quinta-feira, 20 de agosto de 2020



O Livro dos Médiuns

Allan Kardec

Parte 10

Continuamos o estudo metódico de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, segunda das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em 1861.
Este estudo é publicado sempre às quintas-feiras.
Eis as questões de hoje:

73. Há um diagnóstico que nos permite saber se alguém é médium?
Não; os sinais físicos pelos quais algumas pessoas julgaram ver indícios não têm nada de certo. A faculdade mediúnica se encontra nas crianças e nos velhos, nos homens e nas mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde e o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Não há senão um meio de verificar se a faculdade existe: é experimentar. (O Livro dos Médiuns, item 200.)
74. A mediunidade é uma missão?
Sim; é uma missão de que o indivíduo é encarregado e na qual é feliz. Afinal, o médium é o intérprete dos Espíritos junto aos homens. Ocorre, no entanto, que essa tarefa não é privilégio dos homens de bem e que a faculdade é dada a pessoas falíveis, que até abusam do recurso que lhes foi concedido. A razão disso é simples: a mediunidade é concedida a tais indivíduos porque estes dela necessitam para sua própria melhoria, a fim de que estejam à vontade para receber bons ensinamentos; se eles não os aproveitam, sofrerão as consequências. (Obra citada, item 220, parágrafos 12 e 14.)
75. Qual o objetivo da faculdade mediúnica?
A faculdade mediúnica não é dada a uma criatura para corrigir somente uma ou duas pessoas; seu objetivo é maior: trata-se da Humanidade. Um médium é um instrumento pouquíssimo importante como indivíduo; eis por que, quando os Espíritos ditam suas instruções que devam aproveitar à generalidade das pessoas, eles se servem de médiuns que possuem as facilidades necessárias. Chegará um tempo, neste planeta, em que os médiuns serão muito comuns, possibilitando que os bons Espíritos dispensem o serviço dos maus instrumentos. (Obra citada, item 226, parágrafo 5.)
76. A mediunidade pode ser desenvolvida também nas crianças?
  Há grave inconveniente em desenvolver a mediunidade nas crianças. Seus organismos delicados e ainda frágeis poderiam ser abalados e sua imaginação sobre-excitada. Por isso os pais prudentes as afastarão dessas ideias, ou pelo menos somente lhes falarão acerca delas sob o ponto de vista das consequências morais. (Obra citada, item 221, parágrafo 6.)
77. Os animais podem ser médiuns?
Não; os fatos mediúnicos não podem produzir-se sem o concurso consciente ou inconsciente dos médiuns, e não é senão entre os encarnados, Espíritos de natureza idêntica à dos seres invisíveis, que podemos encontrar os médiuns. (Obra citada, item 236.)
78. Quais as principais variedades no tocante às faculdades mediúnicas?
São inúmeras as variedades de médiuns e as principais são: médiuns de efeitos físicos; médiuns sensitivos ou impressionáveis; médiuns auditivos; médiuns falantes ou psicofônicos; videntes; sonâmbulos; médiuns curadores; pneumatógrafos; médiuns escreventes ou psicógrafos. (Obra citada, item 159.)
79. Como são os médiuns imperfeitos?
Os médiuns imperfeitos podem classificar-se em médiuns obsidiados, fascinados, subjugados, levianos, indiferentes, presunçosos, orgulhosos, susceptíveis, mercenários, ambiciosos, de má-fé, egoístas e invejosos. O orgulho e o egoísmo, as duas chagas da humanidade, podem fazer com que se percam as faculdades mais preciosas, através da vaidade, da inveja, do melindre, da especulação e de todas as imperfeições que eles podem gerar na criatura humana. (Obra citada, itens 195 e 196.)
80. Como são os bons médiuns?
Podem eles classificar-se em médiuns sérios, modestos, devotados e seguros. Os médiuns sérios não se servem de sua faculdade senão para o bem e para as coisas verdadeiramente úteis. Os médiuns modestos não se atribuem nenhum mérito pelas comunicações que recebem e não se julgam ao abrigo das mistificações; longe de fugir dos avisos acerca de sua faculdade, eles o solicitam. Os médiuns devotados compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir e deve, quando necessário, sacrificar seus gostos, seus hábitos, seus prazeres, seu tempo e mesmo seus interesses materiais, para o bem dos outros. Os médiuns seguros são os que, além de facilidade de execução, merecem maior confiança por seu caráter e pela natureza elevada dos Espíritos que os assistem, e são menos expostos a serem enganados. (Obra citada, item 197.)

Observação:
Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/08/o-livro-dos-mediuns-allan-kardec-parte_13.html



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