A
reencarnação de Pedro na Itália e sua missão no Brasil
JORGE
LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De
Brasília, DF
Amigo
leitor, hoje tratarei de um assunto controverso, no meio espírita, como já
ocorreu com outro tema, cuja polêmica não desejo reacender... Trata-se da
reencarnação de Pedro na Úmbria, cidade da Itália, em 18 de agosto de 1886.
Aos
25 anos, Pedro herda imensa fortuna dos pais. Aos 45, cede toda essa riqueza
aos parentes mais próximos. Desejava seguir as palavras do Cristo com rigor:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e
onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça
nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mateus,
6:19- 21). Pedro opta, então, por viver do próprio trabalho, doando aos pobres
tudo o que julgasse supérfluo.
Diz
Clóvis Tavares, um dos seus biógrafos, na obra Grandes Mensagens,
capítulo 6, que o “Missionário da Era do Espírito” passa a vivenciar, por meio
de sua palavra e exemplo, o alicerce do “Evangelho do Cristo”. Emprega, para
isso, todas os esforços de sua alma e de sua inteligência.
Na
madrugada seguinte à doação dos bens herdados, Pedro caminhava sozinho pela
estrada de Colle Umberto, quando, perplexo e mudo, contemplou ao seu lado Jesus
e Francisco de Assis, que o acompanharam durante quase vinte minutos. Era a
demonstração de aprovação crística, junto com o Esposo da Pobreza, ao
ato de Pedro.
Isso
aconteceu em 1931, quando Pietro, em português, Pedro, aos 45 anos, publica a
obra Grandes mensagens, que antecederia outra, das 24 que escreveu: A
grande síntese, intuído por Sua Voz, que Ernesto Bozzano acreditou ser o
próprio Cristo.
A
partir do livro Profecias, todos os demais volumes da obra ubaldiana são
editados no Brasil, onde passou a morar. Neste livro, o médium intuitivo
italiano prevê sua desencarnação em 1971, o que de fato ocorreu. Ele veio para
cá em 1951 e, durante vinte anos, até o fim de sua existência, trabalhou e
terminou de escrever, na Pátria do Evangelho, sua obra ainda tão pouco
conhecida dos espíritas. Alguns destes, sem terem lido um só dos livros de
Ubaldi, rejeitam sua obra missionária.
Em
Grandes Mensagens, cap. 15, ele anuncia o advento da Civilização do
Terceiro Milênio e complementa: “Não nos importem as tempestades que
deverão preparar-lhe o aparecimento [...] a humanidade deve ressurgir no
espírito, no terceiro milênio”.
O
que me levou a dizer que Pietro Ubaldi poderia ter sido a reencarnação de
Pedro? Nada mais, nada menos do que a mensagem psicografada por Chico Xavier,
no dia 17 de agosto de 1951, em Pedro Leopoldo, quando ambos os médiuns se
encontraram pela primeira vez, e Chico Xavier fez essa revelação. Mas ninguém é
obrigado a crer nisso, nem em crer que o Cristo se comunicava com Pietro
Ubaldi, embora o modo dessa comunicação seja, como este mesmo afirmou,
intuitivo. Além disso, Francisco de Assis, que se acredita ser a reencarnação
de João, poderia ser o intermediário dessas mensagens, como também o Espírito
de Verdade intermediava o pensamento de Jesus.
A
mensagem psicografada por Chico, naquele dia, foi a de Francisco de Assis para
Pietro Ubaldi. Outra mensagem foi recebida simultaneamente pelo próprio Ubaldi,
assinada por Sua Voz que, como dissemos, Bozzano acreditava ser o próprio
Cristo.
No
texto recebido por Ubaldi, Sua Voz confirma o que o Espírito Humberto de Campos
afirmara, em 1938, pela psicografia de Chico Xavier: “O Brasil é verdadeiramente
a terra escolhida para berço desta nova e grande ideia que redimirá o mundo” (in:
Grandes Mensagens, 3ª parte, cap. 3).
Termino
com estas frases de Pietro, que não deixou de ser um apóstolo do Cristo, ainda
que não seja o apóstolo do Novo Testamento: “Recomendei e recomendo
sempre, principalmente àqueles que podem compreender-me melhor, que trabalhem
com espírito de amor e não de polêmica, que se ocupem sempre de construir e
jamais de demolir, respeitando as opiniões alheias, mesmo que representem
ignorância. Em nossa bandeira está escrita a palavra: amor.” Em síntese,
diz o grande médium intuitivo italiano: “O espírito de todas as religiões é: amor”.
Também
Pedro dizia: “Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque
o amor cobrirá a multidão de pecados” (I Pedro, 4:8). Desse modo, saber
quem foi quem no passado não é tão importante, pois, como disse Allan Kardec,
no capítulo 15 d’O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Fora da caridade,
não há salvação”.
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São 24 obras que complementam, a nosso ver, a missão do Consolador ou Espiritismo Cristão no mundo. Não basta lê-las, mas compará-las com o que Kardec escreveu nas obras básicas e na Revista Espírita, além do que está no Novo Testamento e em obras psicografadas, sobretudo por Chico Xavier.
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