As flores sempre serão
flores
(Mas o rei não será sempre rei)
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Nenhum
pássaro canta, feliz, numa gaiola. Talvez essas grades tenham sido criadas para
o próprio homem (reprimir seus tamanhos desejos desatinados), porém este ainda
se regozija de limitar quem já conquistou o horizonte e insiste em intimidar a
criatura mais leve e sensível. O homem velho precisa renovar-se. Há de lembrar
que tudo se movimenta e toda atitude gera resultado. Desde criança, sabemos que
a gangorra ora está embaixo, ora, em cima. Pode-se mudar de lado, no entanto o
mesmo movimento ocorrerá. Nada se perpetua; tudo se renova. Nada é estático. E
o opressor estará, um dia, sob os olhos do oprimido.
Quem
conhece mais sobre os valores da vida não precisa falar alto a fim de impor-se,
mas conversa suavemente, pois sabe que a verdade é calma e absoluta. Se alguém
o interrompe com outras ideias, o homem sábio também passa a ouvir as novas
palavras porque não há tanto que tudo saiba nem pouco que nada ensine.
A
humildade conduz o homem a uma movimentação tranquila e venturosa no Universo e
as estrelas passam a reconhecê-lo também pelo brilho. E os semelhantes se
aproximam.
“E
daquela água nunca beberei”, talvez aquela água seja a única a matar a sede e a
manter a vida. Tudo passa e se renova e também pode voltar. Todos estão sob a
mesma lei divina; o caminho a seguir dependerá somente do livre-arbítrio, nada
mais.
Como
somos seres em desenvolvimento, a compreensão do bom senso e da transitoriedade
é início determinante para o progresso, pois o rei já foi plebeu e o homem
simples teve seu reinado por até anos seguidos. A arrogância sempre cultivou
criaturas inconvenientes que tanto sofrem a sua própria imperfeição
egocêntrica.
Não é
tempo de parar nem de muito se adiantar e nunca será tempo de humilhar, pois
uma notável regra universal é a de que tudo o que é lançado ao mundo este o
devolverá.
Se
houver alegria que seja, então, valorizada e se houver dor, sem desespero, pois
tudo passa, menos a grandiosidade do Pai. O que já atingiu a elevação do amor
não é mais transitório, mas, sim, eterno.
E
seguimos.
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