domingo, 11 de outubro de 2020

 


A criminalidade numa perspectiva espírita

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

De Londrina-PR

 

Segundo John Laub, criminologista americano e professor do Departamento de Criminologia e Justiça Criminal da Universidade de Maryland, ex-presidente da Sociedade Americana de Criminologia e diretor do Instituto Nacional de Justiça dos Estados Unidos entre 2010 e 2013, são várias as teorias que tentam explicar por que os criminosos desistem do crime.

Um dos fatores da mudança – afirma Laub – é o casamento com alguém a que o indivíduo se sinta fortemente ligado. Outros fatores seriam a identificação com o trabalho, a educação e a religião. Mas o fator mais importante é o casamento, do qual, segundo ele, resultam diversas consequências positivas, e não apenas para o crime.

A delinquência, entende o citado especialista, não se encontra concentrada nas famílias pobres. Ela está presente em todas as classes sociais. Sejam ricos ou pobres, os adolescentes se envolvem em crimes, especialmente os menos graves, como o uso de drogas.

Não há como discordar do ilustre professor, que poderia até ter lembrado que os grandes assaltos, especialmente os realizados contra os cofres públicos, têm sido praticados por pessoas que passaram pela Universidade e nenhuma relação têm com a pobreza ou com as privações econômicas. O que políticos e autoridades públicas dos mais diferentes níveis têm feito em nosso país, nesse tema chamado corrupção, supera em muito o que os sequestradores e os assaltantes de bancos amealharam por aqui em toda a nossa história.

A razão por que criminalidade e delinquência não constituem apanágio dos pobres é explicada com clareza pela Doutrina Espírita.

Como sabemos, os Espíritos reencarnam nos mais diferentes lugares e situações, no interesse de sua ascensão na escala evolutiva. 

Pobreza e riqueza não constituem punição nem privilégio. São provas, cuja finalidade é experimentar o indivíduo de maneiras diferentes, de acordo com suas necessidades evolutivas.

A riqueza e o poder, tanto quanto as dificuldades e a penúria, são provas muito difíceis, porque, enquanto a penúria provoca as queixas contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos e é, por isso, numa perspectiva espiritual, prova mais perigosa do que a própria miséria. (Cf. O Livro dos Espíritos, questões 814, 815 e 925.)

O que muitos certamente ignoram é que as provas que suportamos em nossa existência corporal fazem parte da chamada programação reencarnatória, tema que Kardec esmiúça com a clareza habitual no item 872 da obra acima mencionada.

A delinquência, num e noutro caso, deriva das qualidades do indivíduo. Se for um Espírito forte e consciente do seu dever, ele saberá resistir a todas as inclinações e influências negativas que receber; caso contrário, poderá sucumbir, o que explica por que nem todos os que vivem num meio violento e miserável buscam o caminho da criminalidade.

 

 

 

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