quarta-feira, 14 de outubro de 2020


Entre a Terra e o Céu

 

André Luiz

 

Parte 1

 

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, iniciamos nesta data o estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".

Eis as questões de hoje:


1. Como conceituar a prece?

Conforme palavras do ministro Clarêncio, a prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde. Às vezes paira na região em que foi emitida ou se eleva mais ou menos, recebendo resposta imediata ou remota, conforme suas finalidades. Almas enobrecidas amparam os impulsos de expressão mais nobre. Ideais e petições de grande significação remontam às alturas. Cada prece caracteriza-se por determinado potencial de frequência e todos nós estamos cercados por Inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras, visto que a Humanidade Universal constitui-se de criaturas de Deus, em diversas idades e posições. (Entre a Terra e o Céu, cap. I, pp. 9 e 10.)

2. Como entender o mal e suas consequências?

O mal – diz Clarêncio – é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam. É por isso que o Senhor tolera a desarmonia, para que, através dela mesma, se efetue o reajustamento moral dos que a sustentam, uma vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam. Somos todos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortunados ou felizes tutelados. "Pedimos e obtemos, mas pagaremos por todas as aquisições", acentuou Clarêncio. "A responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir." (Obra citada, cap. I, pp. 10 a 12.)

3. Que é oração refratada?

A prece ou oração refratada é aquela cujo impulso luminoso tem sua direção desviada, passando a outro objetivo. (Obra citada, cap. II, pp. 13 a 15.)

4. A obsessão pode ter como causa o ciúme?

Sim. E essa era a causa da constrição obsessiva que Odila movia sobre Zulmira, que se havia casado com o ex-marido da falecida. Empenhada em combater aquela que considerava sua rival, Odila imantava-se à outra, através do veículo perispirítico, na região cerebral, dominando-lhe a complicada rede de estímulos nervosos e influenciando-lhe os centros metabólicos, com o que lhe alterava profundamente o funcionamento orgânico. (Obra citada, cap. III, pp. 18 a 20.)

5. É correta a ideia de interferir em um processo obsessivo afastando o obsessor?

Não. Trata-se de um equívoco, como explicou a André e Hilário o ministro Clarêncio, referindo-se a Odila e Zulmira: "A violência não ajuda. As duas se encontram ligadas uma à outra. Separá-las à força seria a dilaceração de consequências imprevisíveis". "A exasperação da mulher desencarnada pesaria demasiado sobre os centros cerebrais de Zulmira e a lipotimia poderia acarretar a paralisia ou mesmo a morte do corpo." Hilário, contrafeito, indagou então se não seria justo afastar o algoz da vítima. Clarêncio, após mostrar os riscos decorrentes da separação pela força, esclareceu que, no caso, era preciso atuar na elaboração dos pensamentos da irmã que tomara a iniciativa da perseguição. Era imprescindível dar outro rumo à vontade dela, deslocando-lhe o centro mental e conferindo-lhe outros interesses e diferentes aspirações. Para isso, a preparação era indispensável. (Obra citada, cap. III, pp. 20 a 22.)

6. Se Zulmira não era culpada da morte do menino Júlio, por que se atormentava tanto ao lembrar o episódio do afogamento?

De fato, Zulmira não fora a autora, mas desejara a morte da criança, chegando mesmo a favorecê-la. O afeto de Amaro pelo filho não tinha sido assimilado pela jovem esposa, que, ralada de despeito, passou a ver em Júlio um adversário de sua felicidade doméstica, chegando até a provocar-lhe um ódio crescente, a ponto de suspirar pela morte do rapazinho. No instante do afogamento, a criança gritou pedindo-lhe ajuda e ela poderia ter retrocedido alguns passos, salvando-a. Vencida, no entanto, pelos sinistros pensamentos que a dominavam, esperou que o mar concluísse o horrível trabalho e só então clamou por socorro. Quando Amaro acorreu, já era tarde. (Obra citada, cap. IV, pp. 23 a 25.)

7. A morte de Júlio ocorreu antes da hora?

Não. A morte prematura do menino estava prevista no quadro de suas provações, visto que era ele um suicida reencarnado. (Obra citada, cap. IV, pp. 26 a 28.)

8. A atmosfera marinha é benéfica ao organismo espiritual?

Sim. "O oceano é miraculoso reservatório de forças”, disse Clarêncio, que informou que muitos companheiros do plano espiritual trazem à orla do mar os irmãos doentes, ainda ligados ao corpo da Terra, de modo a receberem refazimento e repouso. A atmosfera marinha permanece impregnada por infinitos recursos de vitalidade da Natureza e o oxigênio sem mácula converte-se em precioso alimento da organização espiritual. (Obra citada, cap. V, pp. 29 a 31.)

 

  

 

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