A
delicadeza ao tocar
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Se
soubéssemos como é sério tocar o outro coração teríamos mais cuidado, amor e
responsabilidade. Há situações ou palavras que curam ou, então, matam seres,
quando ainda há outras que se não acabam ferem tão profundamente.
Como as
bolhinhas de espuma da onda do mar, quando tocadas com delicadeza, tornam-se
pequenos brilhantes vivos e parecem saltitar, felizes, em nossa mão. Quando
essas mesmas bolhinhas tocadas grosseiramente, sufocam-se e deixam de existir,
tornam-se amedrontadas e escondem-se ou fingem-se sem vida. Pobres criaturas
brilhantes.
Assim
como deseja ser tratado, o coração deveria tratar. Não se vê com frequência que
alguém tenha preferido a humilhação, o desrespeito. Em são comportamento, isso
não se observa, pois bem, o comportamento com o outro também deve ser de
natureza semelhante.
Algo
valoroso é não criar esperanças se não puder cumpri-las e, sim, avaliá-las
antes, pois, tantas vezes, o outro coração aguarda-as tão naturalmente. Também
aproximar-se apenas quando estiver mais seguro de querer e deixar-se conhecer;
normalmente, o coração se encanta mais rápido do que o andamento da razão.
A
criatura carrega o seu universo, traz a sua melancolia, suas singelas alegrias,
suas muitas dores, seus arrependimentos, seus sonhos. O coração é tudo o que já
viveu e o que necessita e deseja viver. Bem como uma criança indefesa ou uma
doce flor, todo coração precisa ser cuidado. Tudo o que é valioso é delicado.
Quando nos dirigirmos a alguém observemos o nosso tom de voz, as palavras
utilizadas e nos ouçamos. Se isso não nos ferir, possivelmente não ferirá a
outra criatura.
A
espuma de brilhantes das ondas do mar, também as primorosas flores
dentes-de-leão, as flores em si, as crianças, as nuvens, os corações são
delicados demais e quando tocados bruscamente perdem sua forma e podem deixar
de existir.
Quando
tocarmos outro coração sejamos inofensivos e mais doces e perceberemos que as
coloridas borboletas estarão mais próximas de nós.
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