domingo, 19 de dezembro de 2021

 



A verdade é indispensável quando se trata de adoção

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

De Londrina-PR

 

É voz corrente em nosso país que, quando o assunto é adoção de crianças, o Brasil é o campeão da informalidade.

Estima-se que metade das adoções são feitas no país sem a intermediação da Justiça, ou seja, as pessoas acolhem uma criança, geralmente quando ainda bebê, e a registram como se fosse seu filho natural. Não lhes faltam amor e carinho, mas nem sempre a verdade é revelada, porque muitos, a rigor, não têm certeza se devam fazê-lo.

Em entrevista publicada oportunamente pelo jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), a psicóloga e professora Lidia Natalia Dobrianskyj Weber, da Universidade Federal do Paraná, foi taxativa: "A primeira regra ética de uma família que adotou alguém é a verdade, ou seja, o filho adotivo deve saber desde o começo que foi adotado". "Não deve existir - explica a professora Lidia - um momento especial para contar, mas o assunto deve ser colocado na família e para a criança de maneira aberta, até mesmo antes de sua linguagem verbal formal."

A proposta da conhecida psicóloga coincide com o ensinamento transmitido por Emmanuel há quase cinquenta anos.

A mensagem, que se intitula "Filhos Adotivos", integra o cap. 5 do livro Astronautas do Além, publicado em 1974 pelo GEEM – Grupo Espírita Emmanuel S.C. Editora. Na mensagem, o então mentor espiritual de Chico Xavier afirma que existem vínculos do pretérito muito fortes entre o casal que adota e o filho adotado. A adoção dessa ou daquela criança não é, como se poderia supor, obra do acaso, e é por isso que a verdade deve desde cedo ser revelada.

Recomenda, então, o nobre instrutor espiritual:

 

"... se tens na Terra filhos por adoção, habitua-te a dialogar com eles, tão cedo quanto possível, para que se desenvolvam no plano físico sob o conhecimento da verdade. Auxilia-os a reconhecer, desde cedo, que são agora teus filhos do coração, buscando reajustamento afetivo no lar, a fim de que não sejam traumatizados na idade adulta por revelações à base da violência, em que frequentemente se lhes acordam no ser as labaredas da afeição possessiva de outras épocas, em forma de ciúme e revolta, inveja e desesperação". (Astronautas do Além, cap. 5.)

 

 

 

 

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