Não vim destruir a Lei de Deus
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Amigos
leitores, como fui encarregado de expor virtualmente, na FEB, o tema desta
crônica, no dia 9 de janeiro de 2022, após retornar de saudáveis dias em
Florianópolis, pedi ao mentor Machado que me inspirasse na elaboração do poema
abaixo sobre o assunto, que está no capítulo I d'O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Ele, gentilmente, acedeu ao meu pedido, que compartilho com
vocês a seguir.
Não
vim destruir a Lei...
– Por: Jó
Após
ter sido acusado por alguns homens judeus
de
violar as leis de Deus, Jesus lhes diz inspirado:
—
Moisés, o grande profeta, anunciou minha vinda
após
receber de Iahweh as tábuas da Lei divina.
Nelas,
os Dez Mandamentos, que ele entregou aos hebreus,
têm
no início o ensinamento para amar primeiro a Deus.
Dos
dez, esse é o primeiro!
Sete
é proibição; e, se o descanso é o terceiro,
o
quarto é o de devoção:
honrar
mãe e pai honrar, é o que este nos ensina,
pois
o amor familiar é parte da Lei divina.
O
segundo mandamento faz-nos recomendação
que
não citei logo atrás, mas é o seu primeiro não:
não
falar seu nome em vão...
Depois
diz pra não matar,
não
praticar adultério,
como
também não furtar.
A
estes, seguem-se três:
não
ser testemunha falsa; não cobiçar a mulher
e
nem as coisas alheias.
Guardem
os Dez Mandamentos da Lei divina que sigo.
O
resto foi de Moisés: leis tão duras que eu nem digo...
Sendo,
de Moisés, preciso, leis cruéis para conter
a
dureza de uma tribo,
fingiu
de Deus receber outra legislação forte
com
dura intimidação;
mas
a Lei divina é o norte de amor ao nosso irmão.
E,
para o mundo querido, tudo o que eu lhe falei
e
não foi compreendido está na divina Lei.
Não
vim destruir a Lei, pois de todos os profetas,
embora
sendo o maior, fui humilde e muito amei.
Moisés
já me anunciara, dois mil anos antes d'Eu
vir
ao mundo em Belém como o Messias de Deus.
500
anos depois, fora o profeta Isaías
que,
em ocasiões diversas, ao mundo me anunciaria.
Para
virem boas-novas, como previra Isaías,
Deus
me enviaria ao mundo como o seu maior Messias.
Mais
dois séculos na história, e o profeta Jeremias
alertou-lhe
que eu viria restaurar a Lei divina.
Também
disse Malaquias, quatro séculos depois,
que
João já fora Elias e então me precederia.
Então
eu, o Redentor, vim ao mundo em cumprimento
deste
novo mandamento de nosso Pai e Senhor:
—Voz
que clama no deserto, preparai ao Salvador
veredas
endireitadas pela pureza do amor...
Trinta
anos se passaram, e o precursor João Batista
falou-me
da gratidão de todos que se curaram:
—
Mestre, cegos veem, sarados;
mudos
cantam ao falar;
surdos
se alegram de ouvir;
e
coxos dançam no andar...
E
eu disse a João Batista que a maior enfermidade
que
o mundo trazia n'alma era o desprezo à verdade.
De
tanto explorar-se a crença com mentira mitológica,
a
fé caiu em descrença, ante o domínio da lógica.
Por
isso é que foi preciso depurar na rude dor,
com
tragédia e pandemia, este mundo pecador.
Então,
eu lhes asseguro: não vim a Lei destruir,
Vim,
sim, tirá-los do escuro, para a Lei de Deus cumprir.
Não
existe lei maior que a divina Lei do amor,
e,
para seu cumprimento, presido ao Consolador
que
anunciei por João, no capítulo quatorze,
e
que deixará no mundo eterna consolação.
Trouxe-lhes
o Espiritismo, que tira da letra o véu,
qual
revelação do céu, restaurando o Cristianismo.
E,
como seu bom pastor, reforço tudo o que disse:
amem-se
como eu os amo; a Lei de Deus é o amor!
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