quarta-feira, 10 de novembro de 2021

 


Sexo e Destino

 

André Luiz

 

Parte 12

 

Damos sequência ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira. Esta é a décima obra do mesmo autor, integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

89. Marina e Gilberto acabaram casando-se?

Sim. O casamento dos jovens ocorreu no último dia do ano que se seguiu à desencarnação de Marita. A ventura do novo casal chegou até aos companheiros do "Almas Irmãs", onde pequena equipe de amigos se reuniu em prece pela segurança dos nubentes. Beatriz, mãe de Gilberto, participou do encontro, mas Marita não se fez presente. Félix explicou, então, que ela, prestes a regressar para as lides terrenas, demandava cautelas especiais. (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulo XI, pp. 304 e 305.)

90. Cláudio contou a Gilberto o encontro que teve durante o sono corpóreo com o Espírito de Marita?

Não. Embora Cláudio, ao voltar ao estado de vigília, guardasse na memória todos os detalhes da ocorrência, ele nada disse a Gilberto, em atendimento a um pedido feito por André Luiz, visto que a verdade da vida não deve brilhar para a maioria dos homens, senão por intermédio de sonhos vagos, para não lhes confundir o raciocínio. Cláudio guardava, no entanto, em seu íntimo a certeza de que Marita logo retornaria ao mundo, reencarnada, e isso lhe iluminava o pensamento e aquecia-lhe o coração. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XI, pp. 308 e 309.)

91. Por que a falência dos negócios de Nemésio Torres tornou-se iminente?

Dois foram os motivos principais: o afastamento de Gilberto, expulso da empresa pelo próprio pai, e a longa viagem que Nemésio fez à Europa. Quando voltou do exterior, o empresário vira-se defrontado por notícias desagradáveis. Os subordinados de Nemésio não se mostraram à altura da autoridade dele recebida e amigos da firma haviam retirado, à pressa, capitais importantes, desistindo dos depósitos com que lhe garantiam a segurança. Em crise, a imobiliária onerara-se com dois vultosos empréstimos, para cujo resgate entregara Nemésio dois terços dos próprios bens. A falência, portanto, parecia próxima, o que de fato acabou acontecendo. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 312 e 313.)

92. A situação dos negócios abalou Nemésio?

Sim. As cartas que ele enviava regularmente fazendo ameaças a Marina demonstraram claramente que ele se afundava cada vez num estado de desespero e de perturbação mental que, em pouco tempo, chegaria à demência. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 316 e 317.)

93. Quem dirigia o automóvel que atropelou Cláudio e o levou à morte?

O condutor do veículo era Nemésio. O automóvel, atravessando o sinal, precipitou-se a toda velocidade sobre Cláudio e Marina, em tremenda impulsão. Cláudio, rápido, dispôs simplesmente de um segundo para arredar a filha e foi arremessado a distância, depois de sofrer o impacto da máquina à altura do tronco. Nemésio, com a fisionomia de um louco, passara, desnorteando guardas e populares que, debalde, se dispunham a segui-lo. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 318 e 319.)

94. Qual o nome da entidade espiritual que nesse momento difícil, a caminho do hospital, aconchegava Cláudio ao seu colo?

A entidade, que naqueles instantes se desfazia em pranto copioso, chamava-se Percília. Dizendo ser mãe de Cláudio, a nobre entidade informava não chorar de dor por ver-lhe o corpo caído, mas de alegria por abraçar-lhe o Espírito levantado: "Choro, irmãos, ao reconhecer que eu, mulher prostituída no mundo, hoje em serviço de minha regeneração depois de provas árduas, posso aproximar-me do filho que Deus me confiou, a fim de pedir-lhe perdão pelos maus exemplos que lhe dei..." (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 321 a 323.)

95. Antes de expirar, Cláudio fez um pedido a Marina. Que pedido foi esse?

Dirigindo-se a Marina e Gilberto, ele pediu que dessem o nome de Marita à filha que estava prestes a nascer. Eis suas palavras: "Um espírita não aposta... Mas... se eu tiver vantagem... na teima... peço uma coisa. Peço... para que a menina... tenha o nome de Marita... prometam..." Nesse momento, a palidez e o cansaço se agravaram. Cláudio pôde apenas solicitar a Salomão uma prece, um passe. O amigo orou, trêmulo, e administrou-lhe o benefício. Logo depois, Cláudio recordou o adeus de Marita e teve a impressão de que alguém lhe tocava os dedos. Era Percília, que o acariciava. Alongou, então, a destra na direção de Marina, fixando nela o derradeiro olhar. Guiada por Félix, Marina estendeu-lhe a mão, que o moribundo apertou, fortemente, entrando em coma, que perdurou ainda por quatro horas. De manhã, assistido pelos filhos e por Salomão, Cláudio foi finalmente afastado por Félix do corpo fatigado e envolvido pelos braços de Percília, iniciando-se a caminhada de retorno à pátria espiritual. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 324 e 325.)

96. Que ocorrência levou Nemésio a tornar-se hemiplégico?

Foi Amaro, o fiel amigo espiritual que velara por dona Beatriz, quem resumiu para André, em breves palavras, a tragédia em que se envolvera Nemésio. Cedendo à paixão que lhe empolgava os sentidos e excitado pelos obsessores, Nemésio decidira exterminar Marina e suicidar-se em seguida. Ao praticar o crime, verificou, porém, que atropelara Cláudio e não a filha, entrando em desespero, e esse desespero lhe cresceu tanto no espírito que o corpo doente não resistiu. Sobreveio o derrame. Avisado por amigos, Amaro o encontrou, semiparalítico e sem fala, no automóvel, longe do local em que se desenrolara o delito. Ele parecia prestes a desencarnar, mas Félix aparecera de improviso e requisitara o apoio de todos os órgãos espirituais de assistência, situados nas imediações, acumulando fatores de intervenção em favor dele. Félix orou, suplicando aos Poderes Divinos não lhe permitissem a saída do plano físico sem aproveitar o benefício da enfermidade. Félix advogara para ele as vantagens da dor, que reputava santas, e o processo desencarnatório foi imediatamente sustado. Desde então, o velho Torres era aquilo que André via: um farrapo de gente, largado à cama. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XIII, pp. 330 a 332.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 11 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_03.html

 

 


 

 

 

 

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