Tormentos da
Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 6
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
31. A impotência sexual pode ter causas não orgânicas?
Sim. Fora esse o
caso de Almério que, um ano após o casamento, passou a experimentar
inexplicável impotência sexual, fato que gerou graves conflitos e dificuldades
em torno do relacionamento conjugal. Levado a um médico, o especialista nada
detectou na sua constituição orgânica que justificasse o problema. Por causa
disso, Almério resolveu pedir socorro ao Mentor da Sociedade Espírita que
frequentava, sendo então informado de que a causa era uma disfunção
psicológica, em cuja raiz estava a influência perversa de uma Entidade feminina
que o obsidiava. (Tormentos da Obsessão,
cap. 5 – Contato precioso.)
32. Qual o motivo da obsessão sofrida por Almério?
A Entidade que o
obsidiava fora sua vítima no passado. Almério explorou-a sexualmente até
arruiná-la. Ele era casado naquela ocasião, mas vivia clandestinamente com
jovens seduzidas em orgias e alucinações. Não fora ela a primeira... Duas
vezes, sucessivamente, ela concebera, e, sentindo-se feliz pelo fato, esperava
receber apoio, que ele negou sem qualquer compaixão, levando-a ao abortamento
insensato. Na primeira ocasião do crime, ela cedeu sem maior relutância.
Todavia, na segunda concepção, recusando-se ceder à sua insistência, foi
levada, quase à força, quando já se encontrava no quinto mês de gravidez, para
o hediondo infanticídio. A inabilidade do médico, ao extrair o feto, provocou
uma hemorragia, e por isso, menos de duas horas depois, seguia pela morte o
destino da criança covardemente assassinada. (Obra citada, cap. 5 – Contato
precioso.)
33. Que ocorreu com Almério no seu retorno à pátria
espiritual?
Segundo ele próprio,
é muito difícil explicar os sofrimentos que passou a experimentar em seguida a
sua morte corpórea, causada por suicídio involuntário. No princípio, era o
pesadelo do morrer-e-não-estar-morto, a vida sem vida, as sensações da matéria
em decomposição e a crua perseguição que não cessava. Ele não saberia dizer por
quanto tempo esteve sob as torpes e excruciantes vinganças dos irmãos a quem
ele prejudicara. As preces da esposa sofrida, de seus genitores e dos amigos da
Instituição religiosa passaram, então, a alcançá-lo como orvalho refrescante no
tórrido padecimento que não diminuía. Um dia, porém, ele sentiu-se sair do
antro para onde fora levado pelas mãos perversas que o induziram ao suicídio,
passando a dormir sem a presença dos sicários, e a despertar, para logo
adormecer, até que a memória e o discernimento ressurgiram, auxiliando-o no
processo de recuperação. (Obra citada, cap. 5 – Contato precioso.)
34. Como o Hospital fundado por Eurípedes Barsanulfo é
dirigido?
A supervisão geral
do Hospital é realizada por uma coligação constituída pelos diretores dos
diversos Núcleos sob a presidência de Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo
sacramentano. Mas as decisões finais competem a Barsanulfo, o fundador da
instituição. (Obra citada, cap. 6 – Informações preciosas.)
35. Qual o sentimento dominante entre os que ali trabalham?
É o sentimento de
amor, que constitui o elo forte de vinculação entre todos. As decisões são
tomadas sempre após diálogos construtivos e nunca vicejam no Nosocômio o
melindre, a censura ou qualquer outra expressão perturbadora de comportamento,
qual sucede nas diversas Entidades terrestres. O exemplo de engrandecimento
moral e de abnegação, oferecido por Eurípedes, sensibiliza e dá segurança, por
haver-se transformado no servidor de todos, ao invés de constranger os menos hábeis
com as suas valiosas conquistas. (Obra citada, cap. 6 – Informações preciosas.)
36. Havia naquele momento internados no Nosocômio pessoas que
fracassaram como médiuns?
Sim. Na unidade
hospitalar a que Manoel P. de Miranda se refere estavam internados, naquele
momento, cem pacientes, quarenta em boa fase de recuperação, com lucidez, e
mais sessenta, que ainda experimentavam os tormentos que os assaltaram na etapa
final, que lhes precedeu à desencarnação. Variavam os dramas de consciência,
mas todos relacionados à conduta no exercício da mediunidade. Segundo Alberto,
orientador do estágio de Manoel P. de Miranda, “é bem reduzido o número
daqueles servidores que se desincumbem a contento desse ministério, quando o
abraçam”. (Obra citada, cap. 6 – Informações preciosas.)
Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/07/blog-post_11.html
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