sábado, 20 de novembro de 2021

 



Os últimos serão os primeiros...

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília-DF

             

Bom dia, leitores!

Há poucos dias, eu disse a um jovem que é, principalmente, quando ultrapassamos a casa dos 50 janeiros que a ficha cai para nós, em relação ao que vimos fazendo ao longo dos anos. Refletindo nisso, adentro novo devaneio da terceira entrevista com o nosso inesquecível Allan Kardec.

Vejo-me, agora, no Jardim de Luxemburgo, em Paris, recostado numa das cadeiras, em frente ao palácio, e contemplo as belas flores primaveris. Estamos no período vespertino, e a tarde está um pouco nublada. Repentinamente, vejo um vulto se aproximando. É ele, penso com emoção, e não me engano.

Kardec aproxima-se de mim, estendo-lhe a mão que ele aperta e cumprimenta-me cordialmente.

— Como vai, Jó, pensativo?

— Penso no rumo que o mundo vem tomando nos últimos dias. A pandemia, não somente do vírus material, como também do vírus moral, leva à ânsia em lesar os que atravancam nossos caminhos... Tudo isso me deixa triste. Outro dia, porém, Allan, assisti a uma live de premiação aos vencedores de concurso de contos, crônicas e poemas que me deu a certeza de que ainda há muita gente honesta no mundo. Não vou citar aqui a cidade em que ocorreu o evento, pois não desejo ser injusto com outras instituições éticas como a Prefeitura de Tatuí, cidade bucólica de São Paulo, que anualmente, em seu Museu Paulo Setúbal, institui um prêmio cultural.

— Não se preocupe com os ignorantes, antes que maus, Jó. Como disse Jesus, pelo seu porta voz, o Espírito de Verdade: "Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da humanidade."

— E quem merecerá viver nesse mundo transformado?

— Jó: "Felizes os que houverem trabalhado no campo do Senhor com desinteresse e sem outro motivo, senão a caridade. Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado", já afirmara o Espírito de Verdade em 1862.

— Isso é possível, num mundo tão competitivo, como o atual, mestre?

— Amigo Jó, Jesus nos esclarece ser preciso que nos vejamos e tratemos como irmãos, trabalhando juntos, unindo esforços na prática do bem.

— E o que nos dirá o Senhor, quando acabarmos essa sublime obra em prol de um mundo justo e feliz?

— Sem dúvida, repetirá as palavras do Espírito de Verdade, que você poderá reler no capítulo 20, item 5 d'O Evangelho Segundo o Espiritismo.

— Que palavras são essas, amigo Kardec?

— "Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!"

— Assim será feita a tal separação entre os bodes e as ovelhas a que Jesus se refere em Mateus, 25:31 a 46?

— Exatamente. Ainda repetindo as palavras do Espírito de Verdade: "Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores corajosos, pois é aos que não recuaram diante de suas tarefas que Ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: 'Os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros no Reino dos Céus."

— Quantos belos ensinamentos, querido Kardec. Preciso relê-los, meditar neles e praticá-los com mais frequência... Ei, Kardec! Kardec! Cadê você?

Olho para o alto de olhos lacrimosos, pois vejo, numa nuvem, o sublime Codificador do Espiritismo cristão despedir-se de mim, com o abano de uma das mãos. Acordo e passo a refletir...

 

Lembrete: história fictícia baseada no cap. 20, it. 5 d'O Evangelho Segundo o Espiritismo.

 

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