Nos Bastidores
da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 2
Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Nos Bastidores da Obsessão”, para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Nos Bastidores da Obsessão”.
Eis as questões de hoje:
9. Quais os
fatores predisponentes da obsessão?
Em toda obsessão, o encarnado conduz em si mesmo os fatores
predisponentes e preponderantes que facultam a alienação: os débitos morais a
resgatar. Ao encontrar sua vítima, ele sente o espicaçar do remorso e abre as
comportas do pensamento aos comunicados que logo advirão, sem que se possa
prever quando terminará a obsessão, que pode alongar-se mesmo depois da morte.
Daí a importância dos esforços que o enfermo deve fazer para renovar-se
intimamente, visto que sua libertação depende muito dele mesmo. (Nos Bastidores da Obsessão, Examinando a
obsessão, págs. 30 a 32.)
10. Como devem
ser tratados os processos obsessivos?
O tratamento varia de acordo com o caráter que a obsessão
reveste. Várias providências são importantes na terapia da obsessão: alta dose
de renúncia e abnegação dos que se oferecem e se dedicam a esse mister; conduta
moral elevada dos envolvidos; oração sincera e fervorosa; modificação radical
de comportamento do obsidiado; assistência médica por causa do desgaste
orgânico e psíquico do enfermo; ajuda dos Espíritos superiores; passes
magnéticos. A assepsia moral do enfermo, a reeducação da sua vontade, a prática
da oração, num verdadeiro programa evangélico bem disciplinado, edificam uma
cidadela moral de defesa em volta do indivíduo. (Obra citada, Examinando a
obsessão, págs. 24 a 27.)
11. A oração é
importante no tratamento da obsessão?
Sim. Além disso, é ela, segundo Kardec, o mais poderoso meio
de que dispomos para demover o obsessor de seus propósitos. Assim, em qualquer
operação socorrista, é preciso que o cooperador observe a disposição moral do
seu próprio Espírito e ore pedindo a Jesus a ajuda dos Espíritos elevados, por
meio dos quais, e somente assim, poderá ser oferecido algo em favor de
obsessores e obsidiados. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 32 e 33.)
12. Pode haver
obsessão de encarnados sobre encarnados?
Pode. São variados os tipos de obsessão: de desencarnados
sobre encarnados; de encarnados sobre desencarnados; de encarnados sobre
encarnados. O ódio tanto quanto o amor desvairado constituem os elementos
matrizes dessas obsessões especiais. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs.
34 a 36.)
13. Que postura
se deve adotar ante os obsessores?
Quando tivermos o ensejo de falar com essas mentes em
desalinho, tratemo-las com amor e compreensão, ajudando-as quanto possível com
a humildade e a renúncia. O obsessor não é apenas o instrumento da justiça
superior que dele se utiliza, mas também Espírito profundamente enfermo e
infeliz, carecente da terapêutica do amor e do esclarecimento para a sublimação
de si mesmo. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 36 a 39.)
14. Com relação
ao obsidiado, qual deve ser a terapia espírita?
A terapia espírita é a do convite ao enfermo para a
responsabilidade, conclamando-o a uma autoanálise honesta, de modo a que ele
possa romper em definitivo com suas imperfeições. Perante os obsidiados aplique
a paciência e a compreensão, a caridade da boa palavra e do passe, o gesto de
simpatia e a cordialidade; mas, a pretexto de bondade, não concorde com o erro
a que ele se afervora, nem com a preguiça mental em que se compraz ou mesmo com
a rebeldia constante em que se encarcera. Ajude-o, porém insista para que ele
se ajude. (Obra citada, Examinando a obsessão, págs. 39 a 41.)
15. Quais os
requisitos essenciais de uma reunião espírita?
Os requisitos essenciais de uma reunião séria são as
intenções, o ambiente, os componentes, os médiuns e os doutrinadores. As
reuniões espíritas de qualquer natureza devem revestir-se do caráter elevado da
seriedade e nelas não podem faltar o esforço, a pontualidade, o sacrifício e a
perseverança dos seus membros. (Obra citada, in Examinando a obsessão, págs. 44
a 47.)
16. Quem
constituía na família Soares o problema maior?
O maior problema na família era Mateus, marido de Dona Rosa,
visto que, invigilante e descuidado dos deveres do lar, permanecia ligado
psiquicamente a vigorosos sicários desencarnados que o perseguiam sem trégua.
Ele fora seduzido por seus perseguidores, desde cedo, a desenfreada jogatina,
com o que esperavam matá-lo, através de uma surtida policial no antro do jogo.
Por isso, embora as dificuldades financeiras e os seis filhos necessitados de
amparo e orientação, Mateus deixava-se ficar, noites a fio, entre a expectativa
do ganho fácil. (Obra citada, cap. 1, pp. 51 a 53.)
Observação:
Para acessar a 1ª Parte deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/nos-bastidoresda-obsessao-manoel.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário