terça-feira, 19 de outubro de 2021

 



Para sermos nós mesmos

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

De fato, não se faz verão com uma só andorinha, pois com apenas uma não se pode criar a linda revoada, nem ela se proteger sozinha, nem viver a vida com mais sentido, no entanto muitas delas trazem a beleza ao céu e podem proteger-se, ajudar-se e crescer. E ainda a riqueza da individualidade só brilha quando há outros seres. E todos “necessitamos uns dos outros para sermos nós mesmos”, já afirmava Santo Agostinho.

Ninguém se desenvolve sozinho, quantos aprendizados se recebem de diferentes pessoas. Talvez alguém tente afirmar que seja possível desenvolver-se só, mas apenas o desenvolvimento limitado, pois as experiências junto de outras pessoas é que fazem o indivíduo progredir.

Já reconhecemos que também não é fácil a convivência com as pessoas, porém nenhum desenvolvimento se conquista diante da facilidade que não capacita. Mas, ainda mais, podemos reconhecer como é bom conviver com pessoas, doar e receber amor; cuidar e ser cuidado; surpreender e ser surpreendido, alegrar-se e levar alegria e abraçar e receber abraço de um jeito mais carinhoso, apertado, leve, demorado, entre soluços ou sorrisos.

Não há graça em lugares fantásticos se não houver companhia para desfrutá-los, também não há sentido se não houver alguém para compartilhar os felizes acontecimentos ou dividir os tristes momentos. Todos necessitamos de outras pessoas para viver. À medida que observamos os comportamentos alheios também compreendemos o que é bom ou não e como queremos ser.

O aluno precisa de um professor e de seus colegas; os pais, de seus filhos; os avós, de seus netos; os vizinhos, de outros vizinhos; os irmãos, de irmãos; os pacientes, de seus médicos; os seres terrenos, de outros terrenos e também do amparo espiritual. Quando se compartilha também se aprimora. E caso haja contestação, seguramente, o contestador é muito necessitado. Ao mesmo tempo, somos alunos e professores e carecemos dos outros para o progresso.

Os patinhos bebês só começarão a conhecer a sua capacidade quando, incentivados por sua mamãe, pularem na água pela primeira vez.

 

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