Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 8
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
57. Que podemos esperar dos descalabros morais que se
verificam ainda com grande intensidade na Terra?
Muitas e aflitivas
dores. Os descalabros morais em nosso orbe são crescentes e, associados à
volumosa onda de violência que estarrece, ameaçam todas as construções éticas e
civilizadas das gerações passadas, prenunciando uma fase de grande renovação da
Humanidade terrena, através da dor. O esquecimento propositado das estruturas
éticas tem facilitado, segundo Manoel P. de Miranda, a morte de nobres
conquistas humanas através dos séculos: a monogamia, a família, o amor aos
filhos e a recíproca dos filhos para com os pais, o respeito ao próximo e o
equilíbrio sexual. “Os ventos do desespero e da anarquia sopram em todas as
direções, ameaçando de destruição tudo quanto encontram.” (Trilhas da Libertação. Diálogos Esclarecedores, pp. 158 e 159.)
58. É correto dizer que a mediunidade, em sua expressão
orgânica, é faculdade do Espírito?
Sim. É faculdade do
Espírito, que se veste de células para permitir a exteriorização dos fenômenos
de origem espiritual. E sua educação exige, entre outros fatores, a
interiorização do indivíduo, silenciando tormentos, para melhor perceber, na
interação mente-corpo, o que acontece à sua volta. Sem o equilíbrio psicofísico
mui dificilmente se captam corretamente as paisagens e a vida fora da matéria.
(Obra citada. Prejuízos e Conquistas Espirituais, pp. 164 e 165.)
59. Chegará um dia em que a faculdade mediúnica se tornará
generalizada na Terra e admitida como um novo sentido, não mais como uma
faculdade paranormal?
Sim. À medida que o
homem e a mulher deem atenção às suas faculdades psíquicas, desenvolvendo-as
com cuidado e atenção, desdobrá-las-ão, favorecendo-se para o futuro, quando a
mediunidade deixará de ser classificada no âmbito da paranormalidade, para se fixar
como um sexto sentido, qual a denominou o professor Charles Richet. (Obra
citada. Prejuízos e Conquistas Espirituais, pp. 164 e 165.)
60. No chamado culto do Evangelho no lar é comum a
participação de entidades desencarnadas?
Sim. É o que
acontece no culto evangélico realizado aos domingos no lar de Ernestina, onde
Manoel P. de Miranda e Fernando estavam hospedados. Nele, quase uma centena de
Espíritos se faziam presentes, ao lado de encarnados cujo número não passava de
20. Alguns vinham para ajudar e um grande número, sob o amparo de familiares
zelosos, ali chegava para beneficiar-se com a psicosfera reinante, ouvir os
estudos e receber as vibrações de paz e ânimo, que são inerentes a esse tipo de
prática. (Obra citada. Prejuízos e Conquistas Espirituais, pp. 165 a 168.)
61. Para que a dor desapareça de nossa vida, qual é o
recurso?
Muitas pessoas
aguardam que os governos resolvam os magnos problemas das aflições e esperam
para isso soluções legais, sem dar-se conta daquelas de natureza emocional.
Para que a dor desapareça, o único recurso é, porém, a transformação moral do
ser para melhor, ensejando dessa forma a reforma dos estatutos que mantêm as
injustiças sociais e os conflitos que advêm das reencarnações passadas. Tal é o
pensamento exposto nesta obra pelo dr. Carneiro de Campos, que diz que atacar
apenas os efeitos é medida improfícua e até prejudicial. “Todo o esforço pelo
progresso e pela felicidade – assevera o benfeitor – deve concentrar-se nas
causas, portanto na criatura em processo de evolução, promovendo-a,
equilibrando-a.” (Obra citada. Alcoolismo e Obsessão, pp. 170 e 171.)
62. Como o dr. Carneiro de Campos classifica o alcoolismo?
Sobre essa questão,
afirma o conhecido benfeitor: “O alcoolismo é um dos maiores inimigos da
criatura humana. É de lamentar-se que o seu uso seja tão generalizado e,
infelizmente, haja adquirido status na sociedade. As reuniões, as celebrações e
festividades outras sempre se fazem acompanhar de bebidas alcoólicas,
responsáveis por incontáveis danos ao organismo humano, à sociedade. Acidentes
terríveis, agressões absurdas, atitudes ignóbeis decorrem do seu uso, além dos
vários prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que acarretam”. Lembrando que
verdadeiras legiões de pessoas sofrem no mundo as terríveis consequências do
alcoolismo, o Mentor asseverou: “O alcoolismo, ou dependência do uso exagerado
de bebidas alcoólicas, constitui-se um grave problema médico, em face dos danos
que causa ao organismo do indivíduo e ao grupo social no qual este se
movimenta. A sua gravidade pode ser considerada pelo número dos internados em
hospitais psiquiátricos com desequilíbrios expressivos. As recidivas, após o
cuidadoso tratamento, são numerosas, não se considerando que as suas vítimas
ultrapassam em grande número as outras toxicomanias”. (Obra citada. Alcoolismo
e Obsessão, pp. 172 a 174.)
63. O alcoolismo é uma enfermidade que exige tratamento
psiquiátrico?
Sim. Na concepção do
dr. Carneiro de Campos, o alcoolismo exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. E
ele nos lembra que o alcoólatra, ao desencarnar, permanece vitimado pelos
vícios e quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis na Terra, delas
se utilizando em processo obsessivo para dar prosseguimento ao infame consumo
do álcool, aspirando-lhe agora os vapores e beneficiando-se da ingestão
realizada pelo seu parceiro-vítima, que mais rapidamente se exaure. Em vista
disso, torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida convenientemente,
considerando-se a perfeita identificação de interesses e prazeres entre o
hóspede e seu anfitrião. (Obra citada. Alcoolismo e Obsessão, pp. 174 e 175.)
64. A Terra é uma escola de bênçãos ou uma oficina de
reparos?
Embora seja ainda um
planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos
a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos.
E é ainda oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à
disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social, não podendo
esquecer-nos de que constitui também cárcere para os rebeldes e os violentos,
que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de
limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram no
passado. (Obra citada. Cilada Perversa, pp. 179 e 180.)
Observação:
Para acessar a parte 7 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/04/blog-post_11.html
Como
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