quarta-feira, 24 de novembro de 2021

 


E a Vida Continua...

 

André Luiz

 

Parte 1

 

Iniciamos hoje o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

1. Depois de dizer que, no Além, a vida de cada pessoa se especifica conforme a condição mental em que se coloque, Emmanuel fez séria advertência. Que disse ele?

Disse Emmanuel que quanto maior a cultura de um Espírito encarnado, mais dolorosos se lhe mostrarão os resultados da perda de tempo; quanto mais rebelde a criatura perante a Verdade, mais aflitivas se lhe revelarão as consequências da própria teimosia. Emmanuel lembrou também que nenhuma construção digna se efetua sem a cooperação do serviço e do tempo. A precipitação e a violência não constam dos Planos Divinos. “Encontramos, na vida post mortem, o retrato espiritual de nós mesmos com as situações que forjamos, a premiar-nos pelo bem que produzam ou a exigir-nos corrigenda pelo mal que estabeleçam.” (E a Vida Continua, Prefácio de Emmanuel, pp. 7 e 8.)

2. Ainda bem jovem, Evelina Serpa teve de submeter-se a um aborto. Por que isso ocorreu?

Evelina Serpa casou-se aos vinte anos. Dois anos após o enlace veio a gravidez e, com ela, séria doença. Foi essa enfermidade que a obrigou a realizar, por recomendação de ginecologistas, o aborto terapêutico. Desde então, a vida se lhe transformou em vereda de lágrimas, fato que se ampliou com o comportamento do esposo, Caio, que perdera por ela o interesse afetivo e passara a interessar-se por uma jovem desimpedida. (Obra citada, cap. 1, pp. 11 a 13.)

3. Na estância de repouso em que se preparava para uma cirurgia, Evelina conheceu Ernesto Fantini. É verdade que ambos lidavam com a mesma doença?

Sim. Ernesto Fantini disse-lhe que tinha um tumor na suprarrenal e descreveu os sintomas do mal que sentia. Evelina disse-lhe que conhecia bem tudo isso, porque, em verdade, eles sofriam da mesma enfermidade. (Obra citada, cap. 1, pp. 13 a 15.)

4. Que sentimento Evelina e Ernesto nutriam acerca da morte?

Ernesto disse não temê-la tanto. Evelina admitiu que não a desejava, e confessou, ante a enfermidade, estar vivendo mais cuidadosa e harmonizada com os deveres religiosos. (Obra citada, cap. 2, pp. 20 a 22.)

5. Um fato perturbava a jovem Evelina. Que fato era esse?

Quando solteira, uma tragédia a acometeu: um homem, um rapaz digno, que fora seu namorado, aniquilou-se por sua causa, seis meses antes do seu casamento. Precedendo o ato que lhe impôs a morte, tentou o suicídio ao ver-se posto à margem. Ela buscou reaproximar-se, ao menos para consolá-lo, e, quando seu sentimento balançava entre o pobre moço e o homem que desposou, eis que o rapaz se suicidou com um tiro no coração. Desde aí, qualquer felicidade era para ela uma luz misturada de sombra. (Obra citada, cap. 3, pp. 23 e 24.)

6. É certo afirmar que as ideias e as palavras são filhas das circunstâncias?

Quem disse tais palavras foi Ernesto Fantini. Ele quis com isso explicar que sua preocupação com a morte e a continuidade da vida era consequência da precariedade do seu estado orgânico. Disse ele a Evelina: “Imagine se nos víssemos hoje em plenitude da força física, robustos e bem apessoados, num encontro social, num baile por exemplo... Qualquer conceito, em torno dos assuntos que nos aproximam agora um do outro, seria imediatamente banido de nossas cogitações". (Obra citada, cap. 3, pp. 25 e 26.)

7. Se morresse, para onde Evelina iria?

Essa pergunta ela mesma se fez, já no hospital, à véspera da cirurgia. Quando menina, Evelina acreditava de boa fé na existência do céu e do inferno. Agora, porém, com a ciência explorando as vastidões cósmicas, era bastante inteligente para perceber o tato com que seu confessor lhe falara das indispensáveis renovações que se impunham à esfera religiosa. (Obra citada, cap. 3 e 4, pp. 26 a 29.)

8. Evelina receava morrer?

Sim. Ela não desejava morrer tão cedo. Queria a saúde, a euforia orgânica. Ansiava restaurar-se, viver. Embora as dificuldades conjugais, possuía motivos para contar com feliz reajuste. O que lhe faltava era, tão somente, o reequilíbrio físico. Recuperando-se, diligenciaria remover a mulher que ameaçava sua felicidade. Além disso, reconhecia-se útil e poderia ajudar as criaturas menos felizes, diminuindo a penúria onde a penúria existisse. A lembrança dos necessitados sensibilizou-a... E, assim pensando, decidiu recusar todo pensamento acerca da morte, concentrando-se com todo o vigor no propósito de retomar-se organicamente. (Obra citada, cap. 4, pp. 29 e 30.)

 

 

 


 

 

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