A Vida no Outro Mundo
Cairbar Schutel
Parte 19
Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Este estudo será publicado neste blog
sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. Existem casas e edifícios no plano
espiritual?
B. Além das edificações, que dizem os
Espíritos acerca da natureza presente no plano espiritual?
C. Sobre a temperatura ambiente no
plano espiritual, que informação Cairbar Schutel registrou neste livro?
Texto para
leitura
242. Dissemos ao leitor que o Outro
Mundo deve ser algo de real, de positivo, pois não se poderia compreender a
Vida sem os acessórios necessários para a sua manifestação e também não
poderíamos admitir que houvesse um hiato na transição desta para a outra vida,
uma transição tão grande em que o homem chegasse a perder a noção de si mesmo
ou enlouquecesse com a mudança de estado absolutamente incompatível com sua
evolução, com seu grau de progresso moral e científico. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no
Mundo dos Espíritos.)
243. Com o intuito de corroborar
nossas asserções a respeito, julgamos de utilidade mencionar um escrito de Miss
Winifred Moyes, inserto num dos números de The
Greater World, revista inglesa de grande circulação e ótima orientação. Os
tópicos seguintes foram extraídos do texto escrito por Winifred Moyes. (Obra
citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
244. A ideia de salas (halls) de reuniões e templos de
instrução na vida futura é muito atrativa a certas pessoas. Entretanto, devemos
lembrar que o desejo de ‘casas’ e ‘salas’ de reuniões provém do fato de,
durante a vida terrena, termos necessidade de abrigos contra a inclemência do
tempo. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos
Espíritos.)
245. O nosso clima é responsável por
muitos dos nossos costumes e desejos arraigados. Sabemos que para estudar
‘aqui’ devemos estar salvaguardados de barulho e interrupção. Visualizando a
vida futura devemos lembrar que, quando passarmos à condição de Espírito, não
teremos as desvantagens que são boa parte das experiências na Terra. (Obra
citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
246. A alocução de Zodíaco(1) sobre o
‘Futuro Estado do Ser’ atraiu grande interesse, porém alguns leitores, em
correspondência, mostraram estranhar a ausência de referência a ‘casas’ e ‘salas
de reuniões’ para instrução. O simples fato de sentirem eles sua felicidade
aumentada com exposições, discursos e réplicas de coisas terrestres, significa
que essas estarão ao seu dispor enquanto tenham utilidade. (Obra citada – Cap.
XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
247. Muitos Espíritos que voltaram de
suas viagens astrais descreveram suas casas e também outros edifícios vistos.
As casas para convalescentes são uma necessidade real, como lugares de repouso
para os que passaram pela morte e necessitam de ‘tratamento’, pois,
frequentemente, as tristezas e provações da vida física deixam sua impressão no
perispírito. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos
Espíritos.)
248. Zodíaco explicou muito bem que as
coisas almejadas, mas nunca alcançadas na vida terrestre, estarão, na outra
vida, ao alcance dos filhos de Deus. Muitos homens e mulheres desejam um lar
todo seu onde possam viver sem interferência de estranhos. Quando ingressarem
no Além terão a morada dos seus sonhos. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de
Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
249. Mas surge a seguinte pergunta:
quando a mente da Terra for substituída pela mais elevada, quando a vista limitada
da Terra estiver esquecida na alegria da clara visão que então possuírem, serão
os seus desejos os mesmos de outrora? (Obra citada – Cap. XVII – Sala de
Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
250. Vários espíritos, relatando suas
experiências logo após a morte, descrevem suas condições como sendo as mais
altas concepções da beleza e da felicidade. Entretanto, passado algum tempo,
dizem: ‘As minhas ideias sobre a beleza e a felicidade são diferentes agora’.
Por isso Zodíaco nos previne a respeito da ideia de desejarmos isto ou aquilo
na próxima vida, porque a evolução do Espírito acarreta a perda do amor das
representações glorificadas e das coisas que nos deleitavam nesta vida. (Obra
citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
251. Todos os médiuns que viajaram
‘através das esferas’ falam das maravilhas que viram. Os oceanos, montanhas e
florestas excedem a todas as descrições, porque não existem paralelos na Terra.
(Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
252. A referência que faz o
evangelista João (Apocalipse, 21) às ruas de ouro puro tem feito pessoas
imaginativas pensar se será mais agradável andar em semelhantes ruas do que
sobre a grama macia. Parece, no entanto, que esse ‘fenômeno’ é um efeito
proveniente da ‘atmosfera’. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas
no Mundo dos Espíritos.)
253. Tudo estava banhado por um brilho
de ouro róseo, que foi atribuído ao ‘poder psíquico’. Diz a médium: “Parecia-me
estar sob um poderoso sol, mas o mesmo não queimava minha pele nem ofuscava
meus olhos. A temperatura era perfeitamente uniforme e eu estava consciente de
uma vitalidade nunca antes experimentada. Então houve uma admirável exuberância
de flores! Todas as cores pareciam misturadas em ‘glória’ e nunca esquecerei o
delicado verde das árvores e campos. Comparativamente, as cores que a natureza
terrestre nos apresenta pareciam desbotadas e manchadas. Vi que podia andar
sobre prados alcatifados de flores, que variavam de uma polegada a seis pés de
altura, sem magoar qualquer delas”. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões
e Casas no Mundo dos Espíritos.)
254. Ela olhou para uma floresta e
ficou admirada da capacidade, que lhe fora dada, de ver o cimo da mais alta
árvore, como até abaixo da Terra suas raízes; também parecia-lhe tão fácil ver
através de uma árvore, como o lado, que estava voltado para ela! Esse milagre
de ‘visão’ calou fundo em sua mente. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de
Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
255. O mar no mundo do Além tinha uma
beleza impossível de ser descrita. Diz a médium: “Eu sabia que me viria o
desejo de descrevê-lo, quando da minha volta ao corpo físico, e perguntei a meu
Espírito-Guia se eu deveria tentar achar uma analogia para comparação. Na palma
de minha mão vi uma enorme opala, a qual, sob a luz, esplendia numa variedade
de gloriosos raios multicores; mas, quando olhei para a mesma, concluí que era
só uma pálida representação das cores daquele inolvidável mar! Em cada segundo
eu aprendia, porém, pela ‘visão’. Aquelas doces palavras do Apóstolo Paulo, que
nos são familiares, voltaram à minha mente: ‘Os olhos não viram, nem os ouvidos
ouviram, nem penetrou no coração dos homens o que Deus preparou para aqueles
que o amam’.” (Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas no Mundo dos
Espíritos.)
(1) Nome do Espírito comunicante, que
se serviu da Srta. Winifred Moyes, médium de grande força espiritual.
Respostas às
questões preliminares
A. Existem casas e edifícios no plano espiritual?
Sim. A respeito do assunto, Cairbar
Schutel transcreveu nesta obra o relato feito pela médium Miss Winifred Moyes,
inserto num dos números de The Greater
World, revista inglesa de grande circulação e ótima orientação. Segundo a
médium, muitos Espíritos ao voltarem de suas viagens astrais descreveram casas
e edifícios que eles puderam ver. E existem também no plano espiritual casas
para convalescentes, que servem de lugares de repouso para os que passaram pela
morte e necessitam de ‘tratamento’, pois, frequentemente, as tristezas e
provações da vida física deixam sua impressão no perispírito. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XVII – Sala
de Reuniões e Casas no Mundo dos Espíritos.)
B. Além das edificações, que dizem os Espíritos acerca da
natureza presente no plano espiritual?
Todos os médiuns que viajaram ‘através
das esferas’ falam das maravilhas naturais por eles vistas. Os oceanos, as
montanhas e as florestas excedem a todas as descrições, porque não existem
paralelos disso na Terra. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e Casas
no Mundo dos Espíritos.)
C. Sobre a temperatura ambiente no plano espiritual, que
informação Cairbar Schutel registrou neste livro?
A esse respeito Cairbar registrou o
que disse a médium Miss Winifred Moyes, a saber: “Parecia-me estar sob um
poderoso sol, mas o mesmo não queimava minha pele nem ofuscava meus olhos. A
temperatura era perfeitamente uniforme e eu estava consciente de uma vitalidade
nunca antes experimentada. Então houve uma admirável exuberância de flores!
Todas as cores pareciam misturadas em ‘glória’ e nunca esquecerei o delicado
verde das árvores e campos”. (Obra citada – Cap. XVII – Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos Espíritos.)
Observação:
Para acessar a Parte 18 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/05/blog-post_27.html
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