segunda-feira, 12 de outubro de 2020



Nos Bastidores da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 2

 

Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Nos Bastidores da Obsessão”, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL e, em seguida, no verbete "Nos Bastidores da Obsessão”.

Eis as questões de hoje:

 

9. Quais os fatores predisponentes da obsessão? 

Em toda obsessão, o encarnado conduz em si mesmo os fatores predisponentes e preponderantes que facultam a alienação: os débitos morais a resgatar. Ao encontrar sua vítima, ele sente o espicaçar do remorso e abre as comportas do pensamento aos comunicados que logo advirão, sem que se possa prever quando terminará a obsessão, que pode alongar-se mesmo depois da morte. Daí a importância dos esforços que o enfermo deve fazer para renovar-se intimamente, visto que sua libertação depende muito dele mesmo. (Nos Bastidores da Obsessão, Examinando a obsessão, págs. 30 a 32.)

10. Como devem ser tratados os processos obsessivos? 

O tratamento varia de acordo com o caráter que a obsessão reveste. Várias providências são importantes na terapia da obsessão: alta dose de renúncia e abnegação dos que se oferecem e se dedicam a esse mister; conduta moral elevada dos envolvidos; oração sincera e fervorosa; modificação radical de comportamento do obsidiado; assistência médica por causa do desgaste orgânico e psíquico do enfermo; ajuda dos Espíritos superiores; passes magnéticos. A assepsia moral do enfermo, a reeducação da sua vontade, a prática da oração, num verdadeiro programa evangélico bem disciplinado, edificam uma cidadela moral de defesa em volta do indivíduo. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 24 a 27.)

11. A oração é importante no tratamento da obsessão?

Sim. Além disso, é ela, segundo Kardec, o mais poderoso meio de que dispomos para demover o obsessor de seus propósitos. Assim, em qualquer operação socorrista, é preciso que o cooperador observe a disposição moral do seu próprio Espírito e ore pedindo a Jesus a ajuda dos Espíritos elevados, por meio dos quais, e somente assim, poderá ser oferecido algo em favor de obsessores e obsidiados. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 32 e 33.)

12. Pode haver obsessão de encarnados sobre encarnados?

Pode. São variados os tipos de obsessão: de desencarnados sobre encarnados; de encarnados sobre desencarnados; de encarnados sobre encarnados. O ódio tanto quanto o amor desvairado constituem os elementos matrizes dessas obsessões especiais. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 34 a 36.)

13. Que postura se deve adotar ante os obsessores?

Quando tivermos o ensejo de falar com essas mentes em desalinho, tratemo-las com amor e compreensão, ajudando-as quanto possível com a humildade e a renúncia. O obsessor não é apenas o instrumento da justiça superior que dele se utiliza, mas também Espírito profundamente enfermo e infeliz, carecente da terapêutica do amor e do esclarecimento para a sublimação de si mesmo. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 36 a 39.)

14. Com relação ao obsidiado, qual deve ser a terapia espírita? 

A terapia espírita é a do convite ao enfermo para a responsabilidade, conclamando-o a uma autoanálise honesta, de modo a que ele possa romper em definitivo com suas imperfeições. Perante os obsidiados aplique a paciência e a compreensão, a caridade da boa palavra e do passe, o gesto de simpatia e a cordialidade; mas, a pretexto de bondade, não concorde com o erro a que ele se afervora, nem com a preguiça mental em que se compraz ou mesmo com a rebeldia constante em que se encarcera. Ajude-o, porém insista para que ele se ajude. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 39 a 41.) 

15. Quais os requisitos essenciais de uma reunião espírita? 

Os requisitos essenciais de uma reunião séria são as intenções, o ambiente, os componentes, os médiuns e os doutrinadores. As reuniões espíritas de qualquer natureza devem revestir-se do caráter elevado da seriedade e nelas não podem faltar o esforço, a pontualidade, o sacrifício e a perseverança dos seus membros. (Obra citada, in Examinando a obsessão, págs. 44 a 47.)

16. Quem constituía na família Soares o problema maior? 

O maior problema na família era Mateus, marido de Dona Rosa, visto que, invigilante e descuidado dos deveres do lar, permanecia ligado psiquicamente a vigorosos sicários desencarnados que o perseguiam sem trégua. Ele fora seduzido por seus perseguidores, desde cedo, a desenfreada jogatina, com o que esperavam matá-lo, através de uma surtida policial no antro do jogo. Por isso, embora as dificuldades financeiras e os seis filhos necessitados de amparo e orientação, Mateus deixava-se ficar, noites a fio, entre a expectativa do ganho fácil. (Obra citada, cap. 1, pp. 51 a 53.)

 

 

Observação:

Para acessar a 1ª Parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/nos-bastidoresda-obsessao-manoel.html

 

 

   

 

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