Grilhões Partidos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 9 e final
Concluímos hoje o estudo – sob a forma dialogada – do livro Grilhões Partidos, de Manoel Philomeno
de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1974.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Grilhões
Partidos”.
Eis as questões de hoje:
65. Qual era o estado de Ester quando se deu seu reencontro com os pais?
Cambaleante, exaurida e revelando na face o longo cativeiro
e o abandono que sofria, Ester parecia um escombro humano, alguém que saíra de
um campo de extermínio, não de um Hospital. Logo que os pais a abraçaram, Ester
foi acometida de uma vertigem, decorrente da debilidade e da emoção do encontro.
Logo depois, recobrou parcialmente a lucidez e foi levada à Casa de
Jacarepaguá, mas, sem recobrar totalmente a razão, balbuciava palavras
ininteligíveis, desconexas, entremeadas de soluços e suspiros entrecortados. (Grilhões Partidos, cap. 23, pp. 213 a
216.)
66. Como se
chamava a mãe do soldado Matias e como se deu seu primeiro encontro com o
Coronel Santamaria?
Ela, que contava então pouco mais de 50 anos, chamava-se
Abigail. O encontro foi amistoso e ela a tudo ouviu, paciente. Ao fim da
conversa, o Coronel e ela encerraram o encontro com uma prece em favor de
Matias e deles mesmos. (Obra citada, cap. 23, pp. 216 a 220.)
67. No dia em
que a mãe de Matias foi visitada pelo Coronel Santamaria, fazia quantos anos
que o ex-soldado morrera em combate?
Quase dezessete anos fazia que Matias tombara em combate na
Itália. (Obra citada, cap. 23, pp. 221 a 223.)
68. Que Espíritos
estiveram presentes à reunião realizada à noite no lar da genitora de Matias e
que resultado se obteve no encontro?
Sob a direção do Dr. Bezerra de Menezes reuniram-se ali,
naquela noite, os Espíritos de Josefa, Abigail, Coronel Santamaria e Ester,
todos em desprendimento durante o sono. Dentre os desencarnados, participaram
do encontro José Petitinga, Manoel Philomeno e Melquíades, além de muitos
amigos espirituais de Josefa e D. Abigail, interessados na tranquilidade de
ambas. (Obra citada, cap. 23, pp. 221 a 226.)
69. No dia
seguinte ao da reunião, como foi o despertar de D. Abigail e de sua filha?
D. Abigail despertara muito cedo e, embora não recordasse os
pormenores, tinha em mente o sonho agradável. Josefa despertou, após o sonho
ditoso, recordando-se com surpreendente nitidez da ocorrência espiritual. O
quarto exíguo, nauseante, sombrio e abafado, em contraste com o dia de sol
claro, que convidava à vida, amargurou-a mais do que noutras vezes. A jovem
tremia como varas verdes. Um terror dominou-a. Temia, com razão, o desforço dos
comparsas de ilusão. Sentiu-se então desvairar, a cabeça rodopiou e as
entidades desencarnadas que a vampirizavam tentaram agredi-la. Bezerra de
Menezes e Manoel Philomeno, que a tudo assistiam, aguardavam a decisão da
jovem, em respeito ao livre-arbítrio de que todos somos titulares. Josefa,
cercada dos malfeitores que escolhera por vontade própria, atônita, recordou-se
do sonho novamente e começou a orar, apoiando-se ao portal do quarto. A prece
ansiosa e confiante envolveu-a em vibrações diferentes. A moça apelava,
comovida, necessitada, e, como nenhum pedido aos Céus se demora sem resposta, o
Benfeitor Espiritual aproximou-se, expulsou os parasitas espirituais, concentrou-se
e falou-lhe enérgico: "Vem! Jesus está aguardando por ti. Vem! Agora, ou
só muito tarde..." Josefa não registrou o chamado nos seus ouvidos
carnais, mas na acústica da alma a voz vigorosa de Bezerra dava-lhe forças.
"Valei-me, Mãe Santíssima! – ela rogou, em lágrimas. Socorrei-me, Senhora!"
E, adquirindo novo alento, a jovem desceu a escada, passou pelo balcão da
entrada e saiu, em direção ao lar materno, para nunca mais regressar. (Obra
citada, cap. 24, pp. 227 a 230.)
70. Diante da
proposta feita pelo Coronel Santamaria de levá-la para o Rio, qual foi a
decisão de D. Abigail?
Com o apoio de Teófilo e de Josefa, que concordou plenamente
com a proposta, D. Abigail assentiu. Assim, em breve tempo, o Coronel, Abigail
e Josefa chegavam ao aeroporto do Rio de Janeiro, onde dona Margarida,
previamente avisada, os aguardava. (Obra citada, cap. 24, pp. 231 e 232.)
71. Que
ensinamento pertinente à importância do desejo nos processos de reabilitação
podemos extrair do caso Josefa?
"O desejo veemente é apenas o passo inicial da
reabilitação." Estas palavras de Manoel Philomeno de Miranda indicam que a
jornada espiritual, do vale à altura, é lenta e acidentada, até que a visão dos
cimos coroe de alegrias, luz e belezas a vastidão das sombras donde provém.
Exige, portanto, contributo especial dos interessados diretos. No caso de Josefa
e Abigail, como ambas estivessem lutando pela ascensão, isto lhes facultava
receber mais direta ajuda do Alto. (Obra citada, cap. 24, pp. 233 e 234.)
72. Que disse
Matias em sua comunicação na Casa Espírita, estando ali presentes a mãe e a
irmã?
O ex-pracinha, surpreendido pela evidência dos fatos e a
nobreza de propósitos do antigo desafeto, prorrompeu em súplica comovida. Em
seguida, disse: "Mamãe! Querida mãezinha!" Dirigido por Bezerra, o
filho falou à mãe saudosa, concitando a irmã enganada à vida nova. Recordou
cenas da infância, descuidos da juventude. Riu, chorou, vivendo o momento
precioso, concedido pela misericórdia do Pai Supremo que nos rege os destinos.
Abigail e Josefa ouviam-no comovidas e felizes. Matias prometia procurar, a partir
daquele momento, a rota da regeneração, na esperança de um dia encontrar a paz
e poder ser útil. E, dirigindo-se ao Coronel Santamaria, disse: "Jamais me
esquecerei, senhor, do que foi feito pelas minhas amadas familiares...
Perdoai-me pelo quanto vos fiz sofrer, à vossa esposa e filha! Que Ester também
me possa perdoar! Sou o filho pródigo, suplicando indulgência antes que perdão.
Mercê de Deus, irei tentar a própria elevação, a fim de reparar-vos os males
infligidos e as dores que vos impus..." Em seguida, finalizando sua
mensagem, rogou orações por ele e a bênção de sua mãe: "Abençoe-me, mamãe!
Coragem e fé, Josefa. A vida é o que dela fazemos. Teu irmão vive e não te
esquece. Até breve!" (Obra citada, cap. 24, pp. 234 a 238.)
Observação:
Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/01/grilhoes-partidos-manoel-philomeno-de_11.html
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