A Vida no Outro Mundo
Cairbar Schutel
Parte 29 e final
Concluímos hoje o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Este estudo foi publicado neste blog
sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. Podemos dizer que Moisés foi, antes
de tudo, um Profeta?
B. A Revelação parou no Sinai ou prosseguiu
ao longo do tempo?
C. O túmulo é o ponto final da
existência?
Texto para
leitura
388. O que era Moisés quando recebeu a
Lei no Sinai? Que papel desempenhou esse Salvador dos Israelitas, se não o de
Profeta? (A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
389. Todas as manifestações da Vontade
Divina, seja nas Artes, nas Ciências, na Religião, têm os seus profetas,
porque, como disse o Apóstolo: "Deus fala ao homem pelo homem: O Espírito
do Profeta está sujeito ao Profeta". (Obra citada – Cap. XXV -
Considerações Imortalistas.)
390. Em Elias e Eliseu vemos o exemplo
desta doutrina; em Cristo Jesus e Paulo, salienta-se também este princípio:
"Já não sou eu mais quem vive, mas Cristo que vive em mim e tudo
realiza". (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
391. A Revelação não parou no Sinai; suas
luzes deviam ampliar-se e intensificar-se porque a Religião, como dissemos, é
progressiva. Cerca de dois mil anos após a explosão do Sinai, uma nova e mais
intensa luz brilhou na Palestina, irradiando-se, depois, pelo mundo todo. (Obra
citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
392. Já havia nascido, em tosca
alfombra, e crescia em tugúrio humilde aquele que, alheio a todas as congregações
religiosas, empunharia o Facho Divino para iluminar a Revelação Mosaica e
cumpri-la, pois não vinha revogá-la, mas aumentar-lhe a intensidade do clarão,
desde que já era mais acentuada a madureza da Humanidade. (Obra citada – Cap.
XXV - Considerações Imortalistas.)
393. De Moisés em diante, a despeito
da proibição, os Profetas de Deus não cerraram seus lábios e outra coisa não
fizeram senão chamar a atenção dos homens da Terra para as coisas dos Céus.
Cada página do Velho Testamento confirma nossa asserção. Em todas elas
observam-se fenômenos metapsíquicos de natureza diversa, bem como se salientam
magnificamente os dons mediúnicos de que eram dotados aqueles homens que
resistiram como verdadeiros heróis à guerra tremenda que lhes moveram os
grandes da sua época, os sacerdotes do seu tempo. (Obra citada – Cap. XXV -
Considerações Imortalistas.)
394. Leia-se a história dos próceres
da Verdade Religiosa: Ezequiel, Daniel, Isaías, Elias, Eliseu; desenterre-se a
Bíblia dos escombros dogmáticos e dos "mistérios" que a retêm
desconhecida do povo, e ver-se-á que essa luz, que brilha atualmente no Espiritismo,
não é mais do que aquela pequena chama que teria de estender-se, mais tarde, e
abranger o mundo inteiro. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
395. O advento do Cristianismo tem
absoluta paridade com a época atual, na qual os Espíritos, como hoje, tudo
fazem para positivar as manifestações mediúnicas intelectuais e de efeitos
físicos, que se alastram e hão de desenrolar-se, justificando as palavras do
Precursor: "Os tempos são chegados! Preparai as veredas do Senhor, porque
os vales serão nivelados e os outeiros arrasados!" (Obra citada – Cap. XXV
- Considerações Imortalistas.)
396. A vida do Cristo, do nascimento à
morte, é uma série ininterrupta de manifestações proféticas, isto é,
mediúnicas, que revelam bem claramente a missão do Filho de Deus. Esta singular
individualidade personifica perfeitamente a Lei e os Profetas. É pois, talvez,
por essa razão que, para dar a conhecer-se categoricamente a seus principais
discípulos, subiu ao alto do monte e, num apelo supremo, lhes fez aparecessem
as duas principais figuras que representaram os maiores expoentes da Lei e dos
Profetas: Moisés e Elias, para servirem de testemunhos vivos da sua singular
missão. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
397. Esta verdade mais se confirma com
as sucessivas aparições do Senhor, depois da crucificação, lembrando a Lei e
exortando os Profetas a cumprirem a sua tarefa. E convém não esquecer, de
passagem, o prenúncio dado pelo próprio Cristo, de uma Revelação ainda mais
ampla, cuja missão, sob a égide do Espírito da Verdade, do Espírito Consolador
(João, XIV, 26) seria relembrar, fazer cumprir a Revelação Messiânica e
ensinar-nos todas as coisas, dado que não seriam compreendidos, naquela época,
ensinos mais elevados, mais complexos do que os que haviam sido ministrados por
Jesus. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
398. Aí está a Nova Revelação, a
Revelação Espírita, desempenhando esse dever, esclarecendo os homens e proporcionando-lhes
fatos extraordinários, admiráveis fenômenos, tais como os que deram motivo às
inúmeras obras do Espiritismo e da Parapsicologia. (Obra citada – Cap. XXV -
Considerações Imortalistas.)
