segunda-feira, 13 de abril de 2020



O que dissemos aqui inúmeras vezes foi mais uma vez confirmado – a aplicação da crase é mesmo um tormento na vida de muitas pessoas obrigadas a escrever.
Vejamos:
Lendo o texto publicado neste blog na segunda-feira passada, um leitor disse-nos ter entendido perfeitamente que nomes de cidades como Lisboa, Roma, Londrina, Curitiba e Madri não aceitam o artigo definido e, portanto, afastado está, antes deles, o sinal indicador de crase:
- Vim de Lisboa. Vou a Lisboa.
- Estive em Curitiba. Vou a Curitiba.
- Voltei de Roma. Fui a Roma.
- Morava em Londrina. Irei a Londrina.
- Estava em Madri. Vou a Madri.
Ele, no entanto, nos pergunta por que consideramos correta a frase seguinte:
- Dez anos depois fomos à Madri das touradas.
Argumenta o prezado leitor:
- Se Madri rejeita o artigo definido, como aparece a crase no trecho à Madri das touradas?
A mesma dúvida poderia ser levantada com relação às frases abaixo:
- Sonhei que tinha ido à Roma dos césares.
- Bem-vindo à bela Curitiba.
- Fomos à Florianópolis das 42 praias.
- O repórter se referiu à Brasília das mordomias oficiais.
Notemos que nos casos citados o nome da cidade apresenta-se modificado por um elemento restritivo ou qualificativo, quando então o artigo definido é perfeitamente cabível e, portanto, o uso da crase está correto.
Com relação aos nomes das unidades federativas do Brasil, em resposta a outra pergunta do mesmo leitor, lembramos que apenas dois nomes admitem a crase: Paraíba e Bahia:
- Moramos na Paraíba. Vim da Paraíba. Irei à Paraíba.
- Nascemos na Bahia. Estive na Bahia. Fui à Bahia.




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