quarta-feira, 12 de agosto de 2020


Libertação

André Luiz

Parte 5

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos cinco primeiros livros da Série, prosseguimos nesta data o estudo da obra Libertação, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:

33. Como eram as edificações na região trevosa em que André se encontrava?
Tanto a paisagem quanto as edificações deixavam muito a desejar. Excetuados os palácios da praça governativa, as construções desapontavam pelo aspecto e as condições em que se mantinham. Além disso, as paredes, revestidas de matéria semelhante ao lodo, mostravam-se repelentes à visão e ao olfato, devido às exalações desagradáveis. (Libertação, cap. VII, pp. 90 e 91.)
34. Que impressão o ambiente naquela região causou a André Luiz?
Depois de caminhar através de compridos labirintos, até chegar diante de extensa edificação, que André designou como "asilo de Espíritos desamparados", ele anotou: "Enquanto encarnado, ser-me-ia extremamente difícil acreditar numa cena igual à que se nos desdobrou à visão inquieta". "Nenhum sofrimento, depois da morte do corpo, me tocara tão fundo o coração." A gritaria em torno era de espantar. Mais à frente, numa distância de dezenas de quilômetros, sucediam-se furnas e abismos, qual se fosse imensa cratera de vulcão vivo alimentado pela dor humana, visto que, lá dentro, turbilhões de vozes explodiam sem cessar, parecendo estranha mistura de lamentos de homens e animais. André e Elói tremeram, e sua vontade era de recuo instintivo. (Obra citada, cap. VII, pp. 92 e 93.)
35. Que significavam os ovoides jungidos ao Espírito de uma ex-fazendeira?
Eram entidades que prometiam vingar-se. A vítima fora tirânica senhora de escravos no século 19. Era então jovem e bela, mas desposou, consoante o programa de provas salvadoras, um cavalheiro de idade madura que, a seu turno, já assumira compromissos sentimentais com humilde filha do cativeiro. Embora a mudança natural de vida em face do casamento, não abandonou ele o débito contraído. Um dia, a esposa conheceu toda a extensão do assunto e revelou a irascibilidade que lhe povoava a alma. Fez com que o marido se dobrasse aos seus caprichos. A escrava foi separada dos dois filhos e vendida para uma região palustre, onde encontrou logo depois a morte pela febre maligna. Os filhos, metidos no tronco, padeceram vexames e flagelações em frente da senzala. Acusados de ladrões pelo capataz, a mando da senhora, passaram a exibir pesada corrente no pescoço ferido. Viveram então debaixo de humilhações incessantes; em poucos meses, minados pela tuberculose, desencarnaram e foram reunir-se à genitora revoltada, formando um trio perturbador que sustentava sinistros propósitos de desforço. Eram eles que se apresentavam ali, na condição de ovoides. (Obra citada, cap. VII, pp. 95 a 97.)
36. A solução do caso da ex-fazendeira obsidiada por três ferozes inimigos exigiria muito tempo?
Sim. Incapaz de expandir-se mentalmente no idealismo superior, que corrige desvarios íntimos e facilita a cooperação vibratória das almas que respiram em esferas mais elevadas, a ex-fazendeira já havia sofrido dez anos de mágoas constantes e indefiníveis. Com a morte do corpo denso, viu-se perseguida pelas vítimas de outro tempo e sua capacidade de iniciativa anulou-se em virtude das emissões vibratórias do próprio medo perturbador. Padeceu muitíssimo, apesar do auxílio dos benfeitores que sempre tentaram, sem êxito, conduzi-la à humildade e à renovação pelo amor, visto que o ódio permutado é uma fornalha ardente que mantém a cegueira e a sublevação. A revolta, o pavor do desconhecido e a absoluta ausência de perdão ligavam-nos uns aos outros, quais algemas de bronze. Como solucionar semelhante situação? Gúbio foi muito claro: "Gastaremos tempo. A perturbação vem de inesperado, instala-se à pressa; entretanto, retira-se muito devagar. Aguardemos a obra paciente dos dias". (Obra citada, cap. VII, pp. 97 e 98.)
37. A solução do problema passaria pelo processo reencarnatório?
Evidentemente. Joaquim, o ex-esposo da fazendeira, já fora ou seria reconduzido à reencarnação. A mulher em breve o seguiria, renascendo em círculos de vida torturada, enfrentando obstáculos imensos para reencontrar o antigo companheiro e partilhar-lhe as experiências futuras. Os três inimigos reencarnariam como filhos. Eles aguardariam junto dela o tempo de imersão nos fluidos terrestres. A ex-fazendeira teria, na Crosta, uma mocidade torturada por sonhos de maternidade e não repousaria, intimamente, enquanto não tivesse no próprio colo os três adversários convertidos em filhos de sua ternura sedenta de paz. (Obra citada, cap. VII, pp. 99 e 100.)
38. Quem são os Dragões e qual o seu papel em nosso mundo?
Citados por Gregório, os Dragões são Espíritos caídos no mal, desde eras primevas da criação do planeta, e que operam em zonas inferiores da vida. "Sem eles, que seria da conservação da Terra?”, indagou Gregório. “Como poderia operar o amor que salva, sem a justiça que corrige? Os Grandes Juízes são temidos e condenados; entretanto, suportam os resíduos humanos, convivem com as nojentas chagas do Planeta, lidam com os crimes do mundo, convertem-se em carcereiros dos perversos e dos vis." Na concepção de Gregório, os seguidores de Jesus podem ajudar e resgatar a muitos. No entanto, milhões de criaturas não pedem auxílio nem liberação e, como os tribunais da Terra são insuficientes para a identificação de todos os delitos que se processam entre as criaturas, eram eles os "olhos da sombra, para os quais os menores dramas ocultos não passam despercebidos". (Obra citada, cap. VIII, pp. 101 a 105.)
39. Quem era Margarida e que risco ela corria?
Margarida era uma jovem mulher que, debaixo de um processo obsessivo rigoroso, estava sendo constrangida ao retorno à pátria espiritual, a mando de Gregório, a quem ela fora ligada em anterior existência. O risco de morrer era iminente. (Obra citada, cap. VIII, pp. 107 e 108.)
40. Que tipo de ajuda concernente a Margarida foi solicitada a Gregório?
Gúbio pediu-lhe que adiasse a execução de seus propósitos de vingança, concedendo à jovem um intervalo benéfico que a poupasse da morte. (Obra citada, cap. VIII, pp. 109 e 110.)


Observação:
Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/08/libertacao-andre-luiz-parte-4-estamos.html





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