segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

 



Grilhões Partidos

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 8

 

Prosseguimos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Grilhões Partidos, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1974.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Grilhões Partidos”.

Eis as questões de hoje:


57. Que é que Philomeno quis dizer ao afirmar que “o homem é sempre o que pensa”? 

O homem é sempre o que pensa, porque da fonte mental fluem os rios das realizações. As matrizes mentais demoradamente fixadas por viciações ou desequilíbrios não podem, de inopino, ser removidas ou alteradas. Da mesma forma ocorre com as aspirações superiores que fomentam a dispersão das forças densas e grosseiras que decorrem do mergulho no magnetismo da Terra, ensejando a sintonia com mais nobres ondas de emissão espiritual, sutilizando o perispírito e liberando-o dos condicionamentos mais fortes do corpo físico que vitaliza e ao qual se vincula. (Grilhões Partidos, cap. 20, pp. 183 a 186.)

58. Quem foram, no passado, Ester e Matias e que fatos os vincularam naquela oportunidade?

Ester chamava-se, no século XVIII, D. Eduardina Rosa de Montalvão do Alcantilado, uma matrona portuguesa que se apaixonara por um jovem, o mesmo Matias de agora, que se chamava então Casimiro. Como este a abandonou para ficar com outra mulher bem mais jovem, Eduardina decidiu vingar-se e contratou sua morte, em que teve a colaboração de um sacerdote católico, Monsenhor Severo Augusto dos Mártires. (Obra citada, cap. 20, pp. 186 a 192.)

59. Qual é, segundo Kardec, a causa da maioria dos casos de obsessão?

Kardec ensina-nos em seu livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", cap. X, item 6, que o Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses ou nas suas mais caras afeições. Nisso reside a causa da maioria dos casos de obsessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior e à qual aquele que a sofre deu lugar pelo seu proceder. (Obra citada, cap. 21, pp. 193 e 194.)

60. Quem foi no passado o Coronel Santamaria e que participação teve nos fatos que deram origem à obsessão de Ester? 

O Coronel Santamaria foi, na época dos fatos mencionados, Monsenhor Severo Augusto dos Mártires, que nutria por D. Eduardina uma mórbida paixão. Ciente disso, ela obteve dele a participação na morte de dom Casimiro e no encarceramento num Convento da jovem Maria do Socorro, pivô da separação havida entre Eduardina e Casimiro. O tribunal do Santo Ofício foi manipulado pelo sacerdote para a prisão e posterior execução do rapaz. (Obra citada, cap. 21, pp. 194 a 198.)

61. A ideia espírita de que a existência terrena nada mais é do que um elo na sucessão de nossas existências é confirmada neste caso em que Matias, Ester e Constâncio se comprometeram?

Sim. Por causa disso, as leis da vida reúnem os implicados nas tramas dos destinos, para que refaçam a vida, dispondo de todos os recursos, inclusive das vinculações familiares, de modo que as dependências daí derivadas criem os vínculos para o reajustamento e o perdão, na pauta da ascensão vitoriosa para Deus. "Numa análise mais profunda – explicou dr. Bezerra de Menezes – constataríamos que o mesmo grupo procede de outros tipos de experiências, que engendraram os reencontros nos quais fracassaram há pouco, infelizmente." (Obra citada, cap. 21, pp. 198 a 202.)

62. De que, segundo o Dr. Bezerra de Menezes, dependeriam a saúde e a recuperação de Ester?

A saúde de Ester e sua recuperação dependeriam da diretriz que ela viesse a imprimir à sua vida. A mediunidade de que ela era portadora poderia ajudá-la a converter-se em ponte de misericórdia para resgatar os sofredores do desalento. O que dividimos com o próximo não diminui nossos recursos, antes os multiplica. Aquela era, portanto, uma batalha na qual não havia vencidos: todos sairiam triunfantes se lutassem com as armas da caridade e do bem. (Obra citada, cap. 21, pp. 202 a 204.)

63. Que ideia apresentou o Coronel Santamaria com relação à família de Matias?

A ideia do Coronel era ajudar os familiares de Matias monetariamente, com vistas a lhes propiciar melhores condições de vida e um futuro mais promissor. Foi-lhe dito então que ele não agiria sozinho, pois teria a cobertura do plano espiritual aos seus propósitos de auxílio à família do ex-soldado morto na Itália. (Obra citada, cap. 22, pp. 205 a 209.)

64. Que consequências podem resultar das impressões do ódio quando sufocadas, em vez de diluídas no amor? 

Segundo dr. Bezerra de Menezes, os assuntos perniciosos sepultados sem a elucidação que os anula ressurgem, quando menos se espera, em forma de ansiedade, frustração, receio ou insegurança. "As impressões do ódio, quando sufocadas, por falta de oportunidade de serem diluídas no amor, geram enfermidades que afetam o corpo e a mente", aditou o Benfeitor. (Obra citada, cap. 22, pp. 209 a 211.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/01/grilhoes-partidos-manoel-philomeno-de.html

 

 

 

 

 

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