sábado, 29 de agosto de 2020



Muitas vidas e eterno aprendizado

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Bom dia!
Gostaria de refletir um pouco sobre alguns estudiosos estrangeiros contemporâneos que, ao longo de muitos anos de estudo e pesquisa, constataram a realidade da sobrevivência do espírito após a morte e seu retorno em novos corpos para a ascensão (quase) infinita rumo à perfeição.
Hoje, começo com o dr. Brian Weiss que, entre outras obras sobre a imortalidade do Espírito, publicou: Muitas Vidas, Muitos Mestres. No Brasil, a obra foi editada pela Sextante.
Weiss tornou-se doutor em medicina em 1970, em Yale, EUA, depois, professor e diretor na área de psiquiatria. O caso que inicia narrando ocorreu com sua paciente chamada Catherine, na época (1980), com 27 anos, que chegou ao seu consultório aterrorizada e deprimida.
Após 18 meses de acompanhamento de sua paciente, sem resultados pelos métodos tradicionais, Brian tentou a hipnose.
Foi quando sua paciente passou, para assombro dele, a relatar-lhe acontecimentos de vidas passadas. Essas ocorrências estavam relacionadas aos fatores causais de seus sintomas atuais.
Após algum tempo, Catherine começou a incorporar entidades espirituais que, segundo relato do autor do livro, possuíam grande evolução. Com elas, veio a conhecer diversos segredos da vida e da morte. Eis o que ele diz, no prefácio de seu livro:

Anos de um estudo disciplinado haviam-me permitido treinar a mente como cientista e como médico, conduzindo-me ao longo de estreitas veredas no conservadorismo da minha profissão. Desprezava tudo aquilo que não fosse passível de ser provado por métodos científicos tradicionais. Estava ao corrente de alguns estudos em parapsicologia que eram conduzidos em universidades de renome por todo o país, mas que não conseguiam despertar a minha atenção. Para mim parecia tudo demasiado rebuscado.

Diz o dr. Brian Weiss que a medicina psiquiátrica está repleta de teorias sobre o que ocorre na mente humana para lá de nossa compreensão. Uma delas é a de Carl Jung sobre o "inconsciente coletivo", que nos permitiria o acesso às memórias de toda a raça humana. Ou seja, apesar de todo o meu respeito a Jung, não faltam ideias para explicar o que não tem explicação para quem presencia o fenômeno. Por isso Kardec afirmou, com sabedoria, que o Espiritismo é ciência de observação e também de experimentação.
O leitor inconformado de que tudo termina nesta breve existência é motivado a continuar a leitura desse e de outros livros similares após ler a seguinte informação:

Os cientistas estão a começar a procurar essas respostas. Nós, como sociedade, temos muito a ganhar com a investigação sobre os mistérios da mente, da alma, da continuação da vida para além da morte, e da influência das experiências de vidas passadas no nosso comportamento atual. É óbvio, como se compreende, que as ramificações são ilimitadas, em especial nos campos da medicina, psiquiatria, teologia e filosofia.
No entanto, a investigação cientificamente rigorosa neste campo ainda se encontra na sua infância. Têm sido dados grandes passos para desvendar a informação a este respeito, mas o processo é lento e depara com grande resistência por parte de cientistas e leigos com ideias análogas.
Ao longo de toda a história, a humanidade sempre resistiu a mudanças e à aceitação de novas ideias. Os registos históricos estão repletos de exemplos. Quando Galileu descobriu as luas de Júpiter, os astrônomos da época recusaram aceitar ou até mesmo olhar para esses satélites, porque a existência dessas luas era motivo de conflito com as suas crenças aceites de antemão. O mesmo se passa agora com psiquiatras e outras terapeutas, que recusam examinar e avaliar as provas consideráveis que têm sido reunidas sobre a sobrevivência após a morte corporal e sobre as memórias de vidas passadas. Os seus olhos continuam obstinadamente fechados.

Tudo isso, que Brian Weiss e outros cientistas atuais vêm investigando, já vem sendo revelado à humanidade há muito tempo. Começou na antiguidade, mas acentuou-se no século XIX, principalmente após a extraordinária obra coletada por Allan Kardec, que lhe foi transmitida por diversos médiuns. Muita coisa ainda está prevista para acontecer, como o retorno das materializações e outras manifestações de Espíritos, semelhantes às que tivemos por meio de médiuns como Daniel Dunglas Home, Kate Fox, Charles Edward Williams, Florence Cook, Anne Eva Fay, citadas por Samuel Magalhães em seu livro Daniel Dunglas Home: o médium voador (EBM Editora, 2013, p. 158), e ainda, do mesmo autor, Anna Prado, a Mulher que Falava com os Espíritos. Os fenômenos de cura e mediúnicos converteram o judeu Frederico Fígner ao Espiritismo. Fígner pôde conversar com o Espírito materializado de sua filha Ester, desencarnada na adolescência.
Nunca me esqueço da leitura de jornais e revistas cariocas arquivados na Biblioteca de Obras Raras da Federação Espírita Brasileira, há cerca de 30 anos. Ali, estampavam-se matérias com títulos como: "César Lombroso diz que o Espiritismo é coisa de loucos", ou: "César Lombroso Ridiculariza o Espiritismo". Até que, algum tempo depois, era estampado, justiça seja feita, com o mesmo destaque: "César Lombroso converte-se ao Espiritismo". O relato desse psiquiatra espírita sobre sua conversão pode ser encontrado em sua obra intitulada Hipnotismo e Mediunidade, publicada pela Federação Espírita Brasileira. Os fenômenos com a médium napolitana Eusápia Paladino foram tão impressionantes e convincentes, que Lombroso se arrependeu de ter zombado do Espiritismo (op. cit., p. 38).
Também... quem não se converteria ao Espiritismo, após conversar com a própria mãe, desencarnada e materializada a sua frente? Por falta de espaço, não entrarei em detalhes, mas convido o leitor a ler também essa obra.
Para quem deseja aprofundar seus conhecimentos sobre a materialização de Espíritos, sem receio de ser considerado louco ou mentiroso, outras informações poderão ser obtidas nas obras citadas e, ainda, em Charles Richet: o apóstolo da ciência e o espiritismo.
Até a próxima...




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