Os mortos nos falam
Padre François Brune
Parte 4
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Os mortos nos falam, de autoria do padre François Brune. O estudo baseia-se na primeira edição em português desta obra, publicada pela Edicel em 1991.
Embora este livro não seja,
propriamente falando, um clássico espírita, trata-se de uma ótima contribuição
de publicação recente que confirma a realidade das manifestações dos chamados
mortos.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Questões preliminares
A. O corpo espiritual tem uma consistência correspondente à
do mundo onde o Espírito irá viver?
B. Há semelhança entre o corpo espiritual e o corpo carnal?
C. O corpo espiritual também progride?
Texto para
leitura
40. A alma era concebida como
absolutamente imaterial, segundo a filosofia grega. A teologia ensinava a
possibilidade de essa alma imortal não somente continuar a existir, mas purificar-se
ou fruir a contemplação de Deus, considerada como a recompensa eterna dos
justos, sem o seu corpo. (P. 70)
41. O indivíduo ressuscitaria, mesmo
assim, no último dia, no fim do mundo. O problema era, pois, o seguinte: se as
almas já estavam plenamente felizes sem o corpo, para que ressuscitar? (P. 70)
42. A verdade, porém, é que o corpo
ressuscitado, o corpo de glória, é o corpo espiritual. Nossas velhas roupas
poderão decompor-se tranquilamente, em paz, nos cemitérios, porque não
desceremos jamais com elas ao túmulo. (P. 71)
43. Quando se fala de “corpo
espiritual”, segundo a expressão de São Paulo, e se explica que esse corpo tem
uma consistência correspondente àquela do mundo onde irá viver, muitos entram
totalmente em pânico. (P. 71)
44. O corpo espiritual assemelha-se ao
carnal: no meio espiritual, as crianças continuam a crescer até chegarem à
idade adulta e os anciãos rejuvenescem. A maioria dos mensageiros do Além
dá-nos como referencial, na vida espiritual, a idade média de trinta anos. (P.
72)
45. Padre Brune disserta então sobre
as percepções do corpo espiritual e cita comunicações em que os mortos a si
mesmos se referem como tendo uma aparência humana. (PP. 72 a 79)
46. Cabe a nós, diz Brune, já nesta
vida terrestre, através de nossa vida espiritual, fazer com que esse corpo
glorioso, esta cópia, evolua em direção a um esplendor maior. Roland de
Jouvenel, um dos grandes místicos do Além, já o repetia sem cessar à sua mãe.
(P. 79)
47. Roland falou à sua mãe a respeito
do corpo espiritual, que ele chamava de cópia de nós mesmos, afirmando que esse
corpo irradia permanentemente em torno de si. É o que chamamos de “aura”,
afirmou-lhe o rapaz. (PP. 80 e 81)
48. Comentando o assunto, padre Brune
diz que a tradição cristã reporta-se à luz branca, com reflexos ligeiramente
dourados, que seria irradiada por entidades de grande evolução espiritual. Essa
luz, diz ele, é mencionada em quase todas as narrativas da vida dos santos e é
também referida no Antigo e no Novo Testamento. Neste, sua mais alta
manifestação continua sendo a que aparece na descrição da transfiguração do
Cristo no Monte Tabor. (PP. 81 e 82)
49. Brune lembra a propósito desse
fenômeno que os apóstolos, além de verem Jesus transfigurado, viram Moisés e
Elias, revestidos de seu corpo de glória, em longa conversa com o Cristo. (P.
82)
50. Quando Santa Teresa de Ávila, ou
Santa Bernadete, em Londres, veem essa mesma luz, notando que ela é mais
fulgurante do que o Sol, e todavia não fere os olhos, parece que se dá o mesmo
fenômeno, percebido pelos olhos da cópia, do corpo espiritual, através de seus
corpos de carne. (P. 82)
51. Padre Brune explica com os poderes
do corpo espiritual o fenômeno da levitação e, citando vários fatos, defende a
tese de que o corpo espiritual progride com o tempo, como afirmam Roland de Jouvenel
e Pierre Monnier. (PP. 83 a 89)
52. Rosemary Brown, a conhecida médium
inglesa, é focalizada também pelo autor, que mostra como se deu o primeiro
contato dela com Franz Liszt. Rosemary tinha na época apenas sete anos de
idade. (P. 89)
Respostas às
questões preliminares
A. O corpo espiritual tem uma consistência correspondente à
do mundo onde o Espírito irá viver?
Sim. Aliás, o corpo espiritual é o
corpo ressuscitado, é o chamado corpo de glória. Nossas velhas roupas podem,
pois, decompor-se tranquilamente, em paz, nos cemitérios, porque não desceremos
jamais com elas ao túmulo. O corpo espiritual acompanha o ser na vida de
além-túmulo. (Os mortos nos falam,
pág. 71.)
B. Há semelhança entre o corpo espiritual e o corpo carnal?
Sim. O corpo espiritual assemelha-se
ao carnal. No meio espiritual – afirma padre Brune – as crianças continuam a
crescer até chegarem à idade adulta e os anciãos rejuvenescem. A propósito
disso, a maioria dos mensageiros do Além dá-nos como referencial, na vida
espiritual, a idade média de trinta anos. (Obra citada, pp. 72 a 81.)
C. O corpo espiritual também progride?
Sim. Padre Brune, citando vários
fatos, defende a tese de que o corpo espiritual progride com o tempo, como
afirmam Roland de Jouvenel e Pierre Monnier. Diversos autores que escreveram
por meio de Chico Xavier dizem o mesmo. (Obra citada, pp. 83 a 89.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_19.html
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