domingo, 2 de agosto de 2020



O Espiritismo e sua feição consoladora 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De Londrina-PR

Atribui-se à conhecida confreira Guiomar Albanese, que dirigiu por muitos anos o Centro Espírita Perseverança, da Capital paulista, o pensamento de que, de todas as aflições que acometem as pessoas que buscam a Casa espírita, o que mais perturba a criatura humana não é a dor em si, mas o desconhecimento dos motivos pelos quais se sofre.
Muitos que chegam ao Espiritismo são motivados a buscá-lo pela dor, pelo sofrimento, pelas aflições, que muitas vezes parecem insuportáveis até que se lhes conhece a gênese, a origem, um dado importante para que a resignação acompanhe os momentos difíceis.
Encontra-se aí, como bem sabemos, o caráter consolador do Espiritismo, que foi apresentado a Kardec, pelos Espíritos superiores que orientaram a codificação, como a confirmação da promessa feita por Jesus sobre o Consolador que o Pai enviaria em seu nome para dar continuidade à tarefa iniciada com o Evangelho.
É essa feição confortadora que encanta e prende as pessoas que tomam contato com a Doutrina Espírita.
Doutrinadas por adversários gratuitos do Espiritismo, quando entram numa Casa espírita verificam que nada do que ouviram antes de seus detratores corresponde à verdade. As palestras, os conselhos, as orientações são todas revestidas da proposta de que é preciso transformar-se e praticar o bem, certos de que no Evangelho encontraremos sempre o rumo para sermos efetivamente felizes.
Foi precisamente isso que se deu com Andréa Salgado, a professora carioca que, aos 33 anos de idade, teve as pernas decepadas alguns anos atrás, quando uma lancha colidiu com o banana boat em que ela passeava numa das praias do litoral fluminense.
Andréa, que surpreendeu a todos por sua força de vontade e o otimismo com que enfrentou a situação, viu o rumo de sua existência alterar-se por completo, mas nem por isso perdeu a serenidade e o entusiasmo diante da vida.
Em entrevista concedida posteriormente à revista VEJA, o repórter perguntou-lhe o que ela fazia para espantar a tristeza e Andréa respondeu: “Eu sempre gostei muito de viver. Sou alegre, espontânea e guerreira, sempre fui. O acidente me deixou com algumas limitações. Mas estou aprendendo a conviver com elas e aceitando bem. Gosto de ler, cuidar dos meus filhos, da minha casa. Isso me distrai. Tenho lido muitos livros kardecistas, livros com mensagens de otimismo. Sou católica, mas depois do acidente encontrei muitas respostas no Espiritismo". "Aprendi que nada acontece por acaso.”




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