Os mortos nos falam
Padre François Brune
Parte 8
Continuamos o estudo metódico e
sequencial do livro Os mortos nos falam,
de autoria do padre François Brune. O estudo baseia-se na primeira edição em
português desta obra, publicada pela Edicel em 1991.
Embora este livro não seja, propriamente falando, um clássico espírita, trata-se de uma ótima contribuição de publicação recente que confirma a realidade das manifestações dos chamados mortos.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Questões preliminares
A. Referindo-se às chamadas colônias espirituais, o padre
François Brune usa a expressão “estação orbital”. Que significa, segundo ele,
uma estação orbital?
B. Como é a vida nas regiões astrais mais próximas da
crosta terrena?
C. Referindo-se ao pensamento e seu poder criador, que
disse Pierre Monnier?
Texto para
leitura
92. Dissertando sobre os primeiros
níveis do Além, padre François Brune mencionou novamente William Stead, que,
após o naufrágio do Titanic, diz ter sido levado, com seus companheiros, em uma
espécie de gigantesco elevador, rumo a um país maravilhoso ao qual chamou “ilha
azul”, e que não é, no fundo, nada mais que um tipo de estação orbital de
recepção para os recém-chegados. (P. 154)
93. Harold Sherman diz, em seu último
livro, que A.J. Plimpton obteve mensagens de sua falecida esposa, que lhe
referiu que a Terra era efetivamente circundada por uma série de estações
orbitais de recepção para os falecidos das diferentes partes do planeta. Elas
eram, contudo, apenas locais de trânsito – afirmou a mulher. (P. 154)
94. O meio espiritual é, como sabemos,
modelado pela força criadora do pensamento, mas tais criações mentais não são
assim tão ilusórias. Os mortos, diz padre Brune, podem realmente comer ou beber
os alimentos que mencionam. Os palácios que criam são efetivamente habitados
por eles. Tais realidades correspondem simplesmente ao corpo que possuem
naquele momento. (P. 158)
95. A respeito desse assunto, Pierre
Monnier explicou à sua mãe: “Falei-lhe muito pouco das condições de vida no
Céu: elas são infinitas e difíceis de serem contadas, pois variam para cada
espírito. As ocupações (tanto as de distração quanto as de estudo), as coisas
que nos cercam, tudo tendo-se tornado espiritual, desloca-se ou transforma-se
sob o efeito de nosso pensamento... Pensa-se em um palácio: ele se constrói; em
um templo: e nele pode-se rezar; em um oceano: e nele é possível navegar. Isto
faz com que, quando se pergunta aos amigos a respeito dos planos que sucedem ao
da Terra, as respostas, às vezes, sejam muito diferentes...” (PP. 160 e 161)
96. Albert Pauchard confirma essas
informações, acrescentando que, nas regiões astrais mais próximas do plano
terrestre, a vida continua amplamente como antes – comparativamente –, com
escolas, igrejas, cidades inteiras, até mesmo hospitais e edifícios públicos;
mas, à medida que se progride, tais coisas desaparecem. (P. 163)
97. William Stead, já referido aqui,
conta que, para comunicar-se telepaticamente com a Terra, há um prédio especial
com pequenas cabines e monitores muito amáveis que ensinam como proceder para
estabelecer o contato. Numa das imagens do Além vistas pelo padre Brune em
Luxemburgo havia uma paisagem urbana, com um grande edifício, mais alto que os
demais. Os Espíritos disseram que era daquele prédio que se enviavam ditas
imagens em direção à Terra. (P. 163)
98. Padre Brune transcreve trechos de
diversas mensagens que se reportam a esse assunto. (PP. 164 a 168)
99. Capítulo VI - No coração do bem e do mal – Padre Brune abre este
capítulo asseverando que nosso pensamento constrói o nosso destino, mesmo que
não o queiramos, ou seja, à nossa revelia. Deus não tem, pois, nada a ver com
as provações que nos atingem, porque somos nós mesmos que as criamos. É o que
Roland de Jouvenel afirma ao advertir que uma parte da humanidade, perdendo o
gosto de viver, cria sem saber, na estrutura cósmica, o embrião que pode
precipitar o seu destino. (PP. 169 e 170)
100. A força do pensamento é tal que
há casos de pessoas que, julgando-se perseguidas pelo diabo, viam efetivamente
seres horríveis como o diabo, a persegui-las e arranhá-las. Mas isso só existia
na imaginação delas. Ora, o que se produz na vida terrena produz-se também,
constantemente, no além-túmulo. (P. 172)
101. Falando dos sonhos, Brune entende
que a maior parte deles corresponde a um mecanismo complexo. São todos os
nossos problemas, todas as nossas preocupações que entram em cena,
frequentemente com indicações quanto a uma possível solução. Mas surgem aí
também nossas aspirações profundas, nossas alegrias. “Cada noite, em média,
oferecemos a nós mesmos uma hora e meia de cinema”, afirma o padre Brune. (P.
