segunda-feira, 3 de agosto de 2020



Observemos estas frases:
Estive em Recife. Vim de Recife. Vou a Recife ver meus pais.
Estive no Recife. Vim do Recife. Vou ao Recife ver meus pais.
Qual das formas acima é a correta?
Para Napoleão Mendes de Almeida, o nome da capital de Pernambuco não deve ser antecedido do artigo definido “o”. Então, a forma correta, para ele, seria: Estive em Recife. Vim de Recife. Vou a Recife ver meus pais. (Cf. Dicionário de Questões Vernáculas, p. 263.)
Na grande imprensa, as opiniões se dividem, embora a maioria admita o artigo definido “o” antes do nome da capital pernambucana. Assim, segundo tal pensamento, a forma certa é: Estive no Recife. Vim do Recife. Vou ao Recife ver meus pais.
Há quem diga que nada irrita mais o pernambucano do que ler textos que seguem o modelo sugerido por Napoleão Mendes de Almeida. A esse respeito, vários intelectuais pernambucanos já se pronunciaram, entre eles Gilberto Freyre, em seu livro "O Recife, sim! Recife, não!", em 1960.
Sobre o tema pronunciou-se o historiador pernambucano José Antônio Gonçalves de Melo: "Porque se originou de um acidente geográfico - o recife ou o arrecife - a designação do Recife não prescinde do artigo definido masculino: o Recife e nunca Recife".
Aplicar-se-ia a esse nome o mesmo critério adotado com os nomes que identificam a cidade do Rio de Janeiro, o Crato, o Cabo de Santo Agostinho e vários outros.




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