Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de
Miranda
Parte 1
Iniciamos hoje neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo será
publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
1. Qual é o objetivo principal da obra Tormentos da Obsessão?
Seu principal objetivo é iluminar a nossa consciência e
servir, ao mesmo tempo, como um brado de alerta aos companheiros da trilha
física, para que não nos descuidemos dos deveres que nos dizem respeito em
relação a Deus, ao próximo e a nós mesmos. A vida sempre convoca à reparação
todo aquele que se compromete perturbando-lhe os estatutos superiores. Ninguém
que defraude a ordem deixará de sofrer a consequência da atitude irrefletida.
Cada ser humano conduz no imo a cruz para o sofrimento ou a transforma em
instrumento de ascensão conforme se comporte durante o périplo terreno. (Tormentos da Obsessão - Introdução.)
2. Qual é a razão dos
sofrimentos que acometem os Espíritos depois de haverem deixado, por força da
morte, o corpo material?
Os sofrimentos que surpreendem os Espíritos após
desvestirem-se da roupagem física são decorrência natural dos seus próprios
atos. Não se trata de punições severas impostas pela Divindade, mas de processo
natural de reparação. O Amor vige em tudo, facultando aos equivocados os
sublimes mecanismos para a reparação dos erros e a edificação no Bem, que se
encontra ao alcance de todos. (Obra citada.)
3. Que contém esta
obra?
Esta obra apresenta-nos a narração de várias vidas e suas
histórias reais. As experiências nela relatadas foram vivenciadas no Hospital
Esperança, situado na esfera espiritual, no qual se encontram internados
inúmeros irmãos falidos e comprometidos com o próximo, em lamentáveis estados
de perturbação, após haverem abandonado os compromissos nobres que substituíram
pela alucinação e pelo transtorno moral que se permitiram. Nesse Nosocômio
Espiritual encontram-se recolhidos especialmente pacientes que foram
espiritistas fracassados, os quais são ali tratados graças à magnanimidade do
benfeitor Eurípedes Barsanulfo, que o ergueu. (Obra citada.)
4. Quem pode, segundo
Allan Kardec, ser considerado verdadeiro espírita?
Aquele que pode ser qualificado de espírita verdadeiro e
sincero se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele
domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do
futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se
conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe
torna a fé. É de Kardec esta conhecida frase: “Reconhece-se o verdadeiro
espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para dominar
suas inclinações más.” (Obra citada.)
5. É correto dizer que
a obsessão pode ser considerada como choque de retorno da ação infeliz?
Sim. É exatamente assim que Manoel P. de Miranda
conceitua a obsessão, advertindo-nos que cada ser humano conduz no imo a cruz
para o sofrimento ou a transforma em instrumento de ascensão conforme se
comporte durante o périplo terreno. A obsessão é geralmente a consequência da
ação infeliz perpetrada contra alguém que enlouqueceu de dor e de revolta,
necessitando, por isso, de tratamento adequado e urgente. (Obra citada - Prefácio.)
6. Que espécies de
religiosos são atendidos pelo Nosocômio erguido por Eurípedes Barsanulfo?
Médiuns levianos, que desrespeitaram o mandato de que se
fizeram portadores; divulgadores descompromissados com a responsabilidade do
esclarecimento espiritual; servidores que malograram na execução de graves
tarefas da beneficência; escritores equipados de instrumentos culturais que
deveriam plasmar imagens dignificadoras e que descambaram para as discussões
estéreis e as agressões injustificáveis; corações que se responsabilizaram pela
edificação da honra em si mesmos, abraçando a fé renovadora, e delinquiram;
mercenários da caridade bela e pura; agentes da simonia no Cristianismo
restaurado – eis alguns dos Espíritos que ali se encontravam recolhidos quando
da elaboração da obra ora em estudo. (Obra citada - Cap. 1 – Erro e punição.)
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