História de Jacaré
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Salve,
leitores!
Estive
lendo uma informação na internet que fez minha mulher rir muito. Na
Praia da Macumba, uma das cinco praias do Recreio dos Bandeirantes, no meu
saudoso Rio de Janeiro, um senhor utilizou seu bichinho de estimação, que não é
um cachorro, nem gato, mas um filhote de jacaré, como arma para se defender de
briga com o salva-vidas local, que não lhe permitiu passear com o animal ali.
Leiam
agora o caso do jacaré em versos:
Jacaré
na praia
Recreio
dos Bandeirantes
É
bairro de belas praias:
Pontal, Secreto, Recreio
São
três praias elegantes...
Mas
lá existem também
A
Prainha e a Macumba,
Que,
para ter proteção,
Faz
despachos para o Além.
Recreio
dos Bandeirantes
Onde
a Praia da Macumba
Nunca
mais será como antes
Após
tremenda quizumba.
Tudo
porque um cidadão,
Pela
falta de mulher,
Pra
matar a solidão
Adotou
um jacaré.
O
salva-vidas da praia
Foi
logo ver o que era
E
quase se afogou
Quando
viu o jacaré.
Por
isso, notificou
O
causador da infração,
Mesmo
sabendo que o bicho
Era
de estimação.
Foi
então que o jacaré,
Lendo
a lei da evolução,
Optou
por escrever
Que
também é nosso irmão.
Mas, pensando em Charles Darwin
E
nos direitos iguais...
Ouviu
de Russel Wallace:
—
Deixe os hominais em paz.
Desde
então, foi proibido
Amizade
a jacaré,
Que
ao rio foi devolvido,
Pois
ali não tem maré...
Agora,
lá na Macumba,
Após
despachos das sombras,
Jacaré
só se permite,
Se
for deslize nas ondas.
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