quarta-feira, 4 de dezembro de 2019


Os Mensageiros

André Luiz

Publicamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar. As obras selecionadas para o nosso estudo têm em comum a forma novelesca, que tanto sucesso alcançou no meio espírita desde que apareceu em 1944 o livro Nosso Lar.
Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes, cada qual com oito perguntas e respostas. Os textos são publicados neste blog sempre às quartas-feiras.
Após o estudo de Nosso Lar, estudamos presentemente o livro Os Mensageiros, também psicografado pelo médium Chico Xavier.

Parte 3

17. Que lições podemos extrair do caso Alfredo?
Duas são as lições que esse caso nos apresenta. A primeira, talvez a mais importante, é que jamais devemos agir com precipitação nem julgar ninguém com base nas aparências. Como diz o autor da obra, é preciso primeiro conhecer o preço da felicidade, para não menosprezar, de novo, as bênçãos de Deus, e é igualmente necessário aprender a subir na escala evolutiva. (Os Mensageiros, cap. 17, pp. 93 a 96.)
18. Quantos europeus vitimados pela Guerra havia no Posto dirigido por Alfredo? Por que foram eles trazidos para o Brasil?
Naquele Posto de Socorro encontravam-se mais de 400 Espíritos. Os mentores espirituais mais elevados haviam decidido remover pelo menos 50% dos desencarnados na guerra para os núcleos espirituais americanos, visando a proteger a coletividade dos Espíritos encarnados nas regiões de origem, porque essas aglomerações de desencarnados determinariam focos pestilenciais de origem transcendente, com resultados imprevisíveis. (Obra citada, cap. 18, pp. 97 a 100.)
19. Que fato notável Alfredo presenciou em Bristol?
A cidade de Bristol, na Inglaterra, estava sendo sobrevoada por alguns aviões pesados de bombardeio. As perspectivas de destruição eram assustadoras. No seio da noite, apesar de estar a cidade às escuras, destacava-se à visão espiritual um farol de intensa luz. Seus raios faiscavam no firmamento, enquanto as bombas eram arremessadas ao solo. Alfredo e seu grupo desceram ao ponto luminoso e verificaram, com surpresa, que eles se encontravam numa igreja, cujo recinto devia ser quase sombrio para o olhar humano, mas altamente luminoso para os olhos espirituais. Alguns cristãos corajosos reuniam-se ali e cantavam hinos. O ministrante do culto lera a passagem dos Atos em que Paulo e Silas cantavam à meia-noite, na prisão, e as vozes cristalinas elevavam-se ao Céu, em notas de fervorosa confiança. Enquanto as bombas explodiam lá fora, os cristãos cantavam, unidos, em celestial vibração de fé viva. (Obra citada, cap. 18, pp. 101 e 102.)
20. Em que consiste o sopro curativo? Esse tratamento é realmente eficaz?
À semelhança do passe, o sopro curativo é eficaz e poderia ser utilizado pela maioria das criaturas, com vantagens prodigiosas, mas requer esforço individual e longo preparo. Os técnicos do Posto não se formaram de pronto. Exercitaram-se longamente, e, para a tarefa, precisavam conservar a pureza da boca e a santidade das intenções. No Ministério do Auxílio, em "Nosso Lar", há grande instituto especializado no assunto. "No plano carnal, toda boca, santamente intencionada, pode prestar apreciáveis auxílios, notando-se, porém, que as bocas generosas e puras poderão distribuir auxílios divinos, transmitindo fluidos vitais de saúde e reconforto", acrescentou Aniceto. (Obra citada, cap. 19, pp. 104 a 107.)
21. Por que o Posto de Socorro assemelhava-se a uma fortificação medieval?
Viam-se ali fossos que deixavam passar a água corrente, a torre de vigia, o caminho da ronda, a cisterna, as seteiras, as paliçadas e os pequenos canhões. No cume da torre de vigia, tremulava uma enorme bandeira de paz, muito alva. Alfredo explicou que era indispensável defender o Posto, embora sua tarefa fosse de concórdia e harmonia. As entidades votadas ao mal não eram apenas ignorantes ou inconscientes: a maioria se constituía de indivíduos perversos e criminosos, entidades verdadeiramente diabólicas. Daí a necessidade de defesa permanente e a importância das fortificações. (Obra citada, cap. 20, pp. 108 a 113.)
22. Quem eram os Espíritos vistos por André em estado de sono? Por que eles dormiam?
Eram criaturas que nunca se entregaram ao bem ativo e renovador em torno de si, e mormente os que acreditaram convictamente na morte, como sendo o nada, o fim de tudo, o sono eterno. Eles dormem, porque estão magnetizados pelas próprias concepções negativistas; permanecem paralíticos, porque preferiram a rigidez ao entendimento. Mas dia virá em que deverão levantar-se e quitar os débitos contraídos. (Obra citada, cap. 22, págs. 120 a 122.)
23. Que tipo de atendimento é prestado aos enfermos do Posto? Eles recebem também alguma espécie de alimentação?
A conversa amigável, a orientação espiritual adequada, medicamentos, água efluviada, passes magnéticos e, em alguns poucos casos, aplicações do sopro curador – isso compunha o conjunto dos atendimentos prestados aos enfermos, que também recebiam alimentação, desde os caldos líquidos até o alimento mais denso, na conformidade do estado de cada um deles. (Obra citada, cap. 21 e 22, págs. 114 a 123.)
24. Que efeito teve, segundo André, a prece de Ismália?
Ao orar, Ismália transfigurou-se. Luzes diamantinas irradiavam de todo o seu corpo, em particular do tórax, cujo âmago parecia conter misteriosa lâmpada acesa. As senhoras que acompanhavam Ismália estavam também quase semelhantes a ela, como se trajassem costumes radiosos, em que predominava a cor azul. Suave calor apossava-se de todos; era intensa a sensação de conforto. Foi então que do alto grande quantidade de flocos esbranquiçados, de tamanhos variadíssimos, caiu copiosamente sobre os que oravam, mas não sobre os que dormiam. Os flocos desapareciam ao tocá-los, mas da fronte e do peito dos cooperadores começaram a sair grandes bolhas luminosas, com a coloração da claridade de que cada um estava revestido, bolhas essas que se elevavam no ar e atingiam os Espíritos em sono. As luzes emitidas por Ismália eram mais brilhantes, intensas e rápidas, e alcançavam vários enfermos de uma só vez. Vinham depois as fornecidas por suas companheiras, por Aniceto e Alfredo. O alcance ia-se reduzindo, mas todos emitiam vibrações. Os servos de corpo obscuro emitiam vibrações fracas, mas também luminosas. Cada qual revelava, naquele instante, o valor próprio da cooperação que podia prestar. (Obra citada, cap. 24, págs. 129 a 133.)


Observação:
Para acessar a Parte 2 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/11/os-mensageiros-andre-luiz-publicamos_27.html




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