal bênção. No estado evolutivo em que se encontrava, a jovem se agarraria excessivamente ao auxílio da mãe afetuosa e sensível, com prejuízo para ambas. O segundo pedido foi feito por um Espírito que solicitou a Isidoro interceder junto dos receitistas para que fornecessem novas indicações médicas a Amaro, seu sobrinho, que necessitava de amparo à saúde física. Isidoro negou-se a isso, lembrando a rebeldia de Amaro ao tratamento já indicado anteriormente, em cinco ocasiões diferentes. Ele não adquiria os medicamentos receitados, e quando os obtinha, por obséquio de amigos, desprezava os horários e julgava-se superior ao método, além de criticar mordazmente as indicações recebidas. Isidoro, porém, ressalvou: "Se Amaro pedir e os receitistas cederem, tudo estará muito bem", ou seja, a iniciativa deve partir do interessado, não dos outros. (Obra citada, cap. 47, págs. 245 a 247.)
47. Que ensinamento colhemos do caso da jovem desencarnada que tinha medo do próprio noivo?
A noiva desencarnada continuava unida aos despojos, sob forte impressão de terror. O desprendimento espiritual já ocorrera, fazia seis horas, mas ela não saía dali, com medo do Espírito ao lado, seu próprio noivo, que a esperava há muito no plano espiritual. Aniceto aplicou-lhe um passe reconfortador e ela adormeceu quase imediatamente. Em seguida, entregou-a aos cuidados do rapaz que, utilizando a volitação, carregou consigo o fardo suave do seu amor. Pela bondade natural do coração e pelo espontâneo cultivo da virtude, a jovem não precisaria de provas purgatoriais. Seu medo se devia à falta de educação religiosa. Em breve tempo, porém, ela se adaptaria à nova vida, visto que os bons não encontram obstáculos insuperáveis. A importância da educação religiosa, bem como da prática do bem, eis o que esse caso comprova. (Obra citada, cap. 48, págs. 250 a 252.)
48. Como se processou a desencarnação de Fernando?
Fernando, 60 anos de idade, vitimado pela leucemia, se encontrava em coma havia muitos dias. A aflição dos familiares encarnados, ali presentes, dificultava a ação de socorro com vistas à desencarnação. Todos eles emitiam recursos magnéticos em benefício do agonizante. Uma rede de fios cinzentos e fracamente iluminados parecia ligar os parentes ao enfermo quase morto, e era preciso neutralizar essas forças. Foi o que fez Aniceto. Com aplicações magnéticas, o instrutor conseguiu que o moribundo apresentasse inexplicável melhora. O médico encarnado anunciou que a pulsação estava quase normal e a respiração tendia à calma. Foi o suficiente para os encarnados darem uma trégua em suas preocupações. Aniceto aproveitou a serenidade ambiente e começou a retirar o corpo espiritual do morto, desligando-o dos despojos, iniciando a operação pelos calcanhares e terminando na cabeça, à qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos. Aniceto cortou o cordão com esforço. O corpo do falecido deu um estremeção. A operação não fora curta nem fácil. Demorara-se longos minutos, durante os quais Aniceto empregou todo o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas. (Obra citada, cap. 49 e 50, pp. 253 a 262.)



Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/12/os-mensageiros-andre-luiz-publicamos_18.html



  
Caso o leitor queira baixar o estudo completo – texto consolidado e questões objetivas – do livro “Os Mensageiros”, clique neste link: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND  - e, em seguida, no verbete “Os Mensageiros”.




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