174)
102. O padre lembra, porém, que Hélène
Renard vê com interesse e simpatia a hipótese formulada pelo biólogo Lyall
Watson, segundo a qual os sonhos seriam obra de uma espécie de segundo corpo,
ou seja, o corpo que sobrevive à nossa morte física: o perispírito ou corpo
espiritual. (P. 176)
103. As diferenças havidas na
interpretação dos sonhos dão-se também na questão das visões. E, para embasar
seus argumentos, Brune menciona o caso Tereza Neumann, falecida em 1962, a qual
teria visto e vivido a Paixão de Cristo aproximadamente setecentas vezes! E
alude também às experiências de Swedenborg, que dizia ter visto o próprio
Cristo, que o teria encarregado de uma tarefa: enxergar o mundo espiritual e
desvendar os seus mistérios. Swedenborg viveu antes de Kardec, no período de
1688 a 1772. (PP. 179 a 182)
104. Com o pensamento, como já foi
dito, podemos criar no Além tudo aquilo que queremos e até mesmo sem querer. Os
pensamentos seriam, desse modo, energias vivas, como Pierre Monnier afirmou à
sua mãe: “Eu disse a você que seus pensamentos prolongam-se em ondas vibrantes
e animadas; ora, esses eflúvios têm uma composição análoga à da matéria, esta
também vibrante e animada. Eles agem e comportam-se do mesmo modo, contêm vida
imanente. Disto resulta que os pensamentos vivem e produzem vida”. E
acrescentou: “O mesmo ocorre, eu já disse, com o olhar... com o raio emitido
pelos seus olhos... este raio é vivo, fisiologicamente vivo, se assim posso
dizer”. (P. 183)
Respostas às
questões preliminares
A. Referindo-se às chamadas colônias espirituais, o padre
François Brune usa a expressão “estação orbital”. Que significa, segundo ele,
uma estação orbital?
William Stead, morto no naufrágio do
Titanic, disse ter sido levado, com seus companheiros, em uma espécie de
gigantesco elevador, rumo a um país maravilhoso ao qual chamou “ilha azul”, e
que não é, no fundo, nada mais que um tipo de estação orbital de recepção para
os recém-chegados. A falecida esposa de A.J. Plimpton também disse algo
semelhante, ou seja, que a Terra é efetivamente circundada por uma série de
estações orbitais de recepção para os falecidos das diferentes partes do
planeta. Elas eram, contudo, apenas locais de trânsito. Uma estação orbital
seria o mesmo que colônia espiritual, se usarmos a linguagem utilizada por
André Luiz e outros autores espíritas. (Os
mortos nos falam, pp. 154 e 155.)
B. Como é a vida nas regiões astrais mais próximas da
crosta terrena?
Segundo Albert Pauchard, nas regiões
astrais mais próximas do plano terrestre, a vida continua amplamente como antes
– comparativamente –, com escolas, igrejas, cidades inteiras, até mesmo
hospitais e edifícios públicos; mas, à medida que se progride, tais coisas
desapareceriam. William Stead, referido na questão anterior, disse que, para
comunicar-se telepaticamente com a Terra, há um prédio especial com pequenas
cabines e monitores muito amáveis que ensinam como proceder para estabelecer o
contato. Numa das imagens do Além vistas pelo padre Brune em Luxemburgo havia
uma paisagem urbana, com um grande edifício, mais alto que os demais. Os
Espíritos disseram que era daquele prédio que se enviavam ditas imagens em
direção à Terra. (Obra citada, pág. 163.)
C. Referindo-se ao pensamento e seu poder criador, que
disse Pierre Monnier?
Disse Monnier que podemos criar no
Além com o pensamento tudo aquilo que queremos e até mesmo sem querer. Os
pensamentos seriam, desse modo, energias vivas, como ele explicou à sua mãe:
“Eu disse a você que seus pensamentos prolongam-se em ondas vibrantes e
animadas; ora, esses eflúvios têm uma composição análoga à da matéria, esta
também vibrante e animada. Eles agem e comportam-se do mesmo modo, contêm vida
imanente. Disto resulta que os pensamentos vivem e produzem vida”. E
acrescentou: “O mesmo ocorre, eu já disse, com o olhar... com o raio emitido
pelos seus olhos... este raio é vivo, fisiologicamente vivo, se assim posso
dizer”. (Obra citada, pág. 183.)
Observação:
Para acessar a Parte 7 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/12/blog-post_17.html
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