segunda-feira, 8 de novembro de 2021

 



Temas da Vida e da Morte

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 9 e final

 

Concluímos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco. 

Na próxima segunda-feira iniciaremos neste espaço o estudo do livro Loucura e Obsessão, do mesmo autor e mesmo médium.

Eis as questões de hoje:

 

65. O pensamento do Espírito, na comunicação mediúnica, sofre influência do medianeiro encarnado?

Quanto à forma, sim. O médium coa o pensamento do Espírito e veste-o com os seus recursos, num automatismo que o exercício lhe faculta, decorrente do conhecimento de sua função, da disciplina mental e, enfim, de diversos requisitos indispensáveis a um bom desempenho da tarefa. Para entender isso, vejamos o que ocorre quando solicitamos a pessoas diversas que transmitam um recado a um destinatário exigente. Chamados vários indivíduos, de diferente formação cultural, moral e educativa, participe-se a eles a informação, pedindo que cada um, a seu turno, transmita a mensagem oral que ora se lhes entrega. Sem dúvida, cada um dará conta da incumbência, não conforme aconteceu, mas consoante sua capacidade retentiva, sua emoção e lucidez, com variantes tais que produzirão confusão naquele a quem foi endereçada. Temos aí pálida ideia do que ocorre no intercâmbio mediúnico. (Temas da Vida e da Morte - Identificação dos Espíritos, pp. 149 a 151.)

66. Nas comunicações de Espíritos que utilizavam na Terra idiomas diferentes da língua usada pelo médium, em que idioma a comunicação é dada?

Esses Espíritos podem expressar-se tanto na língua-mãe, utilizada por eles, qual ocorre na xenoglossia, quanto no idioma do médium, sendo mais fácil esta última opção, em se considerando que a linguagem dos desencarnados é a do pensamento, que o médium capta e à qual dá forma, no inconsciente, através das expressões nacionais, de acordo com a linguagem que lhe é comum. Contudo, nas ocorrências da xenoglossia, as comunicações somente se dão exatas quando há matrizes no inconsciente profundo do médium, que terá vivido naquelas regiões onde se falavam aqueles idiomas, em existências anteriores. (Obra citada - Identificação dos Espíritos, pp. 149 a 151.)

67. As causas das obsessões se encontram nas existências passadas? 

Geralmente, sim. Suas gêneses procedem normalmente de reencarnações anteriores e traduzem-se por ódios furibundos, amores apaixonados, cobiças exacerbadas, desforços bem programados, numa esteira de incidentes que se sucedem sob chuvas de fé e azorragues de loucura. Em todos os casos, porém, o encarnado oferece os condicionamentos que propiciam o nefando intercâmbio que, muitas vezes, não se interrompe com a morte física. Já que a divina justiça se encontra insculpida na consciência da criatura, o delinquente ou réprobo proporciona os recursos predisponentes ou preponderantes para o conúbio devastador. (Obra citada - Fenômenos obsessivos, pp. 153 e 154.)

68. Pode a obsessão dar origem à chamada osmose parasitária?

Pode, quando não se dá ao processo obsessivo a atenção que ele requer. As aquisições negativas a que se dedicaram, a identidade de interesses mesquinhos e as viciações a que se entregaram facultam ligações de igualdade fluídica, entrelaçando os litigantes – obsidiado e obsessor – no mesmo halo de comunhão, ampliando-se a interdependência na razão direta em que o hospedeiro se entrega ao albergado psíquico. É essa interdependência que pode redundar na osmose parasitária aniquiladora. (Obra citada - Fenômenos obsessivos, pp. 153 e 154.)

69. O Espírito culpado é geralmente colocado no grupo familiar com o qual se encontra enredado?

Sim. E esse fato se dá com o objetivo de ressarcimento de dívidas, para o equilíbrio evolutivo. Daí advêm as pressões sociais e familiares que podem agravar o processo obsessivo instalado. Em face disso, enquanto o homem não for estudado na sua realidade profunda – ser espiritual que é, preexistente ao corpo e a ele sobrevivente –, muito difíceis serão os êxitos da ciência médica, na área da saúde mental. As doenças psíquicas, entre as quais se destacam, pela alta incidência, as obsessões, continuarão ainda a perseguir o homem. (Obra citada - Fenômenos obsessivos, pp. 154 e 155.)

70. É verdade que os Espíritos desencarnados partilham dos sucessos e acontecimentos humanos negativos?

Sim. Não podemos atribuir aos Espíritos turbados ou maus as causas das ocorrências desditosas na Terra, isentando os homens da responsabilidade que lhes cabe. Mas é preciso reconhecer que os desencarnados partilham, mais do que se pensa, dos sucessos e acontecimentos humanos negativos, por assimilação e vinculação, nos quais se comprazem os encarnados, que lhes oferecem os meios e a sintonia para que ocorram esses fatos reprováveis. (Obra citada - Fenômenos obsessivos, pp. 155 e 156.)

71. É correto dizer, como alguns pensam, que a vida espiritual é semelhante à vida física ou mesmo cópia dela?

Não. Ocorre exatamente o contrário, a vida terrena é que é um símile imperfeito da vida espiritual, que é causal, preexistente e sobrevivente. Liberada do corpo material, a alma não se transfere para regiões excelsas de imediato. Há toda uma escala de valores a conquistar. Os Espíritos vivem fora do corpo em conglomerados próprios, em sociedade mais harmônica ou mais atormentada, de acordo com o grau da evolução que os reúne por automatismo da afinidade vibratória, que decorre da identidade moral que os retém em campos de igual densidade de onda. (Obra citada - Moradas, pp. 157 e 158.)

72. Sabe-se que nas faixas mais próximas da Terra a vida é bem semelhante à que conhecemos em nosso meio. Por quê?

O fato tem por finalidade facilitar a adaptação dos recém-chegados e propiciar mais fácil intercâmbio com aqueles que estão instalados na matéria densa. Conforme sucede no mundo objetivo, há uma escala de progresso cultural e moral cujos valores partem das manifestações mais primárias até os índices mais elevados. Consequentemente, há núcleos que refletem as condições sociomorais, socioeconômicas e socioculturais dos seus habitantes, desde choças e furnas até habitações saudáveis, belas e confortáveis. As moradas do Além igualmente variam em densidade vibratória correspondente àqueles que as vêm habitar, felizes e liberados, ou, então, onde se demoram a dor, as misérias morais e as condições de insalubridade, todas elas em caráter sempre transitório. (Obra citada - Moradas, pp. 158 e 159.)     

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post.html

 

 

  

 

 

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