399. Não é de admirar, pois, a
frequência acentuada da diversidade dessas manifestações, que tendem a
multiplicar-se mais e mais, mostrando-nos a ampliação incessante desses
fenômenos que marcarão uma nova era no estabelecimento das verdadeiras relações
da Humanidade Visível com a Humanidade Invisível, entre o Mundo Terreno e o
Mundo Espiritual. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
400. É o caso de repetirmos, com o
Apóstolo Paulo: “Em parte conhecemos e em parte profetizamos; mas, quando vier
o que é perfeito, aquilo que é em parte será posto à margem". Ainda
estamos "vendo tudo por espelho de enigma, mas veremos face a face". (Obra
citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
401. Por isso, ao concluir este
trabalho, entrevemos um progresso mais elevado e mais profícuo para a nossa
própria felicidade. O túmulo não é o ponto final da existência. Nosso destino é
grandioso. Existem mundos de luz, onde reina a verdade; mundos que serão nossas
futuras moradas! Assim como o progresso caracteriza perfeitamente a evolução
gradativa do nosso planeta, que será um dia paraíso terrenal, assim também essa
Lei inflexível, que rege os mundos que se balouçam no Éter, nos prepara moradas
felizes, dispersas na Casa de Deus, que é o Cosmo Infinito. (Obra citada – Cap.
XXV - Considerações Imortalistas.)
402. Tenhamos fé e estudemos!
Ignoramos? Progridamos! Porque do estudo e da pesquisa vem a verdade que
esclarece a inteligência, e, desta, a evolução espiritual, que nos guinda às
alturas, para compreendermos as coisas do Espírito, coisas que Deus reserva
para todos os que procuram crescer no Seu conhecimento e na Sua graça. (Obra
citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
403. Que as luzes da caridade, que
vamos conquistando, nos ilumine toda a Ciência, toda a Religião, toda a
Filosofia, para podermos, com justos títulos, observar as magnificências do
Universo e cientificarmo-nos da Imortalidade e da Eternidade da Vida. (Obra
citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
Respostas às
questões preliminares
A. Podemos dizer que Moisés foi, antes de tudo, um Profeta?
Sim. O que era ele quando recebeu a
Lei no Sinai? Que papel desempenhou esse Salvador dos Israelitas, se não o de
Profeta? Ademais, todas as manifestações da Vontade Divina, seja nas Artes, nas
Ciências, na Religião, têm os seus profetas, porque, como disse o Apóstolo:
"Deus fala ao homem pelo homem: O Espírito do Profeta está sujeito ao
Profeta". (A Vida no Outro Mundo
– Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
B. A Revelação parou no Sinai ou prosseguiu ao longo do
tempo?
Claro que a Revelação não parou no
Sinai, visto que suas luzes deviam ampliar-se e intensificar-se porque a
Religião é progressiva. Cerca de dois mil anos após a explosão do Sinai, uma
nova e mais intensa luz brilhou na Palestina, irradiando-se, depois, pelo mundo
todo. Mas antes disso, de Moisés em diante, a despeito da proibição, os
Profetas de Deus não cerraram seus lábios e outra coisa não fizeram senão
chamar a atenção dos homens da Terra para as coisas dos Céus. Cada página do
Velho Testamento confirma nossa asserção. Em todas elas observam-se fenômenos
metapsíquicos de natureza diversa, bem como se salientam magnificamente os dons
mediúnicos de que eram dotados aqueles homens que resistiram como verdadeiros
heróis à guerra tremenda que lhes moveram os grandes da sua época, os
sacerdotes do seu tempo. (Obra citada – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)
C. O túmulo é o ponto final da existência?
Claro que não. Os fatos espíritas nos
autorizam a afirmar, peremptoriamente, que o túmulo não é o ponto final da
existência. Nosso destino é grandioso. Existem mundos de luz, onde reina a
verdade; mundos que serão nossas futuras moradas! (Obra citada – Cap. XXV -
Considerações Imortalistas.)
Observação:
Para acessar a Parte 28 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_05.html
Como consultar as matérias deste
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