segunda-feira, 25 de julho de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 7

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

37. No que diz respeito ao desempenho mediúnico, o sexo equilibrado é realmente importante?

Sim. É de vital importância, por oferecer energias específicas para potencializar os mecanismos delicados de que se utilizam os Espíritos. Simultaneamente, a faculdade mediúnica, em razão dessas energias que movimenta, irradia um campo vibratório que proporciona bem-estar àqueles que se lhe acercam, envolvendo-os em encantamento e admiração. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.)

38. Processos obsessivos são antigos na história da Humanidade?

Sim. A obsessão talvez seja a doença mais antiga da Humanidade, em relação a outras tantas prejudiciais. Basta que nos recordemos que, em todos os períodos do pensamento histórico, a obsessão e suas sequelas se têm apresentado ceifando a saúde física e mental dos indivíduos. E terrivelmente ignorada, ou simplesmente desconsiderada, vem prosseguindo no seu triste fanal de vencer todos aqueles que lhe tombam em suas malhas coercitivas. (Obra citada, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.)

39. Onde se encontra a gênese dos problemas que aturdem o ser humano?

Nós a encontramos no próprio ser humano. Segundo Manoel P. de Miranda, na raiz de todos os problemas que aturdem os homens sempre encontraremos o Espírito como seu responsável, em face dos comprometimentos que ocasionou. Criado simples e ignorante, com neutralidade interior, defrontando as opções de agir correta ou incorretamente, tudo quanto lhe ocorre provém da preferência que se permitiu de início, cabendo-lhe o reencontro com o equilíbrio que lhe direcionará os passos para o futuro. A obsessão encontra-se incursa nesse raciocínio, porquanto somente ocorre em razão do comportamento irregular de quem se desvia do roteiro do bem fazer, criando animosidades e gerando revides. (Obra citada, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.)

40. A influência espiritual negativa afeta a pessoa que se pauta na vida pela retidão moral?

Não. Jamais se curvam sob as forças tenebrosas do mal aqueles que se entregam a Deus, a Jesus e ao Bem, nas fileiras do dever a que se apegam. O indivíduo que ama a retidão de princípios e os executa firmado em propósitos de elevação moral, mesmo quando fustigado pela pertinácia dos irmãos desajustados e perversos de ambos os planos da vida, não se deixa afetar, permanecendo nas disposições abraçadas, fiel ao programa traçado. Pode experimentar alguma aflição, como é natural, mas robustece-se na oração, no prazer do serviço que realiza, nas leituras edificantes, na consciência pacificada. (Obra citada, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.)

41. A soberba intelectual é capaz de envenenar os melhores sentimentos?

Sim. E foi exatamente isso que ocorreu com Leôncio. Soberbo e egoísta, ele deixou-se fascinar pela absurda ideia de que lhe cabia a missão de preservar a memória do mestre de Lyon, lutando qual Don Quixote contra os fantasmas monstruosos que detectava nas pás dos moinhos de vento da ilusão, passando a agredir sistematicamente nomes respeitáveis e Instituições venerandas, por discrepâncias de sua parte. Possuidor de palavra fácil, usou a tribuna espírita muitas vezes, apresentando temas relevantes, mas sempre os concluindo com dardos venenosos bem dirigidos contra os inimigos que criava ou supunha possuir. Com esse comportamento conseguiu, por fim, ser mais detestado do que estimado e, sem se dar conta, acabou arrastado vigorosamente a rude obsessão, em face do cerco organizado por adversários soezes do Cristo e da Doutrina Espírita. (Obra citada, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.)

42. Qual foi o fato que motivou a queda de Leôncio?

O pivô de tudo foi uma jovem e encantadora médium psicofônica, clarividente de excelentes recursos, porém em fase primária de educação da faculdade. Relativamente frágil e muito insegura, ela inspirou-lhe imediata afeição, que ele não pôde identificar de momento, tal a qualidade de que se constituía. Telementalizado por Entidades infelizes, Leôncio conseguiu que a jovem se lhe afeiçoasse, derrapando posteriormente em adultério nefando. O escândalo fez com que a jovem fosse afastada da Instituição. Incapaz de continuar no lar, após exculpar-se com a esposa dilacerada, Leôncio retirou-se para viver com a vítima da sua sedução. Sua faculdade incipiente, ante a conduta reprochável que passou a manter, se tornou campo de perturbação e enfermidades que a vitimaram, levando a jovem a prematura desencarnação. Leôncio abandonou então os deveres espirituais quando mais deles necessitava, e derrapou por completo na obsessão. (Obra citada, cap. 7 – A amarga experiência de Leôncio.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:  https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/07/blog-post_18.html

 

 

  

 

 

 

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