Respeito é
sempre bom...
JORGE LEITE DE
OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Salve!
amigos.
A
língua não distingue sexos e, sim, gêneros. O Espírito imortal, só
temporariamente... Por isso, nossa opção pelo que a tradição linguística, no
caso do português, requer: quando nos referimos a gênero, predomina o masculino.
Na saudação inicial de um discurso, porém, ou nas situações em que é de bom tom
distinguir o público ouvinte, costuma-se dizer: "Senhoras e
senhores", por motivos óbvios: caso se diga apenas "Senhores", pode
haver, na plateia, alguém que não se sinta bem ao ser chamado de senhor, por se
identificar com o sexo oposto, e vice-versa.
E
as informações contidas na Doutrina Espírita respaldam nosso entendimento, pois
somos informados, n'O Livro dos Espíritos e nas pesquisas de cientistas atuais,
estudiosos dos casos de reencarnação, que, antes de assumir novo corpo, a
questão do sexo é secundária para o Espírito imortal. Então, respeitemos o ser
imortal e a língua...
Voltando,
então, à questão linguística, além do direito, em minha formação e prática
universitária, aprendi que jamais podemos alterar nada do que alguém escreve,
quando citamos sua frase, salvo anuência do autor. Caso consideremos algo
estranho ou errado, na reprodução da fala de outrem, devemos anotar à frente
(sic), que indica ao leitor ter sido exatamente assim que o autor escreveu. Se
o mesmo erro ou frase estranha se repete, usa-se (sic passim), ou seja, por
toda a parte está assim.
No
caso de texto a ser reeditado, após a entrada em vigor do Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa, em sua revisão, deve-se atualizar a ortografia. E só.
Nada de mudar a ordem da frase, por considerar melhor a sua, que está numa
ordem diferente da do autor. Jamais substituir palavras ou expressões da obra a
ser reeditada pelas suas. Isso é considerado desrespeito aos direitos autorais.
Se o autor ainda é vivo, o máximo que se pode fazer é consultá-lo para saber se
ele autoriza modificação em seu texto, antes de alterá-lo. Isso é mais adequado
quando se trata de obra original, ou seja, que será publicada pela primeira vez.
No
Espiritismo, obedecemos fielmente à recomendação de Jesus de "dar de graça
o que de graça recebemos". Desse modo, grande número de trabalhos é feito
por voluntários de boa vontade, salvo quando se pode contratar alguém
remunerado. Então, espera-se dos mais esclarecidos, em nome da indulgência,
informar às editoras espíritas qualquer equívoco na reedição de uma obra ou
mesmo em sua primeira edição.
Se
o revisor estava bem intencionado, mas desinformado, cabe ao autor ou a quem
perceber algo diferente na reedição da obra
alertá-lo sobre a impropriedade de modificar qualquer palavra ou
expressão do texto que foi republicado com essa alteração. E à editora cabe corrigir, em nova
edição, o que não corresponda à expressão inicial do autor. Quando for o caso, deve-se
inserir nota de rodapé com a informação sobre a restauração do texto original
e, em respeito ao leitor, explicar-lhe o motivo de ter sido feita alguma
modificação na edição anterior.
Isso,
porém, não deve ser compartilhado nas redes mundiais de comunicação, pois, no caso,
não há má-fé, mas
desconhecimento por parte de pessoas de boa vontade que dedicam anos de suas
vidas ao serviço de divulgação da Doutrina de Jesus à luz da Nova Revelação. Devemos
seguir a orientação de Jesus de "vigiar e orar", para evitar fornecer
munição aos adversários da grandiosa causa do Espiritismo, que é a de restaurar
a certeza, em todos nós, sobre a existência de Deus, a imortalidade da alma e
as leis morais. Estas leis estão contidas na parte terceira d'O Livro dos
Espíritos, dentre as quais destaco a lei de justiça, amor e caridade.
Precisamos
conhecer melhor essas leis, para que procedamos de acordo com a orientação de
Allan Kardec, em complemento à máxima "Fora da caridade não há
salvação": "Fora da caridade, não há verdadeiro espírita". E a
caridade começa pela "benevolência para com todos”, prossegue na "indulgência
para as imperfeições dos outros" e termina no "perdão das ofensas",
como temos reiterado, com base na questão 886 d'O livro dos Espíritos.
Façamos
ao próximo o que desejamos que ele nos faça, como nos recomendou Jesus.
Lembremo-nos sempre dessa máxima, antes de tomar qualquer atitude de crítica
espalhafatosa. A empatia é a atitude mental que mais nos torna tolerantes com
os enganos alheios, por nos recomendar, antes de julgar, colocar-nos em seu lugar e por nos
fazer cientes de que também podemos errar, quando ainda não conhecemos bem
alguma coisa. Por tudo isso, jamais nos esqueçamos de que respeito é sempre
bom...
Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com
Como consultar
as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique
neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário