quinta-feira, 15 de outubro de 2020

 



O Livro dos Médiuns

 

Allan Kardec

 

Parte 18

 

Continuamos o estudo metódico de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, segunda das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano. Este estudo é publicado sempre às quintas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado d’ O Livro dos Médiuns, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN e, em seguida, no verbete "O Livro dos Médiuns”.

Eis as questões de hoje:


137. Os Espíritos podem revelar-nos nossas vidas passadas?

Deus permite algumas vezes que elas nos sejam reveladas, se existir um objetivo sério que o justifique. Se for para nossa edificação e instrução, as revelações serão verdadeiras e, nesse caso, feitas quase sempre espontaneamente e de modo inteiramente imprevisto. Ele, porém, não o permite nunca para satisfação de vã curiosidade. (O Livro dos Médiuns, item 290.)

138. Os Espíritos podem descrever a natureza de seus sofrimentos ou de sua felicidade?

Perfeitamente, e as revelações desta espécie são um grande ensinamento para todos nós, porquanto nos mostram a verdadeira natureza das penas e recompensas futuras. Destruindo as falsas ideias que o homem formou a tal respeito, elas tendem a reanimar a fé e a confiança na bondade de Deus. Os bons Espíritos sentem-se felizes em descrever a felicidade dos eleitos; os maus podem ser constrangidos a descrever seus sofrimentos, a fim de que o arrependimento os ganhe. Nisso encontram, às vezes, até uma espécie de alívio: é o desgraçado que se lamenta, na esperança de obter compaixão. (Obra citada, item 292.)

139. Os Espíritos podem ajudar-nos a descobrir tesouros?

Os Espíritos Superiores não se ocupam com essas coisas; mas os zombeteiros frequentemente indicam tesouros que não existem, ou se comprazem em apontá-los num lugar, quando eles se acham em lugar oposto. Isso tem a sua utilidade, para mostrar que a verdadeira riqueza está no trabalho. Se a Providência destina tesouros ocultos a alguém, esse os achará naturalmente; de outra forma, não. (Obra citada, item 295.)

140. Podem os Espíritos guiar os homens nas pesquisas científicas e nas descobertas?

A ciência é obra do gênio e só pelo trabalho deve ser adquirida, pois é pelo trabalho que o homem se adianta no seu caminho. Que mérito teria ele se não lhe fosse preciso mais do que interrogar os Espíritos para saber tudo? A esse preço, qualquer pessoa poderia tornar-se sábia. O mesmo se dá com as invenções e descobertas que interessam à indústria. Há ainda uma outra consideração. É que cada coisa tem que vir a seu tempo e quando as ideias estão maduras para a receber. Se o homem dispusesse desse poder, subverteria a ordem das coisas, fazendo com que os frutos brotassem antes da estação própria. (Obra citada, item 294, pergunta 28.)

141. O sábio e o inventor, então, nunca são assistidos em suas pesquisas pelos Espíritos?

Claro que sim. Quando chega o tempo de uma descoberta, os Espíritos encarregados de lhe dirigir a marcha procuram o homem capaz de a levar a efeito e lhe inspiram as ideias necessárias, mas de maneira a lhe deixar todo o mérito da obra, porquanto é preciso que o homem as elabore e ponha em execução. O mesmo se dá com todos os grandes trabalhos da inteligência humana. Os Espíritos deixam cada homem na sua esfera. Daquele que só é apto a cavar a terra, não farão depositário dos segredos de Deus; mas sabem tirar da obscuridade aquele que seja capaz de lhes secundar os desígnios. (Obra citada, item 294, pergunta 29.)

142. Se uma pessoa, ao morrer, deixou embaraçados seus negócios, pode-se pedir a seu Espírito que ajude a desembaraçá-los?

Não podemos esquecer que a morte é a libertação dos cuidados terrenos. O Espírito, ditoso com a liberdade de que goza, não vem de boa vontade retomar a cadeia de que se livrou e ocupar-se com coisas que já não o interessam, apenas para satisfazer a cupidez de seus herdeiros. Além disso, os embaraços em que às vezes a morte de uma pessoa deixa seus herdeiros fazem parte das provas da vida, e no poder de nenhum Espírito está a possibilidade de libertar-nos delas, porque se acham compreendidas nos decretos de Deus. (Obra citada, item 291, pergunta 20.)

143. Podem os Espíritos dar conselhos relativos à saúde?

A saúde é uma condição necessária para o trabalho que se deve executar na Terra, pelo que os Espíritos se ocupam de boa vontade com ela. Mas, como há ignorantes e sábios entre eles, convém que, para isso, como para qualquer outra coisa, ninguém se dirija ao primeiro que apareça. (Obra citada, item 293.)

144. Que confiança se pode depositar nas descrições que os Espíritos fazem dos diferentes mundos?

Depende do grau de adiantamento real dos Espíritos que dão essas descrições, pois devemos compreender que Espíritos vulgares são tão capazes de nos informar a esse respeito quanto o é, entre nós, um ignorante de descrever todos os países da Terra. Os bons Espíritos se comprazem em descrever-nos os mundos que eles habitam, como ensino tendente a nos melhorar, induzindo-nos a seguir o caminho que nos pode conduzir a esses mundos. Para verificar a exatidão dessas descrições, o melhor meio reside na concordância que haja entre elas. Deve-se ter em vista, porém, que semelhantes descrições têm por fim o nosso melhoramento moral e que é, por conseguinte, sobre o estado moral dos habitantes dos outros mundos que poderemos ser mais bem informados, e não sobre o estado físico ou geológico de tais esferas. (Obra citada, item 296)

 

 

Observação: Para acessar a Parte 17 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/o-livro-dos-mediuns-allan-kardec-parte_8.html

 

 

 

 

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