Entre a Terra e
o Céu
André Luiz
Parte 1
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, iniciamos
nesta data o estudo da sétima obra: Entre
a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e
publicada originalmente em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".
Eis as questões de hoje:
1. Como conceituar a prece?
Conforme palavras do ministro Clarêncio, a prece, qualquer
que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde. Às vezes paira na
região em que foi emitida ou se eleva mais ou menos, recebendo resposta
imediata ou remota, conforme suas finalidades. Almas enobrecidas amparam os
impulsos de expressão mais nobre. Ideais e petições de grande significação
remontam às alturas. Cada prece caracteriza-se por determinado potencial de
frequência e todos nós estamos cercados por Inteligências capazes de sintonizar
com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras, visto que a Humanidade
Universal constitui-se de criaturas de Deus, em diversas idades e posições. (Entre a Terra e o Céu, cap. I, pp. 9 e
10.)
2. Como entender
o mal e suas consequências?
O mal – diz Clarêncio – é sempre um círculo fechado sobre si
mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto
de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida
que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam. É por isso
que o Senhor tolera a desarmonia, para que, através dela mesma, se efetue o
reajustamento moral dos que a sustentam, uma vez que o mal reage sobre aqueles
que o praticam. Somos todos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo,
delas escravos infortunados ou felizes tutelados. "Pedimos e obtemos, mas
pagaremos por todas as aquisições", acentuou Clarêncio. "A
responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir." (Obra
citada, cap. I, pp. 10 a 12.)
3. Que é oração
refratada?
A prece ou oração refratada é aquela cujo impulso luminoso
tem sua direção desviada, passando a outro objetivo. (Obra citada, cap. II, pp.
13 a 15.)
4. A obsessão
pode ter como causa o ciúme?
Sim. E essa era a causa da constrição obsessiva que Odila
movia sobre Zulmira, que se havia casado com o ex-marido da falecida. Empenhada
em combater aquela que considerava sua rival, Odila imantava-se à outra,
através do veículo perispirítico, na região cerebral, dominando-lhe a
complicada rede de estímulos nervosos e influenciando-lhe os centros
metabólicos, com o que lhe alterava profundamente o funcionamento orgânico. (Obra
citada, cap. III, pp. 18 a 20.)
5. É correta a
ideia de interferir em um processo obsessivo afastando o obsessor?
Não. Trata-se de um equívoco, como explicou a André e
Hilário o ministro Clarêncio, referindo-se a Odila e Zulmira: "A violência
não ajuda. As duas se encontram ligadas uma à outra. Separá-las à força seria a
dilaceração de consequências imprevisíveis". "A exasperação da mulher
desencarnada pesaria demasiado sobre os centros cerebrais de Zulmira e a
lipotimia poderia acarretar a paralisia ou mesmo a morte do corpo."
Hilário, contrafeito, indagou então se não seria justo afastar o algoz da
vítima. Clarêncio, após mostrar os riscos decorrentes da separação pela força,
esclareceu que, no caso, era preciso atuar na elaboração dos pensamentos da
irmã que tomara a iniciativa da perseguição. Era imprescindível dar outro rumo
à vontade dela, deslocando-lhe o centro mental e conferindo-lhe outros
interesses e diferentes aspirações. Para isso, a preparação era indispensável.
(Obra citada, cap. III, pp. 20 a 22.)
6. Se Zulmira
não era culpada da morte do menino Júlio, por que se atormentava tanto ao
lembrar o episódio do afogamento?
De fato, Zulmira não fora a autora, mas desejara a morte da
criança, chegando mesmo a favorecê-la. O afeto de Amaro pelo filho não tinha
sido assimilado pela jovem esposa, que, ralada de despeito, passou a ver em Júlio
um adversário de sua felicidade doméstica, chegando até a provocar-lhe um ódio
crescente, a ponto de suspirar pela morte do rapazinho. No instante do
afogamento, a criança gritou pedindo-lhe ajuda e ela poderia ter retrocedido
alguns passos, salvando-a. Vencida, no entanto, pelos sinistros pensamentos que
a dominavam, esperou que o mar concluísse o horrível trabalho e só então clamou
por socorro. Quando Amaro acorreu, já era tarde. (Obra citada, cap. IV, pp. 23
a 25.)
7. A morte de
Júlio ocorreu antes da hora?
Não. A morte prematura do menino estava prevista no quadro
de suas provações, visto que era ele um suicida reencarnado. (Obra citada, cap.
IV, pp. 26 a 28.)
8. A atmosfera
marinha é benéfica ao organismo espiritual?
Sim. "O oceano é miraculoso reservatório de forças”,
disse Clarêncio, que informou que muitos companheiros do plano espiritual
trazem à orla do mar os irmãos doentes, ainda ligados ao corpo da Terra, de
modo a receberem refazimento e repouso. A atmosfera marinha permanece
impregnada por infinitos recursos de vitalidade da Natureza e o oxigênio sem
mácula converte-se em precioso alimento da organização espiritual. (Obra
citada, cap. V, pp. 29 a 31.)
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