quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

 


E a Vida Continua...

 

André Luiz

 

Parte 2

 

Prosseguimos o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

9. O prognóstico médico inspirava alguma esperança para Evelina?

Não, nenhuma. O cardiologista, aliás, quase desaconselhara o tentame e só não insistiu quanto a isso porque Evelina avançava a passos largos para a morte. No dia seguinte à cirurgia, Caio, seu esposo, foi convidado a entendimento com o cirurgião e, pálido, colheu a sentença. Evelina, segundo os recursos da ciência humana, dispunha tão somente de alguns dias mais. "Ela parece – afirmou o doutor – uma rosa totalmente carcomida por agentes malignos." (E a Vida Continua..., cap. 4, pp. 30 a 32.)

10. Evelina, já no plano espiritual, compreendeu que havia desencarnado?

Não. Ela achava que havia sido novamente hospitalizada, mas, sem entender o porquê, perguntou a uma enfermeira, de nome Irmã Isa, o que lhe havia sucedido. A enfermeira, evitando tocar no tema desencarnação, respondeu: "A senhora passou por longa cirurgia, precisa descansar, refazer-se..." Nada havia de surpreendente, para Evelina, naquelas palavras, pois sabia-se operada e lembrava que estivera em casa e que até fizera um passeio com o marido pelas estradas do Morumbi. Não entendia, porém, por que fora novamente hospitalizada. (Obra citada, cap. 5, pp. 37 e 38.) 

11. É verdade que o médico advertiu Evelina quanto ao cuidado com recordações negativas?

Sim. Ele fez essa advertência porque, conforme explicou a ela, em se ligando a quaisquer agentes suscetíveis de induzi-la a recordações muito ativas da moléstia que sofreu, era provável que todos os sintomas reaparecessem. Esse era um dos motivos pelos quais não seria conveniente, por enquanto, contato com seus familiares. Evelina esqueceu-se do aviso e, em dado momento, começou a pensar nos familiares e nas angústias sofridas nos últimos tempos, por causa da doença. Foi o bastante para que a mentalização na família e nas dores fizesse com que, decorridos alguns minutos, a crise se revelasse, impondo-lhe as mes­mas sensações sentidas no corpo físico. Desencadeados os sintomas, Evelina quis reagir, mas era tarde. O sofrimento ganhou-lhe as forças e ela passou a contorcer-se no suplício de que pensara haver-se distanciado. (Obra citada, cap. 5, pp. 39 e 40.)

12. Evelina e Ernesto Fantini (que também havia desencarnado) estavam no mesmo hospital?

Sim. Foi por isso que, descendo ao jardim que circundava o hospital, ela viu, no meio das pessoas que ali convalesciam de enfermidades, seu amigo Ernesto Fantini, que a fitava, evidentemente assombrado. O coração de Evelina bateu agitado e ela estendeu, na direção dele, os dois braços, dando-lhe a certeza de que o aguardava de alma aberta. Fantini ergueu-se da poltrona em que estava e avançou para ela, a passos rápidos. – "Evelina!... Dona Evelina!... Estarei realmente vendo a senhora?" – "Eu mesma!", respondeu-lhe a moça, chorando de alegria. O recém-chegado não foi estranho à emotividade daquele minuto inesquecível. Lágrimas lhe rolaram no rosto simpático e sisudo, lágrimas que ele buscava enxugar, embaraçado, procurando sorrir. (Obra citada, cap. 5, pp. 41 e 42.)

13. A mesma perplexidade que Evelina sentia manifestava-se também em Ernesto Fantini?

Sim. Tudo quanto Evelina lhe contou havia acontecido também com Fantini, inclusive o fenômeno de retrospecção, com lembrança de fatos ocorridos na existência ora finda. Ele também, tal como ela, não conseguira o mínimo contacto com seus familiares. E a perplexidade de ambos foi ainda maior ao constatarem que o hospital em que se encontravam não era o mesmo onde se internaram para as cirurgias. (Obra citada, cap. 6, pp. 43 a 45.) 

14. A hidroterapia é usada também no plano espiritual?

De acordo com o relato de Fantini, sim. Ele já tinha ido às termas; Evelina, não. Fantini lhe disse que, segundo soube, a hidroterapia era ali obrigatória. A respeito disso, ele comentou: "Evelina, você verá que aparelhos engraçados com que nos aplicam raios à cabeça, antes do banho medicinal. E creia que todos os doentes acusam melhoras gradativas. Desde anteontem, quando fui à imersão pela primeira vez, sinto-me mais lúcido e mais leve, sempre mais leve..." (Obra citada, cap. 6, pp. 45 e 46.)

15. Alguém já tinha dito a Evelina que ela havia desencarnado?

Até aquele momento, não. Foi quando Evelina abeirou-se de uma senhora simpática, presente no pátio do hospital, e perguntou-lhe que lugar era aquele. A matrona achegou-se perto dela e de Fantini e, ante o assombro indisfarçável de Evelina, informou que alguém lhe havia dito que todos ali estavam mortos, que já não eram mais habitantes da Terra. Ao ouvir isto, Fantini sacou o lenço do bolso para enxugar o suor que passou a escorrer abundantemente da testa, enquanto Evelina cambaleou, prestes a desfalecer... (Obra citada, cap. 6, pp. 49 e 50.)

16. Que espécie de bebida foi dada a Evelina com o objetivo de ajudá-la no seu refazimento?

Foi um tônico em forma de refresco com sabor de maçã, de alto valor reconstituinte. "Este, a meu ver – informou Dona Alzira –, é o melhor refrigerante que encontrei aqui, até agora, porque tem pretensões a sedativo." Evelina sorveu um gole, avidamente, tendo a impressão de haver bebido um néctar, mais vaporoso que líquido, que lhe revigorou as forças, ao mesmo tempo em que lhe reacomodou os pensamentos. (Obra citada, cap. 7, pp. 51 a 53.) 

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 1ª deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_24.html

 

 

 

 

 

 

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