Painéis da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 6
Prosseguimos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Painéis
da Obsessão”.
Eis as questões de hoje:
41. Por que no caso de Marcondes, apesar das preces das
religiosas que o cercavam, não havia paz nem esperança?
A conduta que
Marcondes tivera no mundo, eis a causa principal. Espíritos de péssima
procedência o rodeavam. Alguns lhe eram adversários pessoais, desde vidas
anteriores; outros foram adquiridos na presente reencarnação, e outros, ainda,
eram simpatizantes e amigos daqueles a quem o fazendeiro prejudicara mais
recentemente. É que, embora dispusesse de meios valiosos para gerar simpatia e
bem-estar, preferiu Marcondes a caminhada solitária do egoísmo, calcando sob os
pés as oportunidades que negara ao seu próximo. Semeador de males inúmeros,
colhia agora os primeiros frutos amargos de sua plantação. A alucinação que
dele se apossou fê-lo afastar-se de Deus e de qualquer sentimento religioso,
divorciando-se das bênçãos da fé, que constitui lenitivo seguro nesses
momentos. (Painéis da Obsessão, cap.
17, pp. 136 e 137.)
42. Pode a obsessão dar origem a doenças orgânicas diversas?
Sim. O caso de
Marcondes era exemplo disso. Com a intensificação do processo obsessivo,
produziam-se nele inevitáveis choques vibratórios que, ao largo do tempo,
tiveram as primeiras brechas, em razão da intensidade com que eram emitidos
seus pensamentos destrutivos, alimentados pela fúria das suas vítimas, no lar e
fora dele, somando força devastadora. Lentamente as sucessivas ondas
prejudiciais alcançaram-lhe os equipamentos orgânicos, desarticulando as
defesas imunológicas que foram vencidas, degenerando células e dando início à
irrupção do bacilo de Koch. Há casos em que a incidência do pensamento
maléfico, aceito pela mente culpada, destrambelha a intimidade da célula,
interferindo no seu núcleo, acelerando sua reprodução e dando gênese a
neoplasias e cânceres de variadas expressões. (Obra citada, cap. 17, pág. 138.)
43. Cultivar pensamentos positivos ajuda as pessoas a manter
a saúde equilibrada?
Obviamente. Há
enfermidades de diferentes procedências que se instalam sob a contribuição da
conduta mental dos próprios pacientes, dando margem a fenômenos de
autodestruição a curto ou largo prazo, de desarticulação das defesas psíquicas
e orgânicas, quando irrompem problemas graves na área da saúde, com muitas
dificuldades para uma diagnose correta, quanto para uma terapêutica segura. O
homem é, intrinsecamente, resultado daquilo que pensa, sendo esse seu mecanismo
mental a consequência de suas experiências pregressas, em outras reencarnações,
o que motiva as fixações, as preferências e os ideais sustentados. É, pois, de
mais alto valor o cultivo sistemático dos pensamentos positivos, das ideias
enobrecedoras, da conversação edificante, das aspirações otimistas, que facultam
a renovação das paisagens íntimas e a substituição dos clichês infelizes,
propiciadores de doenças, de turbações do raciocínio, de desajustes de todo
tipo. (Obra citada, cap. 17, pp. 139 e 140.)
44. Como devemos entender o fenômeno da morte?
Manoel Philomeno
diz, ao falar sobre o tema vampirismo, que a morte é somente mudança de traje,
sem o descartar das roupagens fluídicas, que condensam a matéria.
"Rompem-se e desgastam-se os aparatos externos, conquanto permaneçam as
matrizes fomentadoras das suas formas, mantendo a camada envolvente do Espírito
que, no caso de viver experiências grosseiras, favorece a demorada subjugação
vampirizadora." (Obra citada, cap. 18, pp. 146 e 147.)
45. Que reação teve Maurício ao ser apresentado à doutrina
espírita?
Ele ficou
sensibilizado pelo que ouvira e parecia despertar para uma realidade nova,
porque agora tudo lhe parecia claro, familiar, simples, de tal forma que se
interrogava como lhe fora possível viver até aquele momento sem a identificação
com esses conceitos e ideias. Um súbito entusiasmo pela vida lhe assomou, dominando-lhe
o Espírito, e ele prometeu dar sua existência e dedicar-se por inteiro a essa
Revelação que se lhe apresentava maravilhosa e confortadora. (Obra citada, cap.
19, pp. 154 a 156.)
46. Que devemos aconselhar a um neófito que deseja tornar-se
espírita?
Maurício fez ao
palestrante uma pergunta parecida: "Que deverei fazer para tornar-me um
espírita?" O palestrante sorriu e respondeu, entusiasmado: "A verdade
não é patrimônio de indivíduos nem de grupos. Tem caráter universal. É a mesma
em toda parte e em todos os tempos, variando na forma, no vestuário, com que se
apresenta para ser oferecida aos homens. O Espiritismo é uma doutrina perfeita
na sua estruturação científica, filosófica e religiosa, tendo muito a ver com
os diversos ramos do conhecimento, que aclara, já que investiga as causas,
enquanto a Ciência ainda examina os seus efeitos. A sua fonte de inexaurível
orientação são os livros que Allan Kardec publicou, devendo o neófito adentrar-se
no exame e estudo da Doutrina, propriamente dita, através de O Livro dos Espíritos, compêndio que
responde às mais diversas questões complexas e embaraçosas do pensamento,
propondo soluções aos enigmas das ciências da alma bem como dos conflitos da fé
que tanto têm atormentado religiosos honestos ou não, que se debatem em dúvidas
afligentes". Dito isso, o palestrante acrescentou: "Busque sempre
elaborar um programa de renovação, mergulhando a mente e o sentimento nos conceitos
superiores do Espiritismo, que lhe facultará o encontro com você próprio,
colorindo sua vida com esperança e proporcionando-lhe paz". (Obra citada,
cap. 19, pp. 154 a 156.)
47. Que efeitos imediatos se observam quando são tomadas as
primeiras providências para a terapia desobsessiva?
Conforme o caso,
dois costumam ser esses efeitos: 1º) a revolta do inimigo, que muda a técnica
da agressão, reformulando a sua programática perseguidora, atacando mais ainda
a presa com o objetivo de desanimá-la; 2º) o obsessor enseja uma falsa
concessão de liberdade, isto é, afrouxa o cerco, antes pertinaz, permanecendo,
porém, em vigília, aguardando oportunidade para desferir um assalto fatal, no
qual triunfem seus planos infelizes.
Na primeira
hipótese, a vítima, não adestrada no conhecimento da desobsessão, porque se
sente piorar, planeja abandonar o procedimento novo, o que, às vezes, realiza,
permitindo à astuta Entidade liberá-lo, momentaneamente, das sensações
constritoras para o surpreender, mais tarde, quando suas reservas de forças
sejam menores.
No segundo caso,
sentindo-se menos opresso, o obsidiado se crê desobrigado dos novos
compromissos e volve às atitudes vulgares de antes, tombando, posteriormente,
na urdidura hábil do seu vigilante carcereiro espiritual. (Obra citada, cap. 20,
pp. 157 e 158.)
48. É correto afirmar que todo obsidiado de hoje foi o algoz
de ontem?
Na obsessão motivada
por vingança, sim. Segundo Irmã Angélica, o obsidiado de hoje é o algoz de
ontem que passou sem a conveniente correção moral, ora tombando na maldade que
ele próprio cultivou. (Obra citada, cap. 20, pp. 158 e 159.)
Observação:
Para acessar a parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/07/paineis-da-obsessao-manoel-philomeno-de_19.html
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