domingo, 12 de junho de 2022

 



Das crises que enfrentamos, qual a mais séria?

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

De Londrina-PR

 

O vocábulo “crise” tanto pode designar uma conjuntura ou momento perigoso, difícil ou decisivo, como a falta de alguma coisa considerada importante, como por exemplo crise de emprego, crise de responsabilidade, crise de valores.

O Brasil, e não apenas o Brasil, depara-se com vários tipos de crise. O altíssimo índice do desemprego é uma delas e, certamente, uma das mais sérias. Outra é a chamada crise moral, cuja solução – dada a sua abrangência – não é nada fácil.

Não é fácil porque a crise de valores morais extrapola as fronteiras do País, não importa que o lugar seja um país do Primeiro Mundo ou do Terceiro, pois o homem é sempre o mesmo, onde quer que viva, fato que não causa surpresa alguma aos espiritistas, que sabem que os traços fisionômicos, a bolsa recheada ou a cor da pele nada têm a ver com a condição evolutiva do Espírito reencarnado.

Planeta de provas e expiações, é natural que na Terra reencarnem indivíduos moralmente complicados e endividados. Nossos erros e vacilações do passado têm sido numerosos, o que faz com que, ao lado de pessoas honestas e sinceras, se encontrem no mundo indivíduos desonestos e venais.

Entendemos, no entanto, que já passou a hora da mudança e que não é possível que em pleno Terceiro Milênio, dois mil anos depois do advento do Cristo, até para ingressar numa faculdade as pessoas se valham de métodos que há muito deveriam ter sido extirpados da sociedade em que vivemos.

Não podemos, todavia, ter ilusões quanto a isso, porque a crise de valores, diferentemente da crise econômica, demanda tempo e boa vontade para ser superada, pois ela diz respeito à própria concepção que temos da vida. Se essa concepção é de fundo materialista, nada mais natural que as coisas continuem como são. Outro, no entanto, deveria ser o comportamento dos que se dizem adeptos do Cristianismo.

De que vale ao homem ganhar o mundo e perder a si mesmo? – perguntou Jesus há mais de dois mil anos, mostrando-nos que a ética cristã não se concilia com a fraude, a corrupção, os desmandos e a má administração dos recursos públicos.

As religiões bem que poderiam abrir os olhos aos que nisso se comprazem, mostrando-lhes que eles se enganam e que seu sucesso será, diferentemente do que imaginam, vão, enganoso e muito curto. Afinal, que representa uma existência de 80 anos comparada à vida imortal de um Espírito?

Certamente, isso não será suficiente para pôr fim a esse estado de coisas que se arrasta e se avoluma. Mas constituirá um bom começo, a que os espiritistas não podem faltar, confiantes no reconhecido poder moralizador do Consolador prometido por Jesus e na clareza de sua mensagem.

 

 

 

  

 